No ano jubilar da Esperança, no dia 6 de abril, a comunidade Nossa Senhora Aparecida no Quitandinha, em Petrópolis, viveu um momento histórico com a reinauguração da obra e a dedicação da Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida. A missa foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, e concelebrada pelo pároco, Frei Dalvio José dos Santos, OFMCap, que agradeceu a presença do bispo e dos demais sacerdotes, membros da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e dos Frades Menores Conventuais.
Não escondendo a emoção, Frei Dalvio, ao final da missa, agradeceu a toda a comunidade da Paróquia Nossa Senhora Aparecida que contribuiu com a obra. Ele lembrou que ainda há muita coisa a ser feita, mas que a reinauguração e a dedicação da Igreja são um grande testemunho de fé. A pedido do bispo, ele falou sobre as relíquias de Santo Eutiquiano, Papa e Mártir, depositadas no altar.
Com a missa presidida pelo bispo diocesano, também ficou estabelecido, conforme anunciou Frei Dalvio, que o aniversário da dedicação desta igreja seja celebrado anualmente no dia 6 de abril.
Em sua homilia, Dom Joel lembrou que todos estavam vivendo um momento histórico, pois a dedicação da igreja e a bênção do altar “só acontecem uma vez”. A dedicação e a bênção ocorreram nove meses após o início das obras. Dom Joel ressaltou que, ao longo desse período, “se não fosse a graça de Deus, essa obra nem teria acontecido”. Ele destacou a importância da oração, afirmando: “Queremos apresentar em prece o fruto do nosso trabalho, não só ao longo dos nove meses, mas ao longo dos 25 anos da paróquia”.
O bispo também fez uma reflexão sobre a presença de Jesus nas igrejas, afirmando que “toda igreja é uma casa de proteção”. Ele explicou que, enquanto o mundo pode parecer desorientado, as igrejas são lugares onde as pessoas podem encontrar abrigo e refúgio. “As igrejas são lugares onde uma pessoa em perigo pode correr e encontrar proteção”, disse.
Dom Joel ressaltou a importância dos três alimentos que a comunidade recebe na missa: “o convívio dos irmãos, o alimento da Palavra e o alimento da Eucaristia — o pão e o vinho consagrados”. Ele enfatizou que esses elementos se tornam o Corpo e o Sangue do Senhor, e que a beleza da celebração está na união desses três aspectos.
O altar, ungido durante a cerimônia, foi destacado como um símbolo central da fé. “Ao oferecer este altar a Deus, no fundo afirmamos: ‘Senhor, sabemos que tudo isso foi feito por nós, mas é Teu’”, afirmou Dom Joel, ressaltando a importância da participação da comunidade na construção do templo.
O bispo também alertou sobre o perigo da rotina e da indiferença em relação à fé. “Cuidado! Não se acostume com o altar. Não banalize a fé tornando-a um simples conjunto de normas”, advertiu. Ele lembrou a passagem do Evangelho em que Jesus se depara com uma mulher acusada de adultério, enfatizando que “Jesus não valorizou o pecado. Jesus valorizou a pessoa”.
Ao final da celebração, Dom Joel parabenizou a comunidade pela dedicação da nova igreja e incentivou todos a registrarem o momento. “Depois que a missa terminar, fique aqui na frente do altar, antes do primeiro degrau. Tire uma foto, registre esse momento histórico”, concluiu.