Saudação ao Povo de Deus da Arquidiocese São Sebastião do Rio de Janeiro.
Saudação fraterna ao Sr. Cardeal Arcebispo Metropolitano do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, OCist, a quem agradeço, de coração, a confiança, o apoio, a acolhida fraterna e cordial. Saúdo, também, os Bispos Auxiliares (como os irmãos que, hoje, foram nomeados para o Episcopado), os Bispos Eméritos.
Saudação cordial aos irmãos presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas, aos seminaristas, aos membros das Novas Comunidades e aos fiéis leigos e leigas desta Igreja Particular.
Saúdo, ainda, respeitosamente, aos irmãos em Cristo de outras denominações eclesiais e aos fiéis de outras Religiões não cristãs, bem como a todas as pessoas de boa vontade. Somos todos irmãos, como nos recorda o Papa Francisco!
Em oração pela saúde do Santo Padre, O Papa Francisco, quero externar, neste dia em que fui nomeado Bispo Auxiliar desta Igreja Particular, a minha alegria e gratidão de poder, mais uma vez, dizer Sim a Deus, respondendo ao Seu chamado para participar da plenitude do sacerdócio. Agradeço a confiança depositada em mim, chamando-me para essa importante e delicada tarefa.
Responder ao chamado que Deus me fez, faz-me muito feliz. Tenho 38 anos de ordenação sacerdotal. Entrei para o Seminário com 18 anos de idade. Se, hoje, pudesse voltar aos meus 18 anos de idade, iria para o Seminário, seria padre, faria tudo, novamente. Que o Bom Deus me conceda a Graça de servi-Lo, com a mesma alegria e generosidade, no episcopado. Vale a pena! Vale a pena dar a vida Àquele que primeiro deu a sua vida por nós, Cristo Jesus. Afinal, “a história de cada vocação sacerdotal, como, aliás, de qualquer outra vocação cristã, é a história de um inefável diálogo entre Deus e o homem, entre o amor de Deus, que chama, e a liberdade do homem que, no amor, responde a Deus”(PDV, 36).
Ao receber o comunicado, pelo Sr Núncio Apostólico, de minha nomeação episcopal, fui tomado pela emoção, misturado com o temor; não o medo que nos impede de responder sim, mas o temor próprio dos relatos de teofania, na Sagrada Escritura. Diante da grandeza do mistério, que é a plenitude do sacerdócio, sinto o temor por reconhecer a minha pequenez e fragilidade humana, ao tomar consciência de que participarei da plenitude do sacerdócio de Cristo e membro do Colégio dos Sucessores dos Apóstolos. É um mistério de amor, da parte de Deus, que me conquistou para si. Veio- me à minha mente as palavras do Papa Bento XVl, no dia de sua eleição: ”Consola-me saber que o Senhor sabe trabalhar e agir com instrumentos insuficientes”.
“O episcopado significa trabalho, não honra; e o Bispo, mais do que presidir, tem obrigação de servir. Segundo o ensinamento do Mestre, o que é maior seja como o mais pequeno, e o que preside, como quem serve” (Pontifical Romano, Rito da Ordenação do Bispo).
Nesse texto, síntese admirável da doutrina católica, a propósito do governo pastoral do Bispo, inspirei-me para escolher o meu lema: “Veni ministrare” (Vim para servir, Mc 10,45).
Quero, nessa já amada Igreja, na Arquidiocese do Rio de Janeiro, somar forças, viver a comunhão com nosso Cardeal, Dom Orani, com os bispos auxiliares e eméritos, com os padres, com os diáconos, com os religiosos e com todo o povo de Deus. Tudo numa Igreja Sinodal, num esforço coletivo e numa busca contínua de aprender a caminhar juntos, como irmãos e irmãs; numa igreja que escuta, numa igreja em saída.
Enfim, desde o dia 10 de fevereiro, quando recebi o comunicado de minha nomeação episcopal, tenho rezado, de modo especial, pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, especialmente, por Dom Orani, seus bispos auxiliares, bispos eméritos, ministros ordenados, religiosos e religiosas, seminaristas e pelos fiéis leigos e leigas desta Arquidiocese, especialmente, os que atuam nos diversos trabalhos de evangelização.
A graça do chamado ao episcopado vem num Ano Jubilar, cujo tema é Peregrinos de Esperança! “A esperança é um grito para a vida. Quem poderia iniciar qualquer atividade sem levar dentro de si a esperança do seu êxito? E quem poderia enfrentar o futuro, com a sua imprevisibilidade, sem esperança?” (Dom Rino Fisichella).
Além de beber a esperança, na graça de Deus, quero ser sinal de esperança para todos os que o Senhor colocar no meu caminho, de modo especial, os doentes, os idosos, os pobres.
Aproveito para pedir as orações de todos, de todas, para essa nova missão que a Igreja me confia, e rezem, também, pela minha conversão diária, pois, sem essa não há perseverança com fidelidade. A São Sebastião, padroeiro desta Arquidiocese, suplico o seu auxílio e a sua intercessão em favor de meu ministério episcopal, no Rio de Janeiro.
Petrópolis, 25 de fevereiro de 2025 .
Mons. José Maria Pereira
Bispo Auxiliar eleito do Rio De Janeiro.