O grupo de Análise de Conjuntura Padre Thierry Linard, que apresenta aos bispos documentos sobre a realidade brasileira, esteve reunido em Brasília (DF), nos dias 27 e 28 de janeiro. O intuito do encontro foi planejar os temas que serão abordados nos estudos oferecidos à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na manhã de segunda-feira, o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da CNBB, dom Ricardo Hoepers, visitou os participantes.

Coordenado pelo bispo de Carolina (MA), dom Francisco Lima Soares, e com assessoria do frei Jorge Luiz Soares, assessor de Relações Institucionais e Governamentais da CNBB, o grupo é formado por professores das universidades católicas, especialistas nas áreas da Antropologia, Sociologia, Direito e Economia.

A cada dois meses, são elaborados documentos que ajudam os bispos a entenderem as grandes questões que afetam a vida do povo brasileiro. É a chamada Análise de Conjuntura Social. Já a Análise Eclesial, que trata das questões internas da vida da Igreja é feita pelo Instituto Nacional de Pastoral Padre Alberto Antoniazzi.

Dom Francisco Lima Soares explicou o propósito da reunião: “Nós nos reunimos exatamente para fazer as verificações, para ponderar as pautas que o episcopado pede, as demandas que são feitas, os temas que nos sugerem para nós trabalhemos durante todo ano”.

Temas

Os principais temas que serão trabalhados durante o ano, já foram definidos. O primeiro será a questão da moradia, “tema importante de nossa realidade brasileira, que tem o objetivo de contribuir com a Campanha da Fraternidade de 2025”, segundo o grupo.

O segundo assunto deve ser a conjuntura internacional, face à mudança na geopolítica mundial. Esse tema já foi abordado em textos anteriores, assim como o papel do Brasil no campo das relações internacionais.

Já o terceiro texto vai tratar de forma ampla da conjuntura nacional, uma vez que será o texto analisado pelos bispos durante a 62ª Assembleia Geral da CNBB.

Para o fim de maio, será a vez de tratar das “Indiferenças, migrações e crise humanista”, com um enfoque a partir do Direitos Humanos e da realidade internacional e brasileira. Para julho, foi pensado um texto que cuida da questão da democracia, como um todo, mas que permita uma avaliação dos desafios da conjuntura nacional.

Em agosto, o grupo de especialistas pretende oferecer uma perspectiva acerca do evento da Conferência do Clima que ocorrerá no Brasil, a COP 30, que começará em novembro, em Belém do Pará. Serão apontadas as possibilidades e limites do evento mundial.

Em setembro, a análise vai considerar a questão da conjuntura nacional ante a realidade do racismo na sociedade brasileira. E, em novembro, o texto será sobre a conjuntura nacional e as perspectivas para 2026.