O sorriso, o olhar nos olhos e o acolhimento são algumas das características marcantes do Papa Francisco para quem teve a oportunidade de encontrá-lo pessoalmente. Mesmo quem nunca esteve com ele sente-se tocado pelas imagens que sempre mostram seu carinho por cada pessoa.
Na Diocese de Petrópolis, muitos sacerdotes tiveram a graça de visitar o Vaticano e estar com o Papa Francisco, e todos sempre destacaram seu carinho e atenção pelas pessoas. O Pároco da Catedral de Petrópolis, Padre Adenilson Ferreira, comentou: “Quando completei 15 anos de sacerdócio, estive com o Papa durante uma audiência no Vaticano. Sempre me impressionou sua atenção para com as pessoas e o fato de ser um homem que olha nos olhos, o que demonstra uma ternura paterna”.
Rogerio Tosta / Ascom Diocese de Petrópolis
Dentre todos os sacerdotes que tiveram esses encontros, quem mais se aproximou dele foi Padre Moisés Henrique Fragoso de Souza, Vigário Paroquial de Santo Antônio, no Alto da Serra. Durante o período em que estudou em Roma, Padre Moisés não apenas teve a oportunidade de participar de encontros com o Sumo Pontífice, mas também de ajudar em algumas missas presididas pelo Papa Francisco.
Assim como o Pároco da Catedral, Padre Moisés destaca como é marcante o fato de o Papa Francisco, ao encontrar-se com as pessoas, olhar nos olhos de cada uma. “Ele realmente se entregava inteiramente em todos os momentos. Se está conversando com você, ele olha nos seus olhos; está ali, focado em você, e não em outros”.
Confira agora trechos da entrevista com Padre Moisés:
Rogerio Tosta: O senhor pode falar um pouco sobre suas experiências com o Papa Francisco?
Padre Moisés: Tive muitas oportunidades de encontrar o Papa Francisco. A primeira vez foi numa audiência, em janeiro de 2017. Depois disso, em Roma, enquanto morava lá.
Rogerio Tosta: Poderia dar alguns exemplos desses encontros?
Padre Moisés: Durante o período em que estava em Roma, a paróquia onde eu estava participou da missa que ele celebro em Santa Marta, em novembro de 2017. Depois, houve a visita pastoral na paróquia, em 2018, e quando comecei a ajudar nas celebrações pontifícias no Vaticano.
Rogerio Tosta: O que mais o marcou em relação ao Papa Francisco?
Padre Moisés: Algumas características dele sempre me marcaram bastante. Uma delas é o “olho no olho”. Ele realmente se entrega inteiramente em todos os momentos. Se está conversando com você, ele olha nos seus olhos; está ali, focado em você, e não em outros.
Rogerio Tosta: E durante as celebrações pontifícias, como ele era?
Padre Moisés: Durante as celebrações, sua concentração era notável. Ele era um homem muito concentrado no que fazia. Às vezes, tinha uma expressão um pouco séria, que podia parecer desagrado, mas era a sua forma de se concentrar. Ele sempre estava muito focado no que realizava.
Rogerio Tosta: E quanto ao lado pessoal do Papa Francisco?
Padre Moisés: Ele tinha um jeito muito acolhedor. Era a mesma pessoa, tanto diante quanto fora das câmeras. Dava atenção a todos, conversava, perguntava. No Vaticano, quando o encontrava, ele sempre perguntava nomes e, com o tempo, começou a se lembrar. Perguntava sobre a paróquia em que eu estava e como estava o povo de lá. Era alguém que realmente se interessava pelas pessoas.
Rogerio Tosta: Houve algum encontro que ficou especialmente marcado para o senhor?
Padre Moisés: Sim, o último encontro antes de eu voltar para o Brasil foi muito marcante. Cumprimentei-o numa missa de ordenação episcopal, já que estava concluindo meu serviço com ele. Ele me perguntou: “Mas você já vai embora? Por quê?” Expliquei, e ele respondeu: “Tudo bem, vá porque lá você tem muita missão também.” Ele demonstrou ser um homem muito interessado em cada pessoa, e cada encontro com ele era único. Não era simplesmente casual, mas sempre especial.
