Dom Joel: “Jesus é nossa esperança, e o dia em que perdermos a esperança, perdemos a fé”

O bispo da Diocese de Petrópolis, Dom Joel Portella Amado, celebrou a Santa Missa no Santuário Jubilar Poço Bento, em Magé, um dos cinco locais de peregrinação da Diocese, no dia 1º de fevereiro, ocasião em que recebeu a Cruz da Esperança, que fará sua peregrinação pelos quatro decanatos. Com a participação de representantes das paróquias do Decanato São José de Anchieta, a celebração permitiu aos fiéis cumprir os preceitos necessários para alcançar a Indulgência Plenária, entre eles, confessar-se e receber a Sagrada Eucaristia.

A missa foi concelebrada pelo Decano de Magé, Padre Leonardo Tassinari, pároco de Nossa Senhora da Piedade; pelo coordenador diocesano de pastoral, Padre Alexander de Brito Silva; além dos sacerdotes Padre José Luiz Montezano, Padre Ivanildo Ribeiro de Moura, Padre Luan de Souza Gonçalves, Padre João Marcos José, Padre Paulo César Rodrigues Magalhães, Padre Antônio Carlos de Carvalho Araújo, Padre Rodrigo Costa de Souza, Padre João Carlos Feliciano e Padre Leonardo Santos da Silva. A celebração também contou com a assistência de diáconos e coroinhas.

A mensagem de esperança: Jesus Cristo como fundamento

Em sua homilia, Dom Joel comentou que a tradição do Jubileu, celebrada pela Igreja a cada 25 anos, convida os fiéis a uma pausa nas atividades cotidianas para reflexões de fé, celebração e renovação espiritual. Conforme remonta o Antigo Testamento, a prática – que inicialmente ocorria a cada 50 anos – foi modificada para permitir que mais pessoas pudessem vivenciar essa celebração em vida. Assim, a Igreja passou a instituir intervalos de 25 anos a partir do século XIII.

Para o Jubileu de 2025, o Papa Francisco escolheu um tema central que ressoa em tempos desafiadores: a esperança. “Mas por que essa escolha?”, questionou o bispo diocesano. Analisando as dificuldades do presente, que o próprio Pontífice descreve como uma ‘terceira guerra mundial em pedaços’, o “Papa observa um cenário marcado por conflitos globais, tensões familiares, pobreza, fome, corrupção e violência. Essas turbulências, segundo ele, geram um risco iminente de desânimo e desesperança”, comentou Dom Joel.

Esse estado de desânimo assemelha-se à luta de quem se afoga: uma batalha intensa que, ao final, leva à rendição. “O Papa Francisco acredita que muitas pessoas, ao enfrentarem as adversidades, consideram que não vale a pena continuar lutando por um mundo melhor. Além disso, cresce entre muitos o individualismo e o desejo de retribuir injustiças com violência”, comentou o bispo.

Contudo, a mensagem do Pontífice para o Jubileu é clara: a esperança deve permanecer viva. “Enquanto temos esperança, seguimos vivos, lutando, trabalhando”, destacou Dom Joel. E essa esperança, reforçou ele, tem um nome e uma razão: Jesus Cristo. Inspirando-se nas palavras de São Paulo – “Eu sei em quem acreditei” –, o bispo diocesano reafirmou: “Eu sei em quem coloquei minha esperança.”

Comentando sobre a abertura do Jubileu da Esperança na Diocese de Petrópolis, no dia 29 de dezembro, Dom Joel destacou a marcante participação de muitos fiéis na Catedral São Pedro de Alcântara. Ele também lembrou os cinco locais de peregrinação: a Catedral, o Santuário Nossa Senhora do Amor Divino, o Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, a Igreja Santa Teresa e o Poço Bento. O bispo declarou: “Ao fazer a peregrinação a estes locais, que cada pessoa peça ao Senhor: ‘Dá-me esperança’.”

A cruz da peregrinação: símbolo das dores e da esperança

Durante a homilia, ele falou sobre a cruz da peregrinação, definida como gesto concreto pelo Regional Leste 1 (que engloba as dioceses do Estado do Rio de Janeiro). Essa cruz simboliza as dores e os desafios da humanidade. Com um design especial, vazado, ela permite aos peregrinos “enxergar além”, visualizando Cristo e, ao mesmo tempo, seus irmãos no mundo. Adornada com elementos representativos, como balas de revólver e terra da tragédia de 2022 em Petrópolis, a cruz carrega as marcas do sofrimento humano, mas também é apresentada como um sinal de esperança.

O bispo enfatizou que essa cruz não deve permanecer confinada em igrejas. “Ela deve ir às ruas, aos presídios, hospitais, escolas e praças. É leve, porque é carregada com esperança.” A mensagem é urgente: enquanto Cristo é o centro da fé, a missão dos fiéis é levar àqueles que sofrem a força da resiliência e do amor.

Por fim, Dom Joel recuperou uma frase do Papa Francisco dirigida aos jovens durante a Jornada Mundial da Juventude de 2013, no Rio de Janeiro: “Não deixem que lhes roubem a esperança.” Segundo ele, “o dia em que perdermos a esperança, morremos.”

Texto e fotos: Rogerio Tosta / Ascom Diocese de Petrópolis

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