O julgamento – 2ª-feira da 12ª Semana do Tempo Comum – Mons. Paulo Daher

No 2º. Livro dos Reis, 17, 5-8.13-15.18, o povo de Deus apesar de toda a orientação dos enviados pelo Senhor, deixavam-se conduzir pelos costumes dos povos vizinhos, não seguindo as propostas do Senhor, adorando então deuses estrangeiros. Suas regiões foram invadidas por reis que os dominavam e os fizeram escravos.

O povo judeu sentiu de perto a presença de Deus no decorrer de sua história. O Senhor o acompanhava de perto.  Mas os judeus gostavam de se relacionar com os povos vizinhos, principalmente por serem comerciantes.

Este contato porém os afastava de seus compromissos religiosos. Por isso eram influenciados pelos costumes contrários à sua fé.

Há muitos anos atrás, uma estudante universitária católica, que era apostólica, queria ajudar a converter seus colegas comunistas. Pensando que poderia conquistá-los mais diretamente, resolveu participar de uma célula comunista. Participava com eles de todas as manifestações e reuniões, procurando manter firmes seus princípios cristãos. Mas aos poucos estava com eles em atividades mais agressivas contra a ordem social e política vigente. Quase não conseguia progredir em mudar a mentalidade deles. De tanto conviver em debates e ações diretas, por fim tornou-se também uma ativista comunista ferrenha.

Quem brinca com fogo acaba se queimando!

Não basta sentir-se enviado por Deus para uma missão. Mesmo que o fosse, a pessoa tem de ter uma preparação adequada para enfrentar os problemas e dificuldades que vai encontrar.

Hoje nós estamos vivendo numa sociedade pagã. Os meios de comunicação, se firmando em liberdade de imprensa, de opinião, fazem chover uma enxurrada de informações e de filosofia de vida muito liberal e relativista. Campeia um vale-tudo poderoso sustentado por grandes empresas que a pretexto de informar e saciar o público com seus produtos, permitem o uso de todos os meios os mais sofisticados usando principal-mente a figura da beleza  da mulher para ser objeto de compra-e-venda.

Em Mateus, 7, 1-5, Jesus disse: não julguem para não serem também julgados. Porque repara no cisco do olho do próximo e não enxerga um maior no teu? Tira primeiro o teu cisco para depois tirar o do outro.

Somos seres  inteligentes, capazes  de conhecer o mundo que nos cerca. Sabemos também distinguit o que nossos sentidos percebem.

Com isso julgamos a qualidade e o valor de tudo que encontramos. E pela liberdade podemos escolher o que pensamos ser bom para nós.

O belo, o feio, o bem e o mal, o útil e o que não nos serve, o que queremos e o que desejamos.

As aparências de coisas e pessoas nos agradam ou não.

Na convivência com as pessoas também temos nossas escolhas.

Muitas pessoas aparentam algo que nem sempre corresponde ao que elas são.Por isso quando julgamos alguém por sua aparência, podemos errar.

Julgar pode ser só pensar em nossa mente. Se julgamos errado, podemos agir errado com alguém.

Só  Deus conhece inteiramente o que cada pessoa é.

Pela fé e pela caridade devemos sempre ter opinião sobre as pessoas.

E mesmo que conheçamos erros desta pessoa – se não tenho responsabilidade sobre ela – esse juízo fica só comigo. E ainda devo  rezar para que Deus ajude esta  pessoa a reconhecer seu erro e a se corrigir.

Dentro do espírito cristão e da verdadeir fraternidade, com toda humildade, mansidão, compreensão podemos ajudar as pessoas que apresentam erros a se corrigirem.

Se queremos remédio melhor e mais rápido, devemos imitar os santos. Eles entregando-se totalmente ao amor de Deus diante de qualquer pessoa, antes de reparar em seus erros, os amava profundamente e os colocavam no coração misericordioso de Jesus.

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