Você já parou para pensar o quanto é bonito parar diante de uma imagem na igreja e imaginar quantas orações já foram feitas diante dela? Quantas lágrimas, quantos rogos, quanta gratidão já se manifestaram diante das imagens de nossas igrejas!
Ali, onde hoje você reza, rezaram seus pais, seus avós, rezarão seus filhos… Por mais simples que seja, essas imagens são mais que objetos sacros – o que em si já é algo grandioso! Elas são um memorial, cheio de significado para um povo, um testemunho do tempo e da fé de tantas pessoas, o que faz delas mais valiosas que o seu valor material.
Agora imagina se um dia, ao chegar na igreja para suas orações costumeiras, você percebesse que essa imagem está diferente: ela foi pintada! Sim pode até estar mais bonita, mas não têm mais aqueles traços contemplados pelos seus antepassados. Aquilo que encantou os que a adquiriram, não existe mais, sua identidade foi alterada; seu testemunho, calado; sua história, ocultada!
Por isso, conservar uma imagem é mais que cuidar de um objeto: é salvaguardar a alma e a fé de um povo. E todos nós somos responsáveis por essa conservação: bispo, padres, fiéis, funcionários, diocese, comunidade civil. Sempre há um modo de cuidar, proteger, reparar, sem, contudo, perder o que o nosso patrimônio cultural sacro significa.
Por isso, sempre é necessário, desde a simples limpeza até a intervenções mais profundas, que se procure a comissão de Liturgia e patrimônio cultural. Essa comissão tem por missão orientar, indicar, apresentar opções para que o memorial material da fé de nossas comunidades continue a reluzir em seu testemunho. Assim, juntos, continuaremos a escrever essa linda história de fé.