A Teologia da Libertação é, por vezes, vista como a única expressão teológica da América Latina. Mas será que essa visão faz justiça à riqueza e à diversidade do pensamento teológico latino-americano? Em nosso curso online “História da Teologia na América Latina”, vamos mostrar como a Igreja no continente se tornou protagonista na missão universal da Igreja, com raízes profundas no Magistério Pontifício e nos grandes encontros do CELAM.
Mais do que uma corrente isolada, a teologia latino-americana é fruto de um processo histórico e pastoral que envolveu grandes pensadores, bispos e documentos que marcaram época. Desde Puebla (1979), com seu apelo à “pureza da doutrina”, até Santo Domingo (1992), que impulsionou os leigos a atuarem nos campos da política e da comunicação, a Igreja na América Latina construiu um legado que continua a orientar sua missão no século XXI.
Esse curso é ideal para quem deseja compreender a fé como fruto de um rico Magistério e de um empenho constante pela missão. Vamos explorar como as Conferências Episcopais traduziram o Evangelho para a realidade social, e como a Igreja se prepara para evangelizar em tempos de cultura digital.
O legado das Conferências do CELAM não é apenas um registro histórico, mas um verdadeiro plano global de evangelização. A maturidade teológica e pastoral alcançada ao longo do século XX exige hoje um novo protagonismo: formação integral, centralidade da Palavra de Deus e ação transformadora dos leigos no mundo.
Desde Santo Domingo até Aparecida (2007), o Magistério reforçou a prioridade da Palavra de Deus. O Papa Bento XVI, em Aparecida, foi claro: “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo”. Por isso, a Igreja precisa educar o povo na leitura e meditação da Palavra, tornando-a fonte viva de espiritualidade e missão.
Aparecida também introduziu com força a urgência da Iniciação Cristã como caminho ordinário e indispensável para a vida cristã. A catequese não pode se limitar ao ensino doutrinal, mas deve ser uma verdadeira escola de formação integral, cultivando a amizade com Cristo na oração, o apreço pela liturgia, a vivência comunitária e o compromisso apostólico. As paróquias, por sua vez, são chamadas a se tornarem “comunidades de comunidades”, evangelizadas e missionárias.
Outro ponto central é o papel dos leigos. O Documento de Santo Domingo criticou a mentalidade clerical que reduz a ação dos leigos ao espaço intraeclesial. O clericalismo, nesse sentido, distorce a missão: leigos assumem funções próprias dos clérigos, enquanto padres se afastam de sua identidade eclesial. A Igreja espera que os leigos atuem no vasto campo da política, da economia e da cultura, transformando essas realidades com os critérios do Evangelho, e não que se vistam e ajam como os padres.
A Doutrina Social da Igreja, ensinada a partir do Compêndio oficial, é uma “riqueza sem preço” que anima essa ação solidária e transformadora. E, na era digital, a comunicação social tornou-se uma dimensão essencial da evangelização. A Igreja reconhece que seria “culpada diante de Deus” se não utilizasse esses meios poderosos para anunciar o Evangelho.
O Documento de Aparecida reconheceu o potencial evangelizador da Internet, que oferece “magníficas oportunidades de evangelização”, inclusive por meio de cursos à distância de teologia e cultura bíblica — como o que estamos oferecendo agora.
Se você deseja mergulhar nos documentos, nas crises e nos frutos desse caminho de fé, e entender como a Igreja se prepara para ser “decididamente missionária”, acompanhe-nos neste curso e pelas nossas redes sociais. A história da teologia latino-americana é também a história de uma missão que continua.





