A noite da Quinta-feira Santa é marcada pela celebração da Missa do Lava-pés, mas também, pela instituição da Eucaristia, lembrando a última ceia do Senhor Jesus Cristo.
Rogerio Tosta – Diocese de Petrópolis
De acordo com o Comentário ao Decreto In Missa in Cena Domini, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, assinado pelo Arcebispo Secretário da Congregação, Arthur Roche, “depois da reforma da Semana Santa em 1955, pode ser realizada na Missa Vespertina que inaugura o Sagrado Tríduo Pascal”.
Conforme o Comentário da Congregação, o tiro do lava-pés na missa, à “luz do Evangelho Joanino, o rito é revestido, tradicionalmente, de uma dupla vertente: imitava aquilo que Jesus fez no Cenáculo lavando os pés aos apóstolos e expressava o dom de si mesmo neste gesto servil”. De facto, este mandamento de amor fraterno compromete todos os discípulos de Jesus sem alguma distinção ou excepção.
No documento, o Arcebispo Secretário da Congregação explica que com a mudança, mais atual e ocorrida ao longo dos tempos, orienta-se que sejam escolhidas pessoas entre todos os membros do povo de Deus. “Este novo modo refere-se não tanto à imitação exterior daquilo que Jesus fez, mas sim ao significado daquilo que realizou com dimensão universal, isto é, o dar-se “até ao fim” pela salvação do gênero humano, naquela caridade que abraça a todos e os torna irmãos na prática do seu exemplo”, afirma o Comentário da Congregação.
Continua o Arcebispo afirmando que “o exemplum que Jesus nos deu – para que também nós façamos como Ele (cf. Jo 13, 14-15), vai mais além do que lavar fisicamente os pés aos outros; faz compreender que neste gesto se exprime o serviço de um amor tangível pelos outros. Todas as antífonas propostas no Missal durante o Lava-pés recordam e ilustram este significado do gesto, seja para quem o faz como para quem o recebe, ou seja ainda, para quem o segue com o olhar e o interioriza através do canto”.
De acordo com o documento, o Lava-pés não é obrigatório na Missa in cena Domini. Cabendo aos pastores avaliarem a conveniência, segundo as circunstâncias e razões pastorais, “de modo a que não se torne quase automático ou artificial, privado de significado e reduzido a um elemento cénico”.
O Arcebispo Secretário da Congregação, Arthur Roche chama atenção para o cuidado para que o rito não se torne o centro da Santa Missa, que tem por objetivo e centralidade a Ceia do Senhor, celebrada no “dia santíssimo em que Nosso Senhor Jesus Cristo Se entregou por nós”, porém antes institui a Eucaristia. “Nas indicações para a homilia, recorda-se a peculiaridade desta Missa, comemorativa da instituição da Eucaristia, do sacramento da Ordem e do mandamento novo do amor fraterno, e na Igreja é lei suprema que a todos compromete e a todos se dirige”.
A orientação, conforme o documento, é que os pastores escolham um pequeno grupo de pessoas diversas representativas do povo de Deus – leigos, ministros ordenados, cônjuges, celibatários, religiosos, sãos e doentes, crianças, jovens e idosos – e não de uma só categoria ou condição.
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