Dando continuidade ao primeiro dia da Visita Pastoral ao Decanato São José de Anchieta, na parte da tarde, Dom Joel Portella Amado participou da oração do terço na Capela Nossa Senhora da Piedade, em Inhomirim, Bongaba, em Piabetá. Ainda durante a tarde, o bispo visitou a sede do projeto Vale da Reconciliação, onde se encontrou com os membros da Comunidade Coração Novo, responsáveis pela iniciativa. O bispo diocesano, ao lado do Padre Tiago Nascimento Nigro,dCC rezou no cemitério de Piabetá, que fica ao lado da igreja em Bongaba.
Em Bongaba, o Vigário Geral da Diocese, Padre Paulo Cesar, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Piabetá, agradeceu a presença dos fiéis que se reuniram para rezar o terço com o bispo, destacando a expressiva participação mesmo sendo uma tarde de quinta-feira. Já o decano do Decanato São José de Anchieta, Padre Leonardo Tassinari, explicou o sentido da visita pastoral, lembrando que Dom Joel permanecerá em Magé até segunda-feira, quando se encerra a visita ao decanato.
Além do Vigário Geral e do Decano, participaram do terço o Padre Carlos Caridade, o Padre Adeir da Silva Oliveira, o Padre Marllon Eduard Gonçalves e o Padre Tiago Nascimento Nigro,dCC. Também estiveram presentes o Diácono Frederico Fernandes e diáconos permanentes.
Durante o encontro, Dom Joel expressou seu entusiasmo e emoção, confessando que esperava encontrar uma igreja em ruínas e vazia. “Mas, ao chegar, vi uma realidade diferente: uma igreja cheia, viva. Porque uma igreja não se faz apenas com um prédio, mas com pessoas”, afirmou, recordando as palavras de Jesus: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”.
O bispo também lembrou das muitas pessoas que passaram pelas 17 igrejas históricas de Magé, comentando: “Se estamos aqui, é porque antes houve quem desbravasse estas terras. A igreja como prédio é importante, mas mais importante ainda é a igreja como povo. Na verdade, as duas são essenciais, pois uma família precisa de uma casa, e nós somos uma família. A igreja como construção é a nossa casa”.
Ao comentar sobre as igrejas históricas, algumas em estado de ruína, o bispo diocesano destacou a necessidade de esforços para sua recuperação, ressaltando a importância de buscar recursos. “Hoje, com todos os meios que temos, é possível restaurá-las. Mas, para que isso aconteça, a ‘Igreja Povo’ precisa se manter firme, para não desabar. E fazemos isso com a oração, como fizemos agora, com a Eucaristia, com a Palavra e com o Santo Rosário”.
Dom Joel incentivou os fiéis a continuarem seu testemunho e a levarem Jesus Cristo a todas as pessoas, “com garra, entusiasmo e vigor. Não podemos nos acomodar. Devemos sempre lembrar as palavras de Jesus: ‘Tenho outras ovelhas que ainda não estão neste rebanho’”.
Na visita ao projeto Vale da Reconciliação, o bispo conheceu o local onde o projeto será desenvolvido e conversou com os membros da Comunidade Coração Novo. Nesta ocasião, além do Decano e do Diácono Frederico, Dom Joel foi acompanhado pelo Padre João Marcos e pelo Padre Egnaldo de Lima.
Durante sua fala, Dom Joel comentou que a realidade das novas comunidades é uma particularidade do Brasil e, por isso, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem incentivado o diálogo e a troca de experiências entre elas.
O bispo lembrou que, na Diocese, existem outras expressões de novas comunidades e afirmou que o Vale da Reconciliação é uma ação do Espírito Santo. Dom Joel também refletiu sobre o momento difícil que vivemos, citando as palavras do saudoso Papa Francisco, que afirmou estarmos vivendo uma “terceira guerra mundial em pedaços”. Ele encerrou sua fala dizendo que seu objetivo e missão é ser uma ponte entre as diferentes realidades.










