Com grande alegria, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Raiz da Serra, no Decanato São José de Anchieta, recebeu o seu novo Administrador Paroquial, Padre Marcelo de Castro Alvarenga, e o seu novo Vigário Paroquial, Padre João Marcos José. A missa de posse foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, e concelebrada pelo Vigário Geral da Diocese, Padre Paulo César Rodrigues Magalhães, além de diversos sacerdotes diocesanos e religiosos.
A comunidade de Raiz da Serra marcou presença na celebração, assim como a Paróquia Santa Teresa, onde Padre Marcelo foi Vigário Paroquial, e a paróquia de origem, Nossa Senhora da Conceição e Santo Aleixo. Ao final da celebração, o novo Administrador Paroquial de Raiz da Serra agradeceu a presença de todos e a confiança do bispo diocesano que lhe deu esta nova missão, afirmando que oferecia aos fiéis da nova paróquia “aquilo que eu tenho de mais precioso: a minha vida”.
Padre Marcelo fez questão de ressaltar que seu desejo é caminhar lado a lado com o povo, para que a Paróquia de Raiz da Serra seja cada vez mais vibrante e missionária, mantendo o espírito acolhedor que é uma de suas características. Ele disse que esta nova missão será realizada em parceria com os vigários paroquiais, Padre João Marcos e Padre Rafael, e com o Padre Antônio Teixeira Pinto.
Durante a homilia, Dom Joel lembrou o gesto do juramento, a manifestação da fé e a renovação das promessas sacerdotais, reforçando não apenas a identidade vocacional dos sacerdotes, mas também a essência de sua missão: ser anunciadores do Evangelho e cuidadores do rebanho de Deus.
O bispo destacou que o ministério presbiteral, mais do que um título de honra ou posição de poder, representa uma responsabilidade profunda assumida diante de Deus e da comunidade. “O que é confiado a esses sacerdotes é algo muito mais sublime do que qualquer cargo institucional. É a continuidade de um chamado iniciado ainda antes da ordenação, quando, lá atrás, cada um discerniu sua vocação a partir de um encontro pessoal com Cristo”, afirmou o celebrante principal.
A reflexão enfatizou que toda ação sacerdotal deve ter uma única prioridade: o anúncio fiel do Evangelho. A missão, no entanto, não se restringe às paredes da igreja. Há um chamado constante para que os padres sejam também presença pastoral fora das comunidades organizadas. “Se há ovelhas dentro do aprisco, há muitas outras ainda esperando serem encontradas lá fora. O coração do pastor deve estar atento às que estão aqui e também às que ainda não conhecem a Boa Nova”, refletiu Dom Joel.
Ele recordou a responsabilidade dos padres em acolher as dores, alegrias e sonhos do povo confiado a eles. Durante a homilia, o bispo não ignorou os desafios do ministério nos tempos atuais. Dificuldades, enfermidades e cobranças fazem parte da rotina pastoral, mas não devem apagar o entusiasmo da vocação. “Jesus nunca prometeu uma missão sem dor. Mas Ele também nunca nos deixou sozinhos. Cada passo, cada sofrimento, cada conquista é vivido com Ele e por Ele. Vocação também é cruz, mas é cruz geradora de vida”, destacou.
Dom Joel lembrou que “não há como abafar a verdade de Deus”. Relembrou o episódio bíblico de Susana, injustamente acusada, para reforçar a confiança na justiça e fidelidade divinas. “Quem pensa que pode sufocar a verdade só consegue, no máximo, adiá-la. Mas ela sempre emerge, porque Deus é fiel”, acrescentou.
Aos sacerdotes, especialmente ao Padre Marcelo, foi feito um apelo para que relembrem o dia de seu chamado: “Lembra do primeiro sim? Do momento em que o teu coração bateu forte por Jesus? É esse amor, que continua sendo fonte da tua missão, que te acompanha”, e concluiu citando São Paulo aos Filipenses: “Aquele que começou em você a boa obra há de levá-la à perfeição.”
