Ano B – 2ª-feira da 19ª Semana do Tempo Comum
Ezequiel 1, 2-5.24-38c, o profeta teve uma visão fantástica: um vento impetuoso, uma grande nuvem envolta em claridade e relâmpagos. Apareceram quatro figuras de homens, Asas se moviam com estrondo como a voz poderosa de Deus. Num trono de safira uma figura de homem, com brilho de ouro incandescente. Um arco-íris. Era tal a aparência visível da glória do Senhor. Ao vê-lo o profeta cai com o rosto no chão.
O céu e a terra manifestam a glorificação e o poder do Senhor, cuja Palavra nos incentiva a confiar em sua providência em todos os tempos.
As imagens aqui apresentadas podem lembrar-nos figuras bíblicas.
Vento impetuoso envolto na claridade de relâmpagos. Uma grande nuvem. Lembra o Espírito Santo. É como o clarim anun-ciando algo maravilhoso, seja o nascimento de um príncipe. Nem sempre assim fisicamente acontece. Mas seus efeitos são semelhan-tes pois a presença do Espírito de Deus entra e tudo transforma. Tenhamos sempre ouvidos atentos e olhos abertos e coração humil-demente disposto, porta aberta para hospedar nosso Deus e Senhor que sente um prazer de estar perto de cada um de seus filhos.
As quatro figuras de homem muitas vezes lembram os quatro evangelistas que serão as testemunhas da presença e do amor do Salvador que viria.
No trono de safira uma figura de homem. É Jesus, o Salvador esperado. O arco-íris, imagem da conjugação da luz com a chuva, promessa de tempo melhor. Domina o tempo, dispõe do tempo, abre novos horizontes com promessa de vida renovada.
Mateus 17,22-27, Jesus fala aos discípulos que ele vai ser entregue nas mãos dos homens, que o matarão. Mas no terceiro dia vai ressuscitar.Os discípulos ficaram tristes. Chegando a Cafarnaum os cobradores de impostos perguntaram se ele não pagava imposto do templo.Pedro disse que sim. Em casa Jesus pergunta: “Simão, os reis da terra cobram impostos dos filhos ou de estranhos?” E Pedro: “dos estranhos.” Jesus: “então os filhos estão livres. Mas para não escandalizar, vai ao mar pega um peixe. Em sua boca encontrarás uma moeda, entregue-a a eles por mim e por ti.”
Jesus vai aos poucos levantando o mistério de sua vida, o que o aguarda, principalmente os sofrimentos. Tenta preparar o espírito dos apóstolos. Mas é difícil. Como seria para nós ver um Cristo poderoso, corajoso, fazendo milagres inauditos, enfrentando os poderosos judeus com coragem desafiadora.
Deus tenta firmar nossa fé com gestos certos de sua proteção, preparando-nos para possíveis dificuldades. E nós não gostamos de pensar que possa acontecer algo que nos faça sofrer se confiamos em Deus e tudo está correndo tão bem em nossa vida.
Não é questão de viver no mundo dos sonhos, mas de estarmos preparados para o que é comum na vida humana: altos e baixos.
Mas e a moeda que Pedro pegou na boca do peixe?
Jesus sempre surpreende. E não foi só com Pedro. Cada dia o Senhor nos surpreende com seu carinho inventivo. E ainda nos faz participar de seu jogo de iniciativa fazendo-nos pensar que está aproveitando a circunstância, quando é Ele que prepara tudo.
Será que Jesus vai nos pedir para pescar um peixe e conseguir uma moeda para a nossa felicidade? Que peixe seria?