Ano B – 3ª-feira da 19ª Semana do Tempo Comum
Ezequiel 2,8-3,4, o Senhor diz ao profeta: “Filho do homem: abre a boa e come o que te vou dar.” Vi uma mão estendida para mim com um livro. Nele estavam escrito lamentações . Disse-me: come este rolo e vai falar ao povo. Comi. Era doce como mel. Ouvi: vai à casa de Israel e fala-lhes com as minhas palavras.
Imagens que indicam mais uma missão do profeta. A Palavra de Deus não é só para se ouvir, mas para ser assimilada como o alimento que tomamos para a saúde de nosso corpo.
Podemos dizer que quando nos é apresentada a Palavra escrita ou falada do Senhor, ela merece toda a nossa atenção.
Nos evangelhos lemos que Jesus encantava com sua Palavra. Às vezes quem a ouvia esquecia tudo o mais. Se encantavam com sua palavra, e concluíam: “nunca ninguém falou como Jesus fala.”
Prestamos atenção ao que uma criança nos fala. Sua sinceridade e simplicidade chamam-nos à atenção para o que ela precisa para sua vida. Um adolescente que vem falar conosco mostra sua insegurança ainda sobre o que pensa, quer e sonha fazer. Um adulto já o ouvimos acreditando no valor real do que diz.
A palavra de um pai ou uma mãe a um filho traz em si a riqueza de preocupação que seu amor sente pelo presente e futuro do filho. O que nos diz um ancião vem envolto numa experiência de vida positiva ou negativa que força-nos a refletir sobre nossa própria vida no estágio em que estamos vivendo.
A palavra de uma pessoa feliz, a expressão de uma pessoa sofrida seja materialmente seja espiritualmente…
Quantas lições aprendemos da vida expressa pelas palavras…
Em Mateus 18, 1-5.10.12-14, perguntaram a Jesus: “quem é maior no reino dos céus.” Jesus, colocando uma criança no meio, disse: “se vocês não se tornarem como crianças não vão entrar no reino dos céus. Quem a recebe, recebe a mim. Não as desprezem: seus anjos vem no céu a face de Deus. Ainda:
Se um pastor com cem ovelhas perde uma, ele deixa as noventa e nove nas montanhas e vai procurar a que se perdeu. Encontrando-a, feliz vai fazer grande festa. O Pai do céu também não deseja que se perca nenhum desses pequeninos.”
Os apóstolos conforme costume oriental daquele tempo e hoje ainda em alguns lugares do Oriente e de outras regiões do mundo, a criança não tinha muita vez. Ela não devia estar onde os adultos estavam conversando. Por isso os apóstolos afastavam as crianças para não incomodarem Jesus. E Jesus reage, acolhendo-as
E mais apresenta-as como exemplo para nós. Por sua simplicidade, sinceridade e também por sua necessidade de atenção e do carinho dos adultos.
Todos nós somos também eternas crianças, necessitadas de atenção e carinho da parte de quem nos ama e de todos também.
Os que parecem estar na mesma condição das crianças, os pobres, os simples de coração, os sem instrução, os idosos, os que prestam serviço a outras pessoas por necessidade de sobrevivência.
Quando Jesus falava sobre amar o próximo queria que este sentimento fosse a característica de seus seguidores para com qual-quer pessoa. Porque todos nós precisamos de atenção e carinho.
Quem deseja o bem aos outros e procura fazer o bem a todos, pode estar certo que este amor toca o coração de Deus. Como disse s. João: “se eu não amar a pessoa a quem vejo, não estarei amando a Deus a quem não vejo.”(1Jo 4.20)