Missa de ação de graças pela nomeação de Monsenhor José Maria bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio

Com grande participação dos fiéis e amigos, na memória de São Gregório de Narek, a Diocese de Petrópolis se reuniu na Catedral São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, para a missa em ação de graças pela nomeação do Monsenhor José Maria Pereira como bispo auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro.

“Quero agradecer a todos que aqui estão e pedir para que rezem pelas vocações, para que tenhamos novos sacerdotes”, afirmou Monsenhor José Maria ao final da celebração.

A missa, além de contar com grande parte do clero diocesano, teve a presença do bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, e do bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio, Dom Antonio Catelan. O prefeito de Petrópolis, Hingo Hammes, e o prefeito de Areal, Gutinho Bernardes, assim como o deputado federal Hugo Leal, marcaram presença na celebração.

Dom Joel, mais uma vez, manifestou sua alegria pela nomeação de Monsenhor José como bispo auxiliar e agradeceu a Deus pelo sacerdócio do monsenhor. Dom Antonio Catelan apresentou a saudação do Cardeal do Rio, Dom Orani Tempesta, e dos bispos auxiliares, manifestando que, desde a nomeação, Monsenhor José Maria já faz parte da família da Arquidiocese.

A homilia foi feita pelo Chanceler da Cúria Diocesana e Administrador Paroquial de São José de Itaipava, Padre Thomas Andrade Gimenez Dias. Ele disse que “toda a Diocese de Petrópolis se reúne em ação de graças pela nomeação de Monsenhor José Maria como bispo, reconhecendo essa eleição como uma graça concedida não apenas a ele, mas a toda a Igreja diocesana”.

Padre Thomas enfatizou a trajetória do Monsenhor como um sacerdote dedicado, especialmente ao trabalho com vocações, formando e incentivando novos padres ao longo dos anos. “Seu compromisso com a Igreja se manifesta em diversos serviços prestados, desde a atuação em paróquias até o envolvimento no tribunal eclesiástico. Destaca-se, sobretudo, sua entrega ao encorajamento das vocações sacerdotais, servindo como exemplo de dedicação e amor à missão eclesial”, ressaltou.

O Chanceler da Cúria comentou que a nomeação episcopal é vista como um chamado divino para uma missão ainda maior: ser pai e pastor do povo de Deus. Reafirma-se que o episcopado não é um título de honra, mas um compromisso de serviço, inspirado pelo exemplo do Bom Pastor. “A comunidade ora para que Monsenhor José Maria exerça seu novo ministério com humildade, zelo e fidelidade ao coração de Cristo, sob a proteção da Virgem Maria”.

Abaixo a homilia na íntegra:

Homilia na Santa Missa de Ação de Graças pela Eleição de Monsenhor José Maria Pereira

Bispo Titular de Sigus e Auxiliar na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

Excelentíssimo e Reverendíssimo Senhor Dom Joel Portella Amado, nosso bispo diocesano;

Excelentíssimo e Reverendíssimo Monsenhor José Maria Pereira, Bispo Auxiliar Eleito de São Sebastião do Rio de Janeiro

Reverendíssimos padres

Reverendos Diáconos

Excelentíssimas Autoridades

Irmãos e Irmãs no senhor,

***

Hoje, toda a Diocese de Petrópolis – seu bispo, clero e fiéis leigos – acorre ao altar do Cordeiro de Deus, na Igreja Mãe de todos nós, para que, na força e eficácia da Santíssima Eucaristia, o supremo culto de ação de graças, o nosso louvor se eleve aos céus em jubilosa exultação. A notícia que, desde a última terça-feira, enche os nossos corações de alegria, torna-se hoje súplica e gratidão diante de Deus: Monsenhor José Maria foi eleito Bispo da Santa Igreja, por mercê de Deus e da Sé Apostólica.

Contudo, esta mercê, esta graça, não se restringe hoje apenas ao bispo eleito; ela se estende sobre todos nós, membros desta amada Diocese de Petrópolis. Pois, se é verdade que Deus concede ao seu escolhido a plenitude do sacerdócio, também é certo que toda a Igreja diocesana se vê enriquecida por esta graça singular. Assim, é feliz o bispo que pode oferecer um de seus presbíteros para o serviço apostólico! Feliz é o presbitério que pode proclamar com júbilo: “Do nosso meio saiu mais um irmão para a plenitude do Sacramento da Ordem!” E felizes, imensamente felizes, são os fiéis que foram pastoreados por um sacerdote cuja missão agora se expande, pois, elevado à terceira gradação do Sacramento da Ordem, carregará em seu coração a solicitude por todas as Igrejas.

Sim, somos felizes e agraciados, Monsenhor José Maria, por esta nomeação episcopal. E é por isso que hoje nos reunimos: para elevar ao Altíssimo a nossa ação de graças, pois Ele, em sua bondade infinita, continua a prover à sua Igreja pastores segundo o seu Coração e agora quis contar com o ministério do senhor.

Se hoje celebramos com júbilo esta nomeação para a plenitude do sacerdócio, com esta catedral repleta, é porque Monsenhor José Maria foi um grande sacerdote. E, por ter sido grande no ministério presbiteral, a Igreja agora o revestirá da dignidade de Sacerdos Magnus, o grande sacerdote.

Esta grandeza no sacerdócio não é coisa dos últimos anos – bem o sabemos! O currículo que foi publicado na última terça-feira atesta, com clareza, a multiplicidade dos encargos que lhe foram confiados e as incontáveis almas que guiou como peregrinos de esperança fazendo-se também membro desta grande peregrinação: paróquias, universidade, cúria, tribunal eclesiástico – em cada uma dessas frentes, Monsenhor José Maria sempre se doou com inteireza de coração.

No entanto, se há um traço que define sua grandeza, é este: Monsenhor José Maria foi um sacerdote doador de si mesmo pelas vocações sacerdotais. E nisso foi grande, muito grande! Agora, minhas palavras poderiam silenciar-se, e a imagem dessas dezenas de padres reunidos no presbitério falaria por si mesma.

Desde os idos de 1980, ainda seminarista, quando começou a trabalhar com as vocações em nossa Diocese, até as mais recentes ordenações sacerdotais, todos os padres deste clero, de uma maneira ou de outra, cruzaram seus caminhos com aquele que hoje é o Bispo eleito de Sigus.

Talvez todos nós, padres, nos encontros vocacionais ou no seminário, tenhamos ouvido dele uma, duas ou inúmeras vezes: “Vocação é chamado. É Deus quem chama.” E esse Deus vocacionador, que em Jesus Cristo, passou à beira do Tiberíades, continua passando, dia após dia, pelas praias da nossa existência. E, para esse divino chamado, quis contar com a colaboração fiel deste seu servo, agora eleito bispo.

Sua pessoa, Monsenhor.
Sua palavra,
Seu encorajamento,
Sua simplicidade alegre.

Foi por meio desses dons que Deus quis formar um clero numeroso para esta Diocese.

Trabalhar com as vocações é uma missão árdua e delicada, pois exige não apenas ensinar, mas ser modelo; não apenas orientar, mas testemunhar; não apenas corrigir, mas, acima de tudo, amar. E Monsenhor José Maria foi grande nesse amor.

Sim, foi grande em muitas coisas, mas nesta – a dedicação às vocações sacerdotais – sua grandeza foi imensa. Porque, ao longo dos anos, entendeu que a Igreja precisa de pastores segundo o Coração de Cristo e fez de sua própria vida um campo fértil, sulcado pelo arado do amor, onde muitas vocações puderam florescer.

E agora, aquele que, além de tantas outras missões, se fez grande no zelo pelas vocações, é chamado a ser pai de muitos, a guiar não apenas seminaristas e vocacionados, mas todo um povo, como sucessor dos Apóstolos.

Eis o desígnio misterioso e grandioso de Deus: “Àquele que foi fiel no pouco, é confiado agora o muito.”

Na Sagrada Escritura, encontramos a promessa de Deus a quem caminha em sua presença com integridade: “A quem me honra, honrarei” (1Sm 2,30). A nomeação de Mons. José Maria como bispo é sinal desse reconhecimento divino. O Senhor confiou-lhe um novo chamado, não como uma recompensa humana, mas como uma missão ainda maior: ser pai e pastor do povo de Deus, com o coração de Cristo.

O episcopado não é um título de honra, mas um compromisso de amor e serviço. A Igreja precisa de homens que, como Jesus, sejam “bons pastores, que dão a vida por suas ovelhas” (Jo 10,11). E temos a certeza de que aquele que foi grande e agradável a Deus em seu sacerdócio continuará a sê-lo no seu episcopado, com a mesma paixão, a mesma humildade e a mesma disponibilidade para servir. O padre que nos ensinou com a voz e com a vida que devemos responder generosamente ao chamado do Senhor, mais uma vez fez-se nosso mestre: foi chamado e respondeu.

Rezemos, pois, para que a graça de Deus continue a sustentar este novo bispo, dando-lhe sabedoria, fortaleza e um coração sempre voltado para Cristo. E peçamos à Senhora do Amor Divino, Mãe do Bom Pastor, mãe do padre, mãe do Bispo, mãe de todos nós, que com sua proteção materna, ela o conduza, tornando-o, a cada dia, mais conforme ao Coração de Cristo, para que, como sucessor dos Apóstolos, seja um farol de esperança para toda a Igreja.

Amém.

 

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