
A partir do dia 12 de abril, Monsenhor José Maria Pereira, como ficou conhecido nas últimas duas décadas na Diocese de Petrópolis, será chamado de Dom José Maria Pereira, o mais novo sucessor dos Apóstolos, assumindo o cargo de bispo titular de Sigus e auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Filho mais velho de José Lino Pereira e Margarida Maria Pereira, José Maria nasceu em 2 de março de 1958, na cidade de Senhora dos Remédios, no Estado de Minas Gerais. Por ser o mais velho de cinco filhos, ele relata que, “ainda adolescente, aos 15 anos, trabalhando com os pais e realizando atividades pastorais na Igreja, senti um desejo forte de dedicar a maior parte do meu tempo às coisas da Igreja. Pedi aos meus pais para ir para o Seminário, mas na ocasião não obtive permissão, pois, sendo o filho mais velho, eles precisavam do meu trabalho”.
No entanto, segundo Monsenhor José Maria, aos 17 anos, ele deixou a cidade natal e se mudou para o Rio de Janeiro em busca de trabalho. “Nessa época, já estava namorando há um ano, mas tinha o coração dividido. Ainda pensava em ser padre. Durante um ano trabalhei no Rio e visitei o Seminário de Petrópolis. Ao final do ano, terminei o namoro, deixei o emprego e, no ano seguinte, ingressei no Seminário. Isso foi em 1978. Entrei para o Seminário com 19 anos”.
Ao ingressar no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, cujo reitor era Monsenhor Jorge Fachin, o jovem José Maria Pereira cursou o Ensino Médio (antigo 2º grau), dois anos de Filosofia e quatro anos de Teologia. “Foi um período muito feliz, pois estava me preparando para ser o que eu mais sonhava: ser sacerdote. Nunca pensei em desistir. Já entrei para o Seminário sabendo o que queria e, até hoje, se pudesse voltar aos meus 19 anos, quando entrei para o Seminário, eu faria tudo de novo. Voltaria para o seminário e seria padre novamente”, afirma o futuro bispo da Igreja.

Conheça um pouco mais sobre Monsenhor José Maria Pereira
Ele possui formação em Filosofia pelo seminário diocesano de Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis (RJ), de 1981 a 1982; Teologia pela Escola Teológica da Congregação Beneditina do Brasil, do mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro -(RJ) de 1983 a 1986. Também formou-se em Pedagogia pela Universidade Católica de Petrópolis, de 1992 a 1997, e obteve o mestrado em Direito Canônico, pelo Instituto Superior de Direito Canônico, do Rio de Janeiro, de 2000 a 2001.
Foi ordenado sacerdote em 7 de dezembro de 1986. No seminário diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis (RJ), foi professor de Latim, de 1987 a 1998, e de Metodologia de Ensino e Pesquisa, de 1987 a 2003; Foi vice-reitor, de 1987 a 1989; diretor espiritual, de 1990 até 2004; e seu diretor geral e do educandário diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, de 1998 até o momento. Foi reitor do seminário diocesano, de agosto 2013 até dezembro de 2016.
Em 11 de junho de 2010, tomou posse na Academia Petropolitana de Educação, na cadeira nº6, que tem como patrono Aristides Wernek. Foi nomeado, em agosto de 2011, presidente da Associação Mantedora Faculdades Católica de Petrópolis (UCP) até o momento.
Foi pregador de Retiro de Foyer de Charité (Mendes – RJ): de 1987 até o momento; organizou a Homilia Dominical para o site Presbíteros: de fevereiro de 2009 até o momento e articulista semanal para o Jornal Tribuna de Petrópolis: de fevereiro de 2009 até o momento.

Encargos paroquiais
Foi vigário paroquial da paróquia Sant’Ana da Inconfidência, em Paraíba do Sul (RJ), de 1987 a 1989; Administrador paroquial da paróquia de São José do Itamarati, em Petrópolis (RJ) de 1992 a 1993; Vigário paroquial da paróquia de são José, em São José do Vale do Rio Preto (RJ), de 1997 a 1998; Vigário paroquial da paróquia de São José, Itaipava, em Petrópolis (RJ), de 2003 a 2004; Administrador paroquial da paróquia de São João Batista, em Posse, de 2005 a 2006; Vigário paroquial da catedral São Pedro de Alcântara de 2007 a 2009; Pároco da paróquia São José de Itaipava, de fevereiro de 2010 a julho de 2013; Vigário paroquial da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Itaipava, em Petrópolis (RJ), de dezembro 2016 até fevereiro de 2019; Decano do decanato Nossa Senhora do Amor Divino de março 2010 até agosto de 2013; Assistente espiritual da Equipe de Nossa Senhora de 2008 até 2019 e pároco da paróquia São José do Itamarati de março 2019 até momento.
Na diocese de Petrópolis foi coordenador diocesano de Pastoral Vocacional, de 1987 a 2016; Assistente espiritual do Serra Clube, de 1987 a 2016; Assistente e orientador espiritual do Colégio São Paulo, em Teresópolis, de 1991 a 2000; Diretor espiritual do noviciado das Irmãs Angélicas, em Teresópolis, de 1991 a 2000; Coordenador diocesano de Pastoral da Juventude, de 1990 a 2004; Diretor do Curso de Teologia para Leigos, de 1998 a 2010; Membro do Conselho Presbiteral, de 1993 a 1999; e de 2013 até o momento.
Foi também professor de Teologia (1998 a 2010) e de Direito Canônico (2001 a 2010) da Universidade Católica de Petrópolis. Reitor desta universidade de 2004 a 2007. Foi nomeado membro do Governo da Diocese de 2004 a 2011; Organizador e diretor da Escola Diaconal Santo Estevão, de 2007 a 2016.

Em 10 de abril de 2008, o Papa Bento XVI conferiu-lhe o título de “monsenhor”, incluindo-o entre seus capelães; Em janeiro de 2013, foi eleito membro do Conselho Presbiteral até o momento. Em março de 2013 eleito membro do Colégio de Consultores até o momento.
Exerceu o papel de Juiz do Tribunal Eclesiástico Diocesano de Petrópolis (RJ), de março de 2016 até o momento; Vigário Geral da diocese de Petrópolis e moderador da Cúria Diocesana, de março de 2019 até o momento; e administrador diocesano de dezembro de 2023 a março de 2024.
No regional Leste 1 da CNBB, foi assessor da Comissão para Ministérios Ordenados e Vida Consagrada de 1988 a 2004; Assistente espiritual da Pastoral Familiar, de 2003 a 2004; Presidente da OSIB de setembro de 2013 até dezembro de 2015; -Foi eleito Coordenador da PV/SAV em março de 2016 até dezembro 2016.
Também foi Juiz do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano, em Niterói, de 2007 até o momento.