Abertura do Jubileu de Esperança na Diocese de Petrópolis reúne cerca de duas mil pessoas na Catedral de Petrópolis

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No último domingo, 29 de dezembro, a Diocese de Petrópolis realizou uma celebração especial na Catedral de Petrópolis para marcar o início do Jubileu Ordinário de 2025, denominado Jubileu de Esperança, com a presença de cerca de duas mil pessoas. O evento reuniu padres, diáconos, religiosos e fiéis, que lotaram a Igreja Mãe da Diocese para dar início a este período de renovação, fé e transformação espiritual.

Texto: Rogerio Tosta
Fotos: Davi Correa e Pascom Catedral de Petrópolis

Com referência às palavras do Santo Padre na bula que explicou o significado do jubileu, Dom Joel Portella Amado, bispo diocesano, destacou que esta tradição tem suas raízes na Bíblia, sendo originalmente comemorada a cada 50 anos, lembrando que, com o tempo, passou a ser celebrada a cada 25 anos.

— O jubileu é um grande convite que o céu faz à terra para consertar, para ajustar, para corrigir e, não tenho medo de dizer, para limpar tudo aquilo que não é de Deus entre nós. Por isso que, assim como uma casa necessita de limpeza de vez em quando, também o povo de Deus, também a sua Igreja, é chamado a viver o jubileu. Por isso, a grande intenção do jubileu não podia ser outra do que aquela que o convite que o céu nos faz o tempo todo: mudança, transformação e, se me permitem usar a grande palavra, conversão — afirmou Dom Joel.

Iniciado às 13h, com oração do Rosário, seguido de Adoração ao Santíssimo, com bênção conduzida pelo Vigário Geral da Diocese, Monsenhor José Maria Pereira, os fiéis participaram com grande devoção de cada momento. Minervina Linhares, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida do Quitandinha, disse que ficou muito grata por poder participar da abertura do Jubileu, afirmando que Jesus é tudo para sua vida e não sabe explicar por que se sente tão agradecida, mas espera viver um 2025 muito melhor.

— Eu fiquei viúva há pouco tempo, mas eu só agradeço a Jesus porque ele salvou na minha vida. Quase fiquei cega, mas agora estou enxergando bem. Mas Jesus é tudo para mim — afirmou a senhora Minervina.

Um Convite à Conversão

 

A missa teve início com a procissão, com Dom Joel entrando acompanhado por crianças e, logo atrás, os padres, diáconos e seminaristas. A cruz foi conduzida até o altar pelo Diácono Flávio e entregue ao bispo, que a apresentou ao povo e ao clero. Durante todo o Jubileu de Esperança, a cruz ficará na Catedral de Petrópolis, que é um dos cinco locais de peregrinação na Diocese de Petrópolis.

Com relação à cruz, o bispo lembrou que, para “alimentar a esperança é olhar para a cruz. Quando a cruz entrou, o que foi que nós cantamos? Ninguém te ama como eu, olha para a cruz. Por isso o crucifixo nos foi dado como o grande sinal, e eu repito a palavra, a grande bússola, a grande referência para a nossa esperança”.

Durante a homilia, o bispo reforçou que o Jubileu é um grande chamado de Deus ao seu povo, uma oportunidade para repensar atitudes e transformar a vida. Ele utilizou uma analogia simples, mas poderosa, para exemplificar a força dos erros humanos:

— Assim como um pé sujo de lama pode manchar o chão mais limpo, o nosso pecado também deixa marcas no mundo. O Jubileu é o momento de limpar essas manchas e sermos agentes da transformação que este mundo tanto precisa.

Segundo Dom Joel, o Jubileu só terá cumprido seu propósito se resultar em uma verdadeira conversão nas dimensões pessoal, familiar, comunitária, social e, como destacado pela Igreja nos últimos tempos, ambiental. Em tom reflexivo, ele fez um alerta direto:

— Não termine o jubileu do jeito que você começou.

José Luiz Amaral Cartucho, da Paróquia Nossa Senhora de Fátima em Itaipava, disse que participar da abertura do Jubileu representou “a minha vida, representou a vida da paróquia, representou a vida de todo o mundo. É uma graça muito especial estar aqui presente na nossa Diocese, sendo celebrada pelo nosso pastor”. E completou, fazendo referência a uma mudança de vida: “Representa estar realmente à vista de ter o perdão, e acho que todos deveriam aproveitar este momento, este ano jubilar, para ter o seu arrependimento sincero e receber de Deus as graças necessárias para o perdão de todos os seus pecados e a remissão deles”.

Esperança: O Coração do Jubileu

Tendo a esperança como tema central de todo o ano jubilar, o bispo lembra que ele somente terá valido a pena se houver uma transformação pessoal e social.

— O jubileu terá valido a pena se em nível pessoal, em nível familiar, em nível comunitário, em nível social e, agora, conforme a consciência mais recente da Igreja, em nível também ambiental, nós formos capazes de dar aquilo que é tão próprio nosso, uma resposta de conversão, uma resposta de transformação, uma mudança de rumo.

Citando o Papa Francisco, Dom Joel relembrou as palavras do pontífice sobre os desafios do mundo atual, como guerras e desigualdades, destacando a importância de manter viva a chama da esperança, mesmo diante das adversidades.

— Enquanto houver esperança, ainda temos força para lutar. Podemos transformar este mundo, por mais desanimadoras que sejam as situações que enfrentamos. Se perdermos a esperança, o que estará perdido não será o mundo ou o ser humano, mas nós mesmos — enfatizou.

Ainda falando sobre as mazelas deste mundo e que muitas vezes nos fazem desistir, o bispo lembra que:

— Na verdade, o que está perdido não é esse mundo, não é o ser humano, mas o que começa a ser perdido é aquilo que o Papa Francisco deu, na sua função de sucessor de Pedro para toda a Igreja, como a grande referência, a grande bússola para esse jubileu: a esperança. Porque enquanto houver esperança, nós temos força para lutar.

Peregrinação: Um Chamado à Ação

Uma das atividades centrais do Jubileu de 2025 será a prática da peregrinação. Durante o ano jubilar, os fiéis são convidados a visitar locais específicos da Diocese, incluindo a Catedral de Petrópolis, o Santuário Mariano de Nossa Senhora do Amor Divino, o Poço Bento em Magé, o Santuário Bom Jesus de Matosinhos e a Igreja Matriz de Santa Teresa.

Nesses locais, serão organizados momentos especiais de oração, adoração e confissões, sempre com o objetivo de levar os participantes a uma experiência de transformação espiritual. — A peregrinação não é apenas um deslocamento físico, mas um passo em direção a uma renovação interior — explicou o bispo. Ele também reforçou que, além da participação individual, paróquias e grupos organizados terão programações específicas para incentivar a adesão.

O bispo lembrou ainda a diferença deste para outros jubileus, recordando que só em Roma e na Terra Santa será aberta uma porta santa.

— O Papa Francisco diz o seguinte, você quer mudar o teu coração? Você quer mudar o coração da família? Você quer mudar o coração da comunidade? Dessa sociedade toda que está aí, você quer preservar o planeta? Olha para Cristo, sai da acomodação que você está, sai da situação em que você vive e caminha até Cristo, peregrina até Cristo. Por isso que o grande gesto para alimentar a esperança, que é Jesus Cristo, é a peregrinação.

 

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