O Grito dos Excluídos em Petrópolis, que este ano teve por tema “Por Direitos e Democracia, a luta é todo o dia”, reuniu cerca de 300 pessoas, que promoveram ao final do desfile cívico, no dia 7 de setembro, uma caminhada na Rua do Imperador, saindo da Praça da Inconfidência e indo para Praça Dom Pedro, onde realizaram um ato público, com a manifestação de várias pessoas.
Durante a caminhada, os participantes levaram cartazes e faixas com frases de reivindicação para uma educação e saúde melhor, contra o fechamento de escolas, pedindo moradia para quem vive de aluguel social.
Em alguns momentos, grupos ligados a partidos políticos manifestaram-se contra as decisões do atual governo federal.
Durante toda a caminhada, religiosos e religiosas participaram do Grito dos Excluídos, lembrando a todo o momento que o evento foi convocado e organizado em todo país pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que também convocou para o dia 7 de setembro, um dia de jejum e oração pelo Brasil.
Um dos momentos que chamou atenção de diversas pessoas foi verem caminhando juntos representantes da Igreja Católica e do Candomblé com cartazes contra a intolerância religiosa.
A proposta do Grito surgiu no Brasil no ano de 1994 e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que tinha como lema “Eras tu, Senhor”, e responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”. Em 1999 o Grito rompeu fronteiras e estendeu-se para as Américas.
O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos.
O Grito é uma descoberta, uma vez que agentes e lideranças apenas abrem um canal para que o Grito sufocado venha a público. O Grito brota do chão e encontra em seus organizadores suficiente sensibilidade para dar-lhe forma e visibilidade. O Grito não tem um “dono”, não é da Igreja, do Sindicato, da Pastoral; não se caracteriza por discursos de lideranças, nem pela centralização dos seus atos; o ecumenismo é vivido na prática das lutas, pois entendemos que os momentos e celebrações ecumênicas são importantes para fortalecer o compromisso.
Quer saber mais, acesse www.gritodosexcluidos.org