Os frutos do trabalho

Mons. Paulo Daher

Na 2ª. carta aos Coríntios 9, 6-10, o apóstolo lembra afirmações práticas: quem semeia pouco colherá pouco. Quem se-meia com generosidade colherá assim também. Deus ama quem dá com alegria. O Senhor providencia o necessário. Ele dá a semente que para que seja multiplicada e ainda se transforme em pão.

A fé que o apóstolo manifesta com seus conselhos aos cristãos de Corinto é a matemática de Deus. Nossas contas e os resultados são diferentes dos de Deus: para Ele diminuir é somar. É porque a lei da verdadeira vida mesmo em a natureza mostra esta riqueza do doar-se.

A mãe quando dá seu sangue na acolhida de seu ventre para gerar e fazer crescer seu filho, o enriquece tanto quanto dá mais saúde também, alegria e beleza e felicidade à própria mãe.

Sempre quando a palavra de Deus apresenta os efeitos do verdadeiro amor que é sair de nós mesmos para ser irmão dos outros, define a própria essência do amar.  É como o fogo que não dá só temperatura forte a si mesmo mas a difunde no ambiente para todos, ao mesmo tempo que clareia, ilumina a vida de todos com suas chamas brilhantes.

O rosto de uma pessoa apaixonada revela a sua euforia e alegria de viver. O lavrador enquanto trabalha na terra, preparando-a para receber as sementes e cuida com suor todo o dia para que ela frutifique, esquece todo o sacrifício do preparo da terra quando vê a abundância da colheita.. É como diz o salmo 125/126: os que semeiam entre lágrimas recolherão e voltarão com alegria e carregando seus feixes abundantes.

Em João 12, 24-26, Jesus lembra: se o grão de trigo que lançado na terra não morre, nada produz. Se morrer dará frutos. Quem se apega demais à vida neste mundo, perde-a. Se não se prende muito à sua vida, vai tê-la na vida eterna. Quem quer me servir, siga-me e estará sempre comigo e meu Pai vai protege-lo.

Mais uma vez a imagem da semente. O trabalho, o sofrimento, o esforço  perseverante parece no momento pesar. Mas mesmo assim, o olhar para o futuro que aguarda os frutos, dá forças, alegria e perseverança a quem se dedica de fato com a visão do amanhã.

O lavrador embora esteja voltado para a terra em que trabalha para obter seus frutos, de vez em quando para, senta, enxuga o suor, olha para trás ao espaço percorrido e divisa em sua frente antecipadamente o resultado das plantas envolvidas pelo calor do sol e pelo vento que dança a música da realização conseguida.

A vida em seu começo, na caminhada de cada dia,  é como o próprio tempo. Nasce o sol, começa o dia, aquece a terra, refresca-se com o vento, caminha na direção da noite que segue ao brilho do luar. Parece repetição dos mesmos gestos. Mas realiza o ciclo maravilhoso do começo, meio e fim de todas as criaturas desta terra.

É a música, a sinfonia divina dos seres que envolvidos pelo poder de Deus manifestam o grande amor do Senhor por todos os seus filhos.

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