Celebração na Igreja São Pedro em Teresópolis acolhe pessoas com deficiência e suas famílias

Com a alegria do pastor que vai ao encontro de suas ovelhas, no domingo, 10 de agosto, Dia dos Pais, o bispo da Diocese de Petrópolis, Dom Joel Portella Amado, presidiu a missa, conhecida como projeto ‘Bom Pastor’, às 10h30, na Igreja Matriz São Pedro, em Teresópolis, que acolhe pessoas com deficiência, principalmente crianças autistas, e suas famílias.

Rogerio Tosta / Ascom Diocese de Petrópolis

Organizada há dois anos e meio pela Comunidade Católica Nossa Senhora D’Ajuda, a missa conta com um ambiente totalmente preparado para atender as famílias e seus filhos, respeitando a individualidade e a deficiência de cada um. O fundador da Comunidade, Franklin Cunha Cardoso, disse que todo o ambiente foi preparado com orientação de profissionais, principalmente para atender aos autistas, como o uso de som em volume aceitável e pessoas capacitadas para cuidar das crianças.

Ainda segundo ele, há um tradutor para os surdos e alguns bancos foram colocados de forma que o cadeirante possa ficar ao lado de sua família. Franklin Cunha explicou que o carisma da Comunidade é “Promover o encontro com Cristo dos enfermos do corpo e da alma”, e uma coisa que o incomodava muito era saber que muitas famílias não vinham à missa devido aos ambientes não serem preparados para acolhê-las com seus filhos.

Renata da Silva Oliveira, mãe de uma menina autista, disse que a missa do ‘Bom Pastor’ é muito importante, destacando que o lugar da criança é na celebração, “independentemente da sua dificuldade”. Ela destacou ainda o fato de ser uma missa acolhedora, “pois traz a família de volta para dentro da Igreja, que muitas vezes se afasta por não encontrar um local acolhedor, e aqui encontramos. Isso é muito importante”.

Jaqueline Esteves de Almeida, mãe de Gabriel, conta que ficou mais de dois anos sem participar da missa porque seu filho, que é autista, não conseguia permanecer na Igreja. Com a missa do ‘Bom Pastor’, em um ambiente apropriado, com as portas fechadas, pessoas para olhar e ele podendo ficar à vontade, conseguimos participar da celebração. Ela ainda afirma que a presença deles na Igreja é muito importante para eles e para a família também. “Sem Deus, nós não somos nada nesta vida”.

Para o casal Elaine e Alexandre, o projeto desenvolvido pela Comunidade Católica Nossa Senhora D’Ajuda, com apoio da Paróquia São Pedro, em Teresópolis, deveria ser levado para todas as paróquias, por ser um momento de acolhimento às pessoas com deficiência. Eles contam que a missa lhes proporcionou uma grande oportunidade de participação, inclusive para a filha, “pois é um ambiente acolhedor, onde nos sentimos bem”.

Para Franklin Cunha Cardoso, ver a participação das famílias na missa com seus filhos é algo que responde ao carisma da comunidade. De acordo com ele, quando sentiu o desejo de realizar o projeto de um ambiente adaptado para pessoas com deficiência, conversou com o então pároco de São Pedro, Padre Ernande Nascimento, que abraçou o projeto e deu todo o apoio para que a igreja fosse preparada para acolher as famílias.

Ainda segundo Franklin, foi necessário conversar com profissionais da área para saber as condições técnicas para receber as famílias e seus filhos, principalmente os autistas. “Durante o verão, ligamos os ventiladores, mas percebemos que isso incomodou as crianças. Decidimos não ligar mais e buscamos outra forma, como abrir mais as janelas. Estamos sempre atentos, pois cada situação tem que ser tratada individualmente”, comentou o fundador da Comunidade Nossa Senhora D’Ajuda.

Dom Joel, ao lado do Administrador Paroquial de São Pedro, Padre Jorge Pacheco, manifestou sua alegria pelo projeto, ressaltando sua importância e o desejo de que possa ser realizado em outras paróquias. Ao final da missa, alguns pais agradeceram o apoio da Igreja, ressaltando a importância da missa com ambiente preparado para recebê-los, permitindo que possam viver a fé e a proximidade com Jesus Eucarístico.

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