Ano B – 20º Domingo do Tempo Comum
Apocalipse 11, 19a; 12,1,3-6a.10ab, Nossa Igreja se serve desse trecho para aplicar a Nossa Senhora. São imagens que nos lembram dons e qualidades de Maria, a Mãe de Jesus, e a proteção de Deus sobre ela, a escolhida para ser a Mãe de Deus e nossa Mãe.
Nossa Igreja seja nos escritos dos Santos Padres dos primeiros séculos, com reflexões teológicas e considerações expressivas, seja na própria liturgia das festas de Nossa Senhora demonstra um carinho filial ao mesmo tempo uma confiança total na intercessão de Maria, a Mãe de todos os viventes.
Neste trecho expressões próprias ilustram a figura de Maria. Vestida de sol. O mesmo que “cheia de graça” do anjo Gabriel na Anunciação. A lua sob seus pés, pode significar o céu também: rainha dos anjos, eleita pelos anjos e por todos que já estão junto de Jesus, glorioso, com sua Mãe santíssima.
A coroa de doze estrelas, os doze apóstolos que com Ela se prepararam para a vinda do Espírito Santo iniciando a Igreja de Cristo. Maria, Mãe da Igreja.
Inspirada na devoção simples do povo cristão o tempo foi tecendo em torno de Maria títulos que expressamos como filhos amados nas ladainhas com que cantamos seus louvores.
Na 1ª. Coríntios 15, 20-27a, refletindo no poder de Cristo sobre a vida, o apóstolo apresenta como confirmação da missão salvadora de Cristo sua ressurreição. Esta é a prova mais forte para quem ainda está com fé inicial vendo mais o poder divino de Cristo firmado em suas palavras e em seus milagres. Lemos isto nos quatro evangelhos que narram os últimos anos de sua vida.
Em outras cartas o apóstolo analisa os seus sofrimentos e canseiras na realização do reino de Cristo na terra, e sua inspiração e força que vem de Cristo morto na cruz e vitorioso por sua ressurreição.
Jesus o Filho do Deus da vida, crucificado, mais uma vez provou que a vida e a morte estão sempre nas mãos de Deus, que com sua providência, por caminhos que não conhecemos e às vezes nem aceitamos, faz da morte aparecer a vida.
Maria, como o apóstolo Paulo, sendo a Mãe do Filho de Deus que se fez homem em seu ventre imaculado, se submeteu como seu Filho aos sofrimentos. Ele é chamada de Mãe das dores, não no sentido de pessoa que sofre por ser da família humana condicionada a sacrifícios. A Mãe das Dores é que gerou junto com seu Filho, novos filhos. Sendo Mãe das Dores, Ela por Jesus é Mãe da divina graça.
Em Lucas 1, 39-56, esta passagem da vida de Maria apresenta um retrato fiel e resumido de tudo que Maria é para Deus e para os redimidos por Cristo.
Maria, a mais santa das criaturas, a mais perfeita criatura a quem Deus deu a vida, acaba de se tornar a Mãe do Filho de Deus.
O seu primeiro pensamento, como Jesus irá ensinar, é ir ajudar sua prima de idade na espera do bebê João Batista.
Ela vai se encontrar com sua prima levando consigo o seu Filho, e abrindo caminho para o Espírito Santo agir.
Mal chegou, já Isabel sentiu seu filho pular de alegria em seu ventre com a saudação de Maria e já soube que Maria era a Mãe de Deus. Não tem palavra para expressar a felicidade desse encontro.
Maria pelas lembranças de ouvir a história de seu povo, de orar de cor sempre os salmos messiânicos, canta um hino de louvor a Deus por tudo o que aconteceu em seu povo pela providência de Deus, e profetiza os bens no futuro que aguarda a humanidade com a presença e ação de seu Filho.
O Magnificat, os louvores de Maria, ressoam pelos séculos, como a oração mais perfeita que lábios humanos cantaram, exaltando sempre o grande amor de Deus por nós que Jesus nos permitiu manifestar,