O Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, localizado em Corrêas (Petrópolis/RJ), foi palco para a tradicional festa junina, que acontece há cerca de 40 anos, atraindo pessoas da cidade e de outros municípios. O reitor do Seminário Diocesano, Padre Luiz Henrique Veridiano manifestou sua alegria, principalmente pela abertura realizada com a missa, presidida pelo bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado.
Rogerio Tosta / Ascom Diocese de Petrópolis
Pedro Paulo Ferreira, morador de Nogueira, disse que gosta de participar da festa por se sentir bem e “por ser parceiro da igreja”, como se definiu, comentando que costuma ajudar a Paróquia Santo Antônio e Santo Agostinho de Nogueira. Para ele, um dos diferenciais da festa do Seminário é ver pessoas de todas as regiões da cidade e de fora.
Participar da festa do Seminário tem para ele também um significado maior, pois é a forma de contribuir pelo estudo que o filho recebeu ao ser aluno do Educandário, no período em que Dom José Maria Pereira era reitor do Seminário. “Nós só temos a agradecer por todo o apoio e pelo estudo que meu filho recebeu. Somos muito gratos ao monsenhor José Maria, hoje bispo”, afirmou Pedro Paulo.
Para Tânia Maria Lopes Pinto da Silva, da Paróquia Santa Rita de Cássia, no bairro Castrioto, a festa é muito boa, “pois é tudo muito organizado, os seminaristas são simpáticos. Gosto de tudo, principalmente do teatro”. Tânia Lopes comentou ainda sobre as comidas, que para ela são ótimas, ressaltando o ambiente agradável e familiar da festa.
Após a celebração da missa, que abriu oficialmente a festa junina, Dom Joel, acompanhado do reitor, passou pelas barracas, conversando com os voluntários de várias paróquias, movimentos e pastorais que ajudam nos trabalhos. Para o bispo é uma alegria muito grande ver o Seminário abrindo suas portas para receber a comunidade, ao mesmo tempo em que vê que a comunidade responde participando da festa.
Durante a homilia, Dom Joel ressaltou a alegria da celebração popular com o profundo significado da solenidade litúrgica da Ascensão do Senhor. O bispo destacou a importância da festa do seminário como um momento de reunião para a comunidade e refletiu sobre o mistério da Ascensão e suas implicações para a vida dos fiéis.
Dom Joel apresentou três pontos centrais de sua mensagem. O primeiro é a certeza de que “Jesus não desiste de ninguém” e que Deus nunca nos abandona. O segundo ponto destacado por Dom Joel foi a esperança no céu. Comparando a Ascensão de Jesus e a Assunção de Maria, ele ressaltou que “nós fomos criados para o céu”. Segundo ele, a vida terrena não é sem sentido, mas sim “a realização do que de mais sublime existe em nós”, e aprender a viver no amor e na comunhão de Deus aqui na terra “dá uma esperança imensa”.
Por fim, Dom Joel enfatizou o terceiro ponto, baseado na cena bíblica dos discípulos olhando para o céu após a Ascensão. Ele citou a exortação do anjo: “Não fiquem olhando para o céu, não. Vai, vai tocar para frente”. Para o bispo, isso representa um chamado à ação e ao testemunho. “Vai anunciar o Evangelho? Vai viver o Evangelho? Vai testemunhar o Evangelho?”, questionou, sugerindo que “exercitar o céu na terra” é a forma de conhecê-lo. Ele reforçou a missão deixada por Jesus: “Pois, vós sereis minhas testemunhas” e “Ide por todo o mundo”.
Dom Joel concluiu sua reflexão lembrando a promessa do Espírito Santo, que virá no próximo domingo, como a força para viver e anunciar o Evangelho. Ele citou um padre amigo que dizia que “a vida é um céu” quando o coração, na força do Espírito, está no caminho da Igreja. Conectando novamente com a Festa Junina, ele lembrou que Jesus falou da eternidade usando imagens de festa, como ceia e casamento.
“Que nós, a cada dia da nossa vida, com festa junina ou sem festa junina, façamos desta vida uma festa em preparação à grande festa do céu”, finalizou Dom Joel.