Dedicação da Igreja Matriz Sant’Ana e São Joaquim em Cascatinha pelo bispo diocesano

Inaugurada em 1898, a Igreja Sant’Ana e São Joaquim, localizada em Cascatinha, segundo distrito de Petrópolis, é um dos importantes locais de devoção religiosa. Devido a isso e por ser o centro religioso católico de toda região, no dia 23 de julho, com uma solene celebração, presidida pelo bispo diocesano, Dom Gregório Paixão, OSB, a igreja foi devidamente dedicada ou consagrada, confirmando aquele templo é um local de louvor e de celebração a Deus.

Rogerio Tosta / Ascom Diocese de Petrópolis

A missa solene foi concelebrada pelo Pároco de Cascatinha, Padre Gustavo Passos de Oliveira e pelo Vigário Paroquial, Padre Leonardo João da Silva e assistida pelos diáconos permanentes Cláudio José Pereira de Medeiros e João Eliseu Padilha e seminaristas Marcos Paulo e Matheus Bernardo. A celebração, além da comunidade presente, contou com a participação de lideranças das diversas comunidades que fazem parte da Paróquia Sant’Ana e São Joaquim, assim como ministros extraordinários da Sagrada Eucaristia, Coroinhas, Ministério de Música e da Pastoral da Comunicação Paroquial.

Os dois sacerdotes, assim como a comunidade, não esconderam a alegria pela celebração e a presença do bispo diocesano, que durante a homilia ressaltou a importância histórica da Igreja Matriz de Cascatinha para aqueles que ajudaram a construir o bairro, que dá nome ao segundo distrito de Petrópolis. Como tem sido uma tradição em diversos eventos e solenidade da Igreja Diocesana em Petrópolis, a Bando do 32º Batalhão de Infantaria marcou presença, alegrando quem chegava para a missa e, principalmente, no momento da entrada solene do bispo a Igreja Sant’Ana e São Joaquim, sendo recebido pelo Padre Gustavo Passos de Oliveira e pelo Vigário Paroquial, Padre Leonardo João da Silva.

Ao final da santa missa, marcada por um rito cheio de simbolismo e significado de gratidão a Deus, Padre Gustavo Passos de Oliveira agradeceu a presença do bispo e o apoio de todas as lideranças, coordenadores de pastorais e movimentos e da comunidade que trabalharam para que a festa da dedicação da Igreja ocorresse. De forma carinhosa, ele agradeceu ao Vigário Paroquial, Padre Leonardo João da Silva, referindo-se a ele “como um irmão e grande amigo que ganhei. Ele assumiu a organização desta celebração e junto com a comunidade estamos realizando esse evento”.

A fé dos colonizadores levou a construção da Igreja

Em sua homilia, ao ressaltar a importância da dedicação da igreja, Dom Gregório Paixão fez um paralelo a história da comunidade, lembrando que a construção da Igreja Matriz Sant’Ana e São Joaquim nasce da fé dos italianos e de outras pessoas que ali se estabeleceram. “Os italianos tinham fé e por causa disso, a partir de 1897 começaram a construir a igreja em que nós estamos. Escolheram como padroeiros Sant’Ana e São Joaquim. Não tenho dúvida que a escolha dos padroeiros foi para homenagear seus avós, pois muitos ficaram na Itália. Assim, Sant’Ana e São Joaquim foram invocados desde os primeiros momentos para recordar a bênção daqueles que trouxeram a Virgem Maria, que nos trouxe Jesus Cristo, nosso Deus e nosso Salvador”, afirmou o bispo.

Ainda, referindo-se a Sant’Ana e São Joaquim, como escolha de padroeiros, Dom Gregório ressaltou a importância da família, lembrando que foi na família que o Salvador veio e foi, por meio da família que a comunidade de Cascatinha se construiu ao longo dos anos. O bispo chamou atenção ainda para o fato da Igreja Matriz Sant’Ana e São Joaquim ter sido construída ao lado da antiga Companhia de Cascatinha e isto, segundo ele, pelo fato dos milhares de trabalhadores que ali trabalhavam, sendo muitos pais, filhos e netos.

Porém, o bispo diocesano ressaltou também a grande cultura existente em Cascatinha, comentando que “ao olhar para cada um de vocês consigo ver a origem daqueles que tem um pouco do sangue dos indígenas, portugueses, italianos e dos negros. Meus irmãos e irmãs, nós somos filhos desse povo, temos uma história para contar, somos filhos de um povo trabalhador que atravessou o Oceano Atlântico em busca de um sonho, um povo que tinha fé e, por causa dessa fé, fizeram construir essa igreja, com estilo próprio do interior da Itália, mas, principalmente pelo desejo de aqui construir pela fé uma história”.

O bispo ressaltou ainda que “estamos pisando num solo sagrado. Estamos pisando num solo onde o suor de muitos que aqui viveram. Estamos recordando as crianças que trabalharam desde pequenas e muitas vezes sem nenhum direito e nem o de estudar”.

Falando da dedicação da Igreja, Dom Gregório disse que “dedicar uma igreja significa dedicar uma história, homens e mulheres, ricos e pobres, que se uniram para construir o que temos hoje. Está aqui a beleza. Os nossos joelhos se dobram porque o centro desta igreja tem aquilo que foi a maior herança deixada por aqueles italianos que povoaram este bairro, junto com portugueses, para nos dar o presente que nós temos. A maior herança que eles nos deixaram, foi a herança da fé. A maior beleza que eles nos deixaram foi Jesus Cristo no sacrário que é nosso Deus e nosso Salvador e alegria de uma história que se mantém através de cada um descendente ou não continuam a beleza dessa fé e dessa história passada de geração em geração”.

A excelência do rito de dedicação

A liturgia da celebração da Igreja Católica é marcada por uma beleza, que tem por objetivo ressaltar o louvor a Deus. O rito litúrgico de dedicação de uma igreja não é diferente e destacam-se quatro elementos essenciais:

aspersão com a água benta, que simboliza a purificação do lugar e das pessoas, e recorda o batismo dos fiéis que formam a Igreja viva.

deposição das relíquias dos santos no altar, que evoca a comunhão dos santos e o testemunho dos mártires que deram a vida por Cristo.

unção sagrada do altar e da igreja, que significa a consagração definitiva do lugar a Deus, assim como os cristãos são ungidos pelo Espírito Santo no batismo e na crisma.

incensação, a iluminação e a Celebração Eucarística, que manifestam o louvor a Deus, a luz de Cristo e o sacrifício perfeito que se oferece no altar.

Para saber mais como foi a Dedicação da Igreja Matriz Sant’Ana e São Joaquim, veja as fotos e explicações na página da Paróquia no Instagram – https://www.instagram.com/paroquiadecascatinha/.

Quer saber mais sobre dedicação de Igreja, sugerimos dois artigos:

O que é o rito de dedicação de uma igreja? (cancaonova.com)

Liturgia de dedicação de uma Igreja – Arautos do Evangelho

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