Quatro novos sacerdotes iniciam missão nas paróquias da Diocese de Petrópolis: “Onde o Senhor mandar, a gente vai com alegria”

Na festa da Bem-aventurada Virgem Maria de Guadalupe, celebrada em 12 de dezembro, a Diocese de Petrópolis viveu um momento especial ao anunciar, por meio do bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, a nomeação dos quatro neo-sacerdotes recém-ordenados.

Ao lado do Vigário Geral da Diocese, Padre Paulo Cesar Rodrigues Magalhães, e do reitor do Seminário Diocesano, Padre Luiz Henrique Veridiano, Dom Joel apresentou as primeiras missões dos novos padres e dirigiu-lhes palavras de envio repletas de sentido pastoral e espiritual.

“Recebem hoje uma missão, porque foram ordenados para uma Igreja particular que os acolhe, que se alegra com vocês e que lhes confia uma missão”, afirmou, explicando que o discernimento sobre os locais de atuação passou pelo Conselho Presbiteral, pelo Grupo de Decanos e pelos próprios formadores, sempre levando em conta a realidade concreta da Diocese.

Segundo as nomeações divulgadas, o Padre Anderson Sales dos Santos Pereira será Vigário Paroquial de Nossa Senhora da Conceição de Nhunguaçu, em Venda Nova, Teresópolis; o Padre Frederico Fernandes de Oliveira Ferreira será Vigário Paroquial de Nossa Senhora da Piedade, em Magé; o Padre Ronald Cankin Ma Lam iniciará seu ministério como Vigário Paroquial de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Raiz da Serra, também em Magé; e o Padre Yuri Araújo de Oliveira será Vigário Paroquial de Nossa Senhora Aparecida, em Piabetá, Magé.

Após a reunião com o bispo, o Vigário Geral e o reitor, os quatro neo-sacerdotes conversaram com a equipe do site da Diocese, refletindo sobre este início de missão. A conversa foi marcada por gratidão, entusiasmo e consciência da responsabilidade assumida.

Alegria em iniciar o ministério sacerdotal

O Padre Yuri Araújo de Oliveira destacou a alegria de retornar à comunidade que já conhece por conta do trabalho pastoral do Setor Juventude: “Estou feliz também porque já tive contato com a paróquia algumas vezes, inicialmente pelo Setor Juventude e, há pouco tempo, fiz uma celebração da Palavra lá, como diácono. Tenho um carinho muito grande pelas pessoas desta comunidade paroquial, até porque a Pastoral Vocacional de Piabetá é uma das mais fortes, sempre presente no seminário. Isso nos leva a ter um gosto, um carinho pela paróquia. E onde o Senhor mandar, a gente vai com alegria.”

Já o Padre Ronald Cankin Ma Lam expressou a profunda dimensão espiritual de seu envio: “Vou com muita alegria, porque, no fundo, é Deus quem envia e envia em missão. Ele vê as ovelhas que precisam de pastores e dá vocações, a nós quatro e àqueles que continuam. Ele nos envia justamente para cuidar de suas ovelhas. Já tive várias experiências de missão na região. Sei o quanto Deus ama essas ovelhas. Então, quero fazer justiça a esse desejo do coração de Jesus.”

O Padre Anderson Sales dos Santos Pereira ressaltou sua ligação afetiva com a paróquia que o recebe agora como padre, depois de um trabalho como diácono: “É uma alegria muito grande dar continuidade ao trabalho. Acho que agora é mirar e continuar firme. Como falava em Areal com os padres, tenho um carinho muito especial por aquele povo de Venda Nova. Fiz o trabalho de pastoral vocacional lá uma vez e retornei como diácono, conhecendo um pouco mais do povo. É uma alegria muito grande poder trabalhar naquela paróquia.”

O Padre Frederico Fernandes de Oliveira Ferreira também comentou a relação antiga com sua nova comunidade paroquial: “A paróquia de Magé a gente frequenta bastante como seminarista. Temos contato com as pessoas de lá, enfim, eu me sinto muito feliz. É uma paróquia muito grande. As pessoas são muito boas, muito acolhedoras, de forma geral. Uma coisa que me ajuda também, que me deixa feliz, é que tanto o Yuri quanto o Anderson fizeram pastoral lá e, assim como outros, eles foram muito felizes. Eu vou muito feliz e já conheço o Padre Leonardo Tassinari, temos uma boa relação, e isso me alegra.”

A fraternidade sacerdotal e a amizade entre os padres

Durante a conversa, o reitor do seminário, Padre Luiz Henrique Veridiano, expressou emoção ao recordar a trajetória formativa da turma: “Agradecemos a Deus pela vocação deles, pelo ‘sim’ deles, porque é uma turma que acompanhamos desde o encontro vocacional. Vemos neles um sinal muito grande de Deus. Acompanhamos desde o encontro vocacional, propedêutico, filosofia, teologia, todas as pastorais, e hoje recebem essa designação para as paróquias, essa missão, esse ofício. É um novo recomeço. Concluímos uma etapa, que foi a formação inicial, e agora começa a formação permanente, mergulhados na missão do trabalho.”

O Vigário Geral, Padre Paulo Cesar, reforçou a importância da fraternidade sacerdotal: “Primeiro, o amor à casa. Vocês não apenas viveram naquela casa, o seminário, mas vocês viveram aquela casa. Isso faz a diferença. E a segunda coisa é a amizade que vocês têm com os padres. Saber tratar os padres mais velhos, saber tratar os padres intermediários e os mais novos. Isso é muito importante. Essa amizade, esse carinho, essa sadia brincadeira que vocês têm. Ver vocês brincando com este padre velho, com 31 anos de vida sacerdotal, é muito bonito. A amizade é o que nos socorre nos momentos difíceis. Por isso, o livro do Eclesiastes, capítulo quarto, diz que nunca devemos estar sozinhos. Se estivermos sozinhos, não haverá ninguém que nos socorra. Então, a amizade é fundamental.”

“Se Ele tocar teu coração, vale a pena”

Os neo-sacerdotes também deixaram mensagens aos jovens que pensam na vocação. O Padre Anderson declarou: “Vale a pena. Diante de todos os desafios do mundo, o Senhor chama homens com o coração aberto. Vale a pena dizer ‘sim’ a Ele.”

O Padre Frederico comentou que há tantos jovens nas paróquias que, às vezes, não sabem qual caminho seguir ou têm medo de tomar uma decisão: “Hoje, quando estivemos na Escola Nossa Senhora do Amparo, a irmã falava que o chamado do Senhor é uma proposta e uma resposta. O Senhor continua nos chamando, propondo caminhos para nossa vida e esperando nossa resposta, nosso ‘sim’ generoso a Ele. Então, que possamos todos, juntos, dar um ‘sim’ ao Senhor.”

O Padre Yuri destacou que a fidelidade nasce da intimidade com Jesus no Sacrário e do amor à casa de formação: “Acredito que a fidelidade ao chamado se dá naquela casa (seminário) por duas formas principais, além da paz. Primeiro, a intimidade com Jesus no Sacrário, a fidelidade nas pequenas coisas. E a outra é aprender a amar a casa, amar o lugar onde o Senhor nos coloca para sermos formados, para que aprendamos a amar a paróquia onde formos colocados, para realizar a missão. Acho que, sendo fiel nessas pequenas coisas, o resto vem como consequência, como diz o Evangelho.”

Já o Padre Cankin convidou os jovens a contemplar o coração de Jesus: “Deixo o convite para que possamos olhar para o coração de Jesus, um coração que arde de amor, que se entrega. Obviamente, começa por nós, mas Ele tem muitas ovelhas que não são do nosso redil e está nos buscando. Ele precisa de mais pastores. Acredito que, se Ele tocar o coração de alguém, se Ele tocar teu coração, vale a pena. Ele conforta. E tem alguém te esperando. Acho que isso é muito forte: tem alguém te esperando.”

Ao final, manifestando sua alegria pela disponibilidade dos quatro jovens sacerdotes, olhando o exemplo de tantos que deram a vida para cumprir a missão que Deus lhes confiou, afirmando que “vim para isso”, Dom Joel deixou um testemunho pessoal: “Eu tenho mais tempo de padre do que qualquer um de vocês em idade. Começaria tudo outra vez. Foi para isso que eu vim, ser padre.”

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