A Paróquia São Jorge, no bairro Independência, em Petrópolis, está se preparando para a festa de seu padroeiro, que acontece no dia 23 de abril, feriado estadual. Padre Rodrigo Costa de Souza, Administrador Paroquial, está convidando todos paroquianos e devotos de São Jorge a participarem da programação em preparação a festa, que começou no dia 10 e vai até o dia 23, sendo que no dia 21 de abril, às 9h, a Paróquia vai receber o bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado.
A programação conta com atividades nas comunidades da Paróquia, que começou no dia 10, na Capela Nossa Senhora de Lourdes, seguindo para as comunidades de Santa Joana D’Arc (dia 11), Divino Espírito Santo (dia 12) e hoje, dia 13, na Capela Frei Galvão. A partir de domingo, dia 14, a Novena do Padroeiro, será realizada todos os dias às 19h, na Igreja Matriz.
No dia 23, dia de São Jorge, a programação conta com missa às 6h (pelos paroquianos), 7h (pelos servidores da saúde), 8h (pelos educadores), 9h (pelas crianças), 10h (pelos jovens), 11h (pelos servidores públicos), 13h (pelos devotos), 15h (pelos enfermos), 17h (pelos trabalhadores) e 19h30 (pelas vocações). A procissão de São Jorge acontecerá às 18h30.
A festa de São Jorge conta ainda com um jantar dançante, hoje, dia 13, a partir das 19h, com a banda Karysma. No dia 23, uma feijoada, às 12h. Nos dias 20,21, 22 e 23, a festa terá barraquinhas e música ao vivo.
São inúmeras as narrações fantasiosas, que nasceram em torno da figura de São Jorge. Um dos seus episódios mais conhecidos é o do dragão e a jovem, salva pelo santo, que remonta ao período das Cruzadas.
Narra-se que na cidade de Selém, Líbia, havia um grande pântano, onde vivia um terrível dragão. Para aplacá-lo, os habitantes ofereceram-lhe dois cabritos, por dia e, vez por outra, um cabrito e um jovem tirado à sorte. Certa vez, a sorte coube à filha do rei. Enquanto a princesa se dirigia ao pântano, Jorge passou por ali e matou o dragão com a sua espada. Este seu gesto tornou-se símbolo da fé que triunfa sobre o mal.
Jorge, cujo nome de origem grega significa “agricultor”, nasceu na Capadócia, por volta do ano 280, em uma família cristã. Transferiu-se para a Palestina, onde se alistou no exército de Diocleciano. Em 303, quando o imperador emanou um edito para a perseguição dos cristãos, Jorge doou todos os seus bens aos pobres e, diante de Diocleciano, rasgou o documento e professou a sua fé em Cristo. Por isso, sofreu terríveis torturas e, no fim, foi decapitado.
No lugar da sua sepultura, em Lida, – um tempo capital da Palestina, agora cidade israelense, situada perto de Telavive, – foi construída uma Basílica, cujas ruinas ainda são visíveis. Até aqui, a Passio Georgii classificada, pelo Decreto Gelasianum, no ano 496, entre as obras hagiográficas é definida Passio lendária. Entre os documentos mais antigos, que atestam a existência de São Jorge, uma epígrafe grega, do ano 368, – descoberta em Eraclea de Betânia, – fala da “casa ou igreja dos santos e triunfantes mártires, Jorge e companheiros”. Foram muitas, ao longo dos anos, as narrações posteriores à Passio.