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Setenta vezes sete

Ano B – 5ª-feira da 19ª Semana do Tempo Comum

Ezequiel 12, 1-2,  numa visão o Senhor disse ao profeta  que ele está no meio de um povo rebelde, tem olhos e não veem, ouvidos e não ouvem. Pede que prepare uma bagagem e faça um buraco no muro para fugir. Saia no escuro e diga que assim vai acontecer com o príncipe de Jerusalém que vai fugir para o exílio.

Deus tem mil maneiras de nos colocar diante do povo que esquece os preceitos do Senhor e vai em procura da ajuda de outros deuses que os sirva com prazeres.

As imagens são fortes e reais: tem olhos mas não veem nem o mal que fazem nem o bem que precisam fazer. Tem ouvidos para escutar a voz do Senhor e nem ouvem nem entendem as palavras e seu sentido real que o Senhor lhes dirige sempre.

A imagem do príncipe fugitivo à escuridão da noite se parece com a consciência de quem busca esconder-se da luz e esquecer que Deus é seu pai. .

Nas profecias, o recado que Deus envia ao povo por meio de seus enviados embora seja envolto em imagens e sinais diversificados e às vez incompreensíveis à primeira vista, sempre são alerta para que estejamos atentos aos caminhos que estamos seguindo em nossa vida.

É a  maneira de Deus de chamar-nos à atenção para que não pensemos que a repetição dos avisos divinos não se torne uma rotina para a qual não damos atenção.

Mateus 18, 21-19,1, Pedro perguntou a Jesus quantas vezes devia perdoar: “sete vezes?” Jesus lhe diz: “setenta vezes sete.” E conta a parábola. Um senhor chamou o empregado para prestar contas. Ele devia muito e não pagava. O dono mandou prende-lo e toda a sua família até pagar tudo. O acusado se ajoelhou pediu perdão prometendo pagar tudo. O senhor o perdoou. Saindo, encontrou um amigo que lhe devia muito menos dinheiro. Ele exigiu que pagasse tudo. Como não tinha ,mandou prende-lo e toda a família. Quando o dono soube, chamou-o e lhe disse:”eu o per-doei porque me pediu, porque não fez o mesmo com seu devedor. “Mandou prender de novo e toda a família. Jesus termina dizendo que assim vai fazer seu Pai se não perdoarmos as pessoas..

Perdoar é gesto nobre e necessário. Devemos preparar nosso coração na humildade e simplicidade. Talvez comece em não nos julgar pessoas intocáveis, que devem ser respeitadas por todos.

Só me sentirei ofendido se achar que sou melhor que todo o mundo. Somos muito ciosos do que somos e ninguém tem o direito de me “machucar”. Jesus, o Filho de Deus, merecia todo o respeito e só fez o bem a todos, aceitou as piores humilhações de quem jamais poderia esperar: os chefes religiosos judeus. Em sua vida física e moral. E no auge de seu sofrimento, com sinceridade, gri-tou ao Pai: Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem.(Lc 23,34)

Perdoar é forma de amar. Quem não perdoa não sabe amar, nem aprendeu a amar alguém. É necessário para vida pessoal e comunitária. Não perdoar talvez seja sinal de que a pessoa “ofendida” não esqueceu “a ofensa” que continua sendo um verme que vai roendo por dentro e só faz mal.

Jesus mostrou quanto o perdão é sinal de que amamos de verdade. Colocou na oração que Ele gostaria que rezássemos sempre, o Pai nosso: perdoai-nos, como perdoamos. E o mais forte ainda foi o sacramento da Penitência que revela um Deus misericordioso e que sabe perdoar.

A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura ‘Ascom Diocese de Petrópolis’.
Texto e Fotos são de propriedade da Diocese de Petrópolis e dos autores em artigos assinados (Lei de Direitos Autorais). 

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