Dom Filippo Santoro falou sobre a encíclica Laudato Sí

O Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino recebeu na semana passada a visita do arcebispo de Taranto (Itália), Dom Filippo Santoro, quando falou sobre a encíclica do Papa Francisco, Laudato Sí (Louvado sejas), que fala sobre o Cuidado da Casa Comum, a Terra.

O arcebispo falou de sua alegria em retornar à Diocese de Petrópolis, onde esteve por sete anos como bispo diocesano e teve a oportunidade de iniciar um trabalho que tem frutos até hoje, que foi o atendimento às vítimas da tragédia de janeiro de 2011, cobrando das autoridades uma resposta à população.

Com relação ao seu trabalho na Arquidiocese de Taranto, Dom Filippo Santoro disse que aproveita muito a experiência que teve no Brasil, adquirida como padre na Arquidiocese São Sebastião do Rio de Janeiro, posteriormente como bispo auxiliar e depois como bispo da Diocese de Petrópolis.

“A experiência do amor e acolhimento dos mais pobres tenho procurado desenvolver em Taranto, para onde levei também toda experiência da Conferência Episcopal de Aparecida”. Segundo Dom Filippo Santoro, a situação da Europa é muito grave, principalmente quando se fala dos imigrantes e dos refugiados que fogem das áreas em guerra, principalmente da Síria.

“Estamos atendendo ao apelo do Papa Francisco para que cada diocese italiana, cada família, possa acolher uma família de imigrantes ou refugiados. Em nossa região temos o exemplo para toda a sociedade, pois abrimos as portas das paróquias para acolher os imigrantes”, comentou.

De acordo com ele, a grande preocupação da Arquidiocese de Taranto tem sido o cuidado com os menores, principalmente aqueles que não estão acompanhados. Eles são acolhidos e aqueles que já têm certa idade vão para escolas e são preparados para entrar no mercado de trabalho.

Ele disse que a Arquidiocese criou o centro noturno para moradores de rua e para isso aproveitou a experiência do Brasil com a Pastoral de Rua. “Ao contrário do que muitos afirmam, a Igreja de Taranto acolhe todo mundo, os pobres da Itália, refugiados e imigrantes”.

Sobre a encíclica do Papa Francisco, Dom Filippo Santoro disse que ela é muito importante, pois chama atenção de todos para o cuidado com a casa comum, que é a Terra. Ele frisa ainda que o documento do Papa foi elaborado no contexto do documento da Conferência de Aparecida e “é o olhar de fé de São Francisco de Assis”.

“É importante frisar que a todo momento o Papa chama atenção para que tudo está interligado, que as coisas não estão separadas e por isso nos indica a ecologia social, cultural e ambiental”.

Ele aproveitou uma experiência concreta da região de Taranto para mostrar como a encíclica do Papa Francisco é fundamental para a sociedade não apenas para a Igreja Segundo Dom Filippo, em Taranto há uma empresa que por décadas, deu emprego a muitas pessoas, mas também contribuiu com a poluição por isso, ao longo tempo, além dos problemas econômicos, sofreu ações ambientais e os ambientalistas queriam que ela fosse fechada, o que acarretaria a perda de emprego de milhares de trabalhadores.

“Quando cheguei em Taranto esse era um grande problema e fui chamado para participa das discussões. Não podia intervir diretamente e, por isso, procurei ser um ponto d encontro, contribuindo para o diálogo entre todos. E hoje apesar das críticas, estamos buscando uma solução social e ambiental”.

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