Dom Joel Reflete sobre o Jubileu das Expressões Artísticas e o caminho da Esperança e Santidade

Em uma celebração marcante na Diocese de Petrópolis, Dom Joel presidiu a missa do Jubileu das Expressões Artísticas, concelebrada pelo Padre Michel Freitas de Souza e pelo Padre Thomas Andrade Gimenez Dias, na Catedral Jubilar São Pedro de Alcântara. A missa contou com a presença da Orquestra Mons. Paulo Daher, composta por adolescentes e jovens, e com a participação do Coral Laus Deo, do Colégio Aplicação e do Coral Pange Língua, da Paróquia São Tomás de Aquino.

Padre Michel agradeceu a presença de todos, principalmente dos familiares dos cantores e músicos dos corais e orquestra. Ele falou sobre a importância da celebração do Jubileu das Expressões Artísticas, destacando que pela beleza das artes também se manifesta a beleza e o amor de Deus.

Em sua homilia, Dom Joel explicou o significado do jubileu com o tema da esperança proposta pelo Papa Francisco e o chamado universal à santidade, destacando o papel da arte na elevação do espírito humano. “Como sabemos desde dezembro do ano passado, toda a Igreja celebra o jubileu”, afirmou.

Ele detalhou que a prática remonta ao Antigo Testamento, entre os judeus, onde a cada 25 anos tudo parava, como um “grande sábado”, para que as pessoas se lembrassem de Deus e “arrumassem o que estava desarrumado, ajeitassem o que precisava ser ajeitado”.

Para os cristãos, o jubileu, celebrado a cada 25 anos (e também nos anos 33, 50, 75 e na virada do século), é um convite a “parar pelo menos cinco vezes a cada século para rever a vida, nossas atitudes e ajeitar o que precisa ser ajustado ao nosso redor”.

Esperança: O Tema Central do Pontificado de Francisco

O bispo enfatizou que, neste jubileu, o Papa Francisco, ao convocar este jubileu, nos convidou a refletir sobre a esperança. Dom Joel explicou que o Santo Padre, ciente das complexidades da vida contemporânea – “tantos sofrimentos, maldades, desentendimentos, ambição e ódio” –, percebeu o risco humano de desanimar e desistir. “Por isso, o Papa Francisco afirmou que este jubileu é um jubileu de esperança”, destacou Dom Joel, lembrando que o gesto concreto proposto é a peregrinação, “sair de onde se está para ir a um lugar especial”, como a catedral diocesana.

Aprofundando-se na questão de como manter a esperança em meio às dificuldades da vida, Dom Joel recorreu ao hino do jubileu: “Chama viva da nossa esperança, é Jesus”. Ele sublinhou que a essência é “encontrar Jesus, estabelecer com Ele uma relação tão íntima e profunda” que nos transforma em discípulos e imitadores de Cristo. “Quem encontra Jesus, mesmo que a vida seja difícil, mantém a esperança”, assegurou o bispo, citando a eloquente pergunta de São Pedro: “Aonde iremos, Senhor? Só Tu tens palavras de vida eterna”.

O Chamado Universal à Santidade: Uma Multidão Incontável

Dom Joel abordou a santidade, desmistificando a ideia de que santos são “super-heróis” ou figuras distantes. Ele ressaltou que o Céu, conhecendo a fragilidade humana, oferece uma “pedagogia muito interessante” ao mostrar “tanta gente na face da terra que encontra Jesus, se apaixona por Ele e se deixa transformar por Ele”.

Questionado sobre o número de santos, Dom Joel, com humildade, afirmou: “Não sei, só Deus sabe”. Ele explicou que, embora a Igreja canonize alguns, a Bíblia, no Apocalipse, fala de “cento e quarenta e quatro mil” e de uma “multidão que ninguém podia contar”, simbolizando uma vastidão incontável. O bispo incentivou os fiéis, compartilhando seu próprio esforço: “Se eu, com todas as minhas limitações, estou tentando, quanto mais vocês!”

A importância da Solenidade de Todos os Santos, celebrada em 1º de novembro, foi outro ponto central da homilia. Dom Joel observou a curiosa posição da festa, antecedida pelo Dia das Bruxas e seguida pelo Dia de Finados. “O mais importante não é a moldura, é o quadro”, enfatizou, lamentando que, por vezes, os fiéis se apeguem mais ao “antes ou ao depois” do que à festa principal.

Ele destacou a significância de celebrar o jubileu das expressões artísticas nesta solenidade, pois, embora não saibamos o número exato de santos, “precisamos saber o caminho da santidade”.

Conectando o jubileu das expressões artísticas ao tema da santidade, Dom Joel afirmou que “as expressões artísticas, sejam elas quais forem, são um convite a que a gente caminhe em santidade”. Ele definiu a arte como aquilo que, “pela beleza, eleva nosso coração aos céus, sem, no entanto, tirar os nossos pés do chão”.

Dom Joel concluiu sua homilia exortando os fiéis a viverem como bem-aventurados, seguindo o caminho de Cristo e colocando a felicidade onde Ele a colocou. Ele lembrou a primeira leitura, que descreve os santos como “os que lavaram a veste no sangue do Cordeiro”, uma linguagem poética que significa “quem se apaixonou por Jesus e se deixou envolver por Ele”.

Finalizando, Dom Joel citou uma frase de São Paulo que o marcou profundamente: “Não que eu tenha conseguido, mas, esquecendo o que fica para trás, eu prossigo”. Ele incentivou cada um a buscar a santidade em seu próprio caminho, com a liberdade dos filhos de Deus, e reafirmou que o jubileu é um auxílio precioso nessa jornada.

Jubileu das Expressões Artísticas

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