Nos dias 14, 15 e 16 de novembro, a cidade de Aparecida (SP) acolheu a Convenção e Romaria Nacional do Movimento Serra, reunindo mais de 200 membros do movimento vindos de diversas regiões do Brasil. Evento reuniu mais de 200 serranos de todo o Brasil e reforçou o compromisso com a esperança e o trabalho pelas vocações.
A Diocese de Petrópolis esteve representada pelos seminaristas João Vitor e Willian, da Pastoral Vocacional Diocesana, e pela coordenadora distrital do Movimento Serra de Petrópolis, Gracinha.
Com o tema “Peregrinos de Esperança”, o evento teve como foco a renovação do compromisso dos leigos com a promoção das vocações sacerdotais e religiosas. Em uma das principais palestras, Dom Joaquim Carlos Carvalho, bispo da Diocese de Jataí (GO), destacou a importância da esperança e da perseverança entre os membros do movimento. Segundo ele, esses valores são fundamentais para manter viva a missão do Serra em tempos desafiadores.
Outro momento marcante foi a palestra do Padre Bruno Mathias, da cidade de Paraopeba (MG), que abordou o tema do companheirismo. Ele ressaltou que todos os membros do Movimento Serra devem caminhar juntos na missão de fomentar vocações, lembrando que trabalhar pelas vocações é um dever de todo batizado, pois é uma forma concreta de cuidar da Igreja.
Durante o encontro, foram partilhadas experiências pastorais de diversas comunidades Serra espalhadas pelo Brasil, com destaque para a expressiva participação de um grupo da Diocese de Formosa, na Região Centro-Oeste, que trouxe testemunhos enriquecedores de sua caminhada vocacional.
O evento contou ainda com a presença do Presidente do Serra Internacional, IS. Emanuelle Costa, e sua esposa, que ressaltaram a relevância do Serra do Brasil dentro da comunidade internacional do movimento. O Presidente do Conselho Nacional do Serra do Brasil também expressou gratidão por um presente especial recebido: uma imagem fiel de São Junípero Serra, esculpida em madeira por um artista do Pará e doada pelos irmãos de Belém — uma peça única que simboliza a união e a fé dos membros do movimento.
A convenção foi encerrada com a Romaria Nacional do Movimento Serra ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, culminando em uma celebração eucarística presidida por Dom Joaquim Carlos Carvalho e concelebrada pelos padres responsáveis pelo Serra no Brasil. Em sua homilia, Dom Joaquim destacou a importância do trabalho dos leigos, especialmente no ambiente familiar, como berço das vocações de especial consagração.
Movimento Serra: história e missão
O Movimento Serra é formado por fiéis leigos que amam e se dedicam ao trabalho vocacional. Seus membros se reúnem para rezar e atuar em favor das vocações, apoiando vocacionados e consagrados. Fundado na década de 1930, nos Estados Unidos, por um grupo de leigos católicos, o movimento tem como patrono São Junípero Serra, missionário e evangelizador no México e nos Estados Unidos. Ele foi beatificado por São João Paulo II em 1988 e canonizado pelo Papa Francisco em 23 de setembro de 2015, na Basílica do Santuário Nacional da Imaculada Conceição, em Washington.
O Movimento Serra chegou ao Brasil na década de 1960, trazido pelo então Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime Cardeal Câmara. Em nossa Diocese, o movimento foi instalado por Dom Manoel Pedro da Cunha Cintra, com o apoio dos padres Mons. Gentil e Mons. Jorge, como parte de um projeto de fomento vocacional e apoio à manutenção do seminário.
As fundações locais do movimento na Diocese de Petrópolis são:
- Serra de Teresópolis – fundado em 24 de junho de 1969
- Serra de Petrópolis – fundado em 19 de março de 1974
- Serra de Raiz da Serra – fundado em 2 de março de 1998
- Serra de Santo Aleixo – fundado em 15 de novembro de 2011
Todos os grupos estão diretamente ligados ao bispo diocesano e contam com o acompanhamento espiritual dos reitores do seminário diocesano.
Renovação e esperança para o futuro
Nos últimos anos, os membros do Movimento Serra têm mantido, com dedicação e heroísmo, a missão de rezar e trabalhar pelas vocações. No entanto, os impactos da pandemia e a perda de membros queridos trouxeram desafios. Diante disso, o bispo diocesano, Dom Joel, tem incentivado novas iniciativas e ações de revitalização, para que, com a graça de Deus, o movimento continue sendo uma força viva na promoção vocacional e um grande apoio às obras da Igreja.
