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Comunidade Jesus Menino na CNBB

A Comunidade Jesus Menino, acompanhada do procurador José Paulo Leão Veloso Silva, da Procuradoria Geral do Estado de Sergipe (SE), se reuniu, no dia 22 de abril, com os membros do Conselho de Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a presença de membros do Conselho Permanente da entidade e da presidência da CNBB. “A discussão sobre o aborto não é uma questão de liberdade, mas de responsabilidade” disse o Procurador ao apresentar uma série de argumentos que reforçam a tradicional posição da Igreja Católica de defesa da integralidade, inviolabilidade e dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a morte natural.

Antônio Carlos Tavares de Mello, o Tônio, fundador da comunidade Jesus Menino, também se posicionou sobre o tema que é uma das principais missões da comunidade, defender a vida, principalmente daqueles que correm o risco do aborto.  “A Comunidade possuí uma alma, uma identidade que só mesmo quem vive ou tem contato com ela é capaz de experienciar. Curioso porque lidamos com pessoas que não raro são excluídas da sociedade, abandonadas por suas famílias e, no entanto, é justamente neste ambiente que aprendemos verdadeiramente o que é amar”, afirmou Tônio.

A primeira missão da Comunidade Jesus Menino é acolher aqueles que são abandonados pela sociedade e por suas famílias, independente do motivo. A Comunidade faz o acolhimento partindo da experiência de vida de seu fundador e de seus cofundadores, quando acolheram as primeiras crianças vindos de uma instituição que havia fechado as portas. “Os acolhidos não gostam da gente por nossa posição na sociedade, status, cargo que ocupamos… Eles não fazem cálculos… O amor e apreço se apresentam de forma incondicional, tal como devem ser. Em vários momentos somos surpreendidos com lições de ternura, perdão e desprendimento. Isto ensina-nos o verdadeiro sentido de acolher”, afirma texto de apresentação da obra que foi lido aos membros do Consep e aos bispos.

Com objetivo de ampliar todo o trabalho contra o aborto no Brasil e na América Latina, a Comunidade Jesus Menino, buscou o apoio do Papa Francisco e no último encontro, conseguiu entregar ao Sumo Pontífice documento para leia e possa preparar e divulgar uma declaração sobre a situação do aborto no Brasil e na América Latina. Além disto, a Comunidade vem desenvolvendo diversos trabalhos com apoio de artistas, como Elba Ramalho, de autoridades do mundo jurídico e líderes leigos em várias regiões do país contra a prática do aborto.

Nota da CNBB

No final da exposição da Comunidade e do procurador de Sergipe, Dom Leonardo Steiner, secretário da CNBB, lembrou que há um ano, a Conferência emitia uma nota especial sobre o tema do combate ao aborto. O texto, publicado em 11 de abril de 2017, afirma: “O direito à vida é incondicional. Deve ser respeitado e defendido, em qualquer etapa ou condição em que se encontre a pessoa humana. O direito à vida permanece, na sua totalidade, para o idoso fragilizado, para o doente em fase terminal, para a pessoa com deficiência, para a criança que acaba de nascer e também para aquela que ainda não nasceu. Na realidade, desde quando o óvulo é fecundado, encontra-se inaugurada uma nova vida, que não é nem a do pai, nem a da mãe, mas a de um novo ser humano. Contém em si a singularidade e o dinamismo da pessoa humana: um ser que recebe a tarefa de vir-a-ser. Ele não viria jamais a tornar-se humano, se não o fosse desde início . Esta verdade é de caráter antropológico, ético e científico. Não se restringe à argumentação de cunho teológico ou religioso“.

Além disso, os bispos lembravam: “A defesa incondicional da vida, fundamentada na razão e na natureza da pessoa humana, encontra o seu sentido mais profundo e a sua comprovação à luz da fé. A tradição judaico-cristã defende incondicionalmente a vida humana. A sapiência  e o arcabouço moral  do Povo Eleito, com relação à vida, encontram sua plenitude em Jesus Cristo . As primeiras comunidades cristãs e a Tradição da Igreja consolidaram esses valores . O Concílio Vaticano II assim sintetiza a postura cristã, transmitida pela Igreja, ao longo dos séculos, e proclamada ao nosso tempo: ‘A vida deve ser defendida com extremos cuidados, desde a concepção: o aborto e o infanticídio são crimes abomináveis’”.

E denunciavam: “É um grave equívoco pretender resolver problemas, como o das precárias condições sanitárias, através da descriminalização do aborto. Urge combater as causas do aborto, através da implementação e do aprimoramento de políticas públicas que atendam eficazmente as mulheres, nos campos da saúde, segurança, educação sexual, entre outros, especialmente nas localidades mais pobres do Brasil. Espera-se do Estado maior investimento e atuação eficaz no cuidado das gestantes e das crianças. É preciso assegurar às mulheres pobres o direito de ter seus filhos. Ao invés de aborto seguro, o Sistema Público de Saúde deve garantir o direito ao parto seguro e à saúde das mães e de seus filhos“.

No final da Nota, os bispos pediam: “Conclamamos nossas comunidades a unirem-se em oração e a se mobilizarem, promovendo atividades pelo respeito da dignidade integral da vida humana”.

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura ‘Ascom Diocese de Petrópolis’.
Texto e Fotos são de propriedade da Diocese de Petrópolis e dos autores em artigos assinados (Lei de Direitos Autorais). 

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