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São José de Anchieta é celebrado em Magé

A comunidade católica de Magé celebrou hoje (dia 9 de junho), com grande alegria a festa de São José de Anchieta, com missa no Poço Bento, presidida por Dom Gregório Paixão, OSB, bispo da Diocese de Petrópolis. Em sua homilia, o bispo ressaltou todo o trabalho realizado pelo Padre José de Anchieta que dedicou sua vida a fazer com que Jesus Cristo fosse conhecido dos índios e fosse amado por eles.

A missa foi concelebrada por diversos sacerdotes do Decanato São José de Anchieta, formado pelos municípios de Magé e Guapimirim. A missa contou com a presença do prefeito de Magé, Renato Gozzolino e diversas autoridades do município entre vereadores e secretários de governo. Os devotos de São José de Anchieta e fiéis da Paróquia Nossa Senhora da Piedade também estiveram presentes na missa.

Em sua homilia, Dom Gregório Paixão destacou o trabalho de evangelização que José de Anchieta fez, ao lado de seu irmão, Padre Manoe de Nóbrega. “No Brasil quando os portugueses aqui chegaram se falava mais de 400 idiomas diferentes nas mais diferentes tribos do norte a sul. As línguas eram faladas por populações indígenas que viviam separadamente. Tinham suas tradições. Tinham suas mais variadas culturas. Hoje no Brasil, falamos 95 idiomas diferentes. O oficial, que nós sabemos a língua portuguesa e ainda nos mais diferentes recantos, índios falam suas línguas próprias um total de 95”.

“Quando os portugueses chegaram aqui, duas línguas oficiais facilitava a comunicação entre os índios do Maranhão até o estado do Rio de Janeiro, era o Tupi. De São Paulo até o Rio Grande do Sul e a toda a província do prata o Guarani. Eram essas duas línguas e missionários vieram tendo que aprender essas línguas indígenas para que a comunicação se fizesse e para que conhecendo essas línguas eles pudessem pregar o evangelho de Jesus Cristo”.

“Para cá vieram vários missionários, mas, um deles nos é bastante conhecido e que trabalhou em conjunto com o outro irmão e depois tiveram que se separar por causa da missão. Os dois evangelizaram aquilo que nós conhecemos do princípio da Terra do Brasil e colocaram as suas vidas a disposição do evangelho. O Padre José de Anchieta que evangelizou daqui até Pernambuco e o Padre Manoel da Nóbrega que evangelizou de Pernambuco até a Bahia, esses homens extraordinários colocaram sua vida a favor do evangelho”.

“É bonito perceber que José de Anchieta ao chegar às terras brasileiras aos 20 anos de idade, sendo um irmão da companhia de Jesus, sendo um Jesuíta. A primeira coisa que ele fez foi aprender a língua que se falava na região onde ele estava e na região onde ele havia sido colocado para evangelizar. Assim, não apenas aprendeu o Tupi mas o primeiro livro escrito no Brasil foi a gramática da língua Tupi feita por esse homem”.

“Ele queria entender a língua por completo para ingressar no coração pelo raciocínio e ao mesmo tempo pelo amor que sentia dos irmãos aos quais foi enviado para evangelizar. Desse modo, ele não apenas aprendeu a língua mais ingressa na cultura. Aprendi a amar esse povo que foi colocado em suas mãos e mesmo vindo de uma terra chamada de desenvolvida ou talvez para alguns é culturalmente mais avançada, ele entendeu da beleza e da cultura desse povo e tomou uma decisão de vida. Apresentando por amor para que os homens conheçam a Jesus Cristo e diferente de muitas outras pessoas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega chegando nessas terras foi falando ao coração dessas pessoas e falando de que modo através de uma profunda educação. Chegasse através da alegria e daquilo que ele percebia que aquelas populações estavam abertas para acolher”.

“Esses dois homens limitados pelo físico, mas ilimitados pela fé que trazia no coração foi chegando cada vez mais perto das populações e ao invés de tirar deles aquilo que lhes pertence, a eles foi acrescentando pelo amor que sentiam pela palavra que trazia no coração e por uma certeza, era preciso dar a esse povo o conhecimento daquele que é o Salvador de toda a humanidade. Por causa disso não apenas levou Jesus Cristo ao coração deles o que já seria tudo, mas também lutaram com todas as forças com todas as garras mandando cartas para os reis, enfrentando os portugueses para que esses homens não fossem escravizados, para que esses homens tivessem plena liberdade e em meio a uma colonização que colocava os índios sobre os pés, esses homens levantavam os índios, lutavam pelos seus direitos, faziam com que eles pudessem viver a sua cultura, mas pudessem ser iluminados pela força do evangelho. Assim fizeram peças teatrais para que as crianças pudessem entender o evangelho de uma forma simples. Assim evangelizaram na própria língua dos índios sem por uma outra língua desse modo fizeram coisas extraordinárias e foram acrescentando ao coração daqueles primitivos brasileiros, daqueles primeiros que estavam aqui a graça de uma vida que renasce pela força do amor”. A homilia completa você pode ouvir nas redes sociais da Paróquia de Magé ou clique aqui.

História: Poço Bento

O Poço Bento Padre José de Anchieta se localiza nas proximidades do Porto Velho da Piedade e da Capela de Santa Ana, às margens da Estrada da Piedade. O poço teria sido encontrado pelo Padre José de Anchieta e benzido por ele, em meados do século XVI, quando os moradores de Magé sofreram de uma epidemia devido à água salobra.

Nessas terras, o padre obteve água pura e cristalina ao perfurar com seu cajado a terra atingida por forte seca, conseguindo atingir um poço de água potável. Esse milagre se espalhou, tornando o Poço Bento um alvo de muitas peregrinações de romeiros até os dias de hoje.

A área sofreu um tratamento paisagístico que lhe conferiu um caráter peculiar, com farta utilização de azulejos como material de revestimento do conjunto de edificações que é composto pelo altar ao ar livre, pelo painel com o Padre José de Anchieta e o Poço Bento, coberto por armação de cimento e com oito pilastras em alvenaria.

Uma bomba manual de pressão puxa a água benta e potável, que sai do cano de aproximadamente 2 centímetros de diâmetro. Junto ao conduto de edificações do Poço Bento, se situa uma Igreja de construção moderna onde, na parede ao fundo do altar-mor, existe um painel pintado à mão e apresenta a Via Sacra em óleo sobre madeira.

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura ‘Ascom Diocese de Petrópolis’.
Texto e Fotos são de propriedade da Diocese de Petrópolis e dos autores em artigos assinados (Lei de Direitos Autorais). 

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