Com a Igreja Santo Antônio no Alto da Serra lotada, com a presença de parentes das vítimas que morreram na tragédia de 2022, autoridades civis e militares, Dom Gregório Paixão, presidiu a missa em memória de todas as vítimas. Durante a sua homilia, o bispo ressaltou a importância de todos estarem unidos, não apenas para reconstrução da cidade, mas para manter viva a esperança em Deus, frisando que “os nossos olhos não podem ver essas pessoas. Elas estão diante de Deus, porém, elas não estão ausentes. Ninguém que partiu desta vida está ausente da nossa existência, todos aqueles que partem para Deus permanecem na nossa vida”.
O bispo ressaltou ainda a necessidade de todos caminharem juntos, não apenas reconstruir a cidade, mas para construir um futuro melhor, fazendo de tudo para que novas tragédias não voltem acontecer, como a de 2022. “De um modo especial somos responsáveis por essa história que queremos construir, porque, afinal de contas, fazemos parte de uma mesma sociedade de uma mesma família humana” afirmou Dom Gregório.
Durante sua homilia, o bispo ressaltou a beleza da cidade e dos petropolitanos. No entanto, diante de tanta beleza, Dom Gregório lembrou que os petropolitanos vivem com medo da chuva, torcendo para chegar a 31 de março, quando a expectativa pelo fim dos temporais. “Inegavelmente, quando as chuvas começam, todos os petropolitanos e certamente todas as pessoas da região Serrana torcem pelo dia 31 de março. Parece que a gente conta os dias, porque estamos com medo das chuvas que descem sobre a nossa cidade. Não conseguimos controlar a natureza. Os antigos diziam, eu já falei para vocês outras vezes. Deus perdoa sempre, os homens de vez em quando e a natureza nunca”, ressaltou Dom Gregório.
Ao final da missa, o Pároco do Alto da Serra, Padre José Celestino, pediu que todos rezassem uma Ave Maria pelo bispo diocesano, ressaltando sua presença em todo momento da tragédia, como um pai e um pastor fiel ao povo. Além do Pároco do Alto da Serra, concelebraram o Vigário Paroquial do Alto da Serra, Padre Moises Fragoso e os sacerdotes: Padre Manoel Gouvêa (Paróquia Santa Rita), Padre Alan Rodrigues Souza da Silva (Paróquia São Sebastião do Carangola), Padre Leonardo João (Vigário da Paróquia de Cascatinha), Padre Joni Ellison Muniz Batista (Vigário da Paróquia de Correas), Padre Thiago José (Vigário da Paróquia de Cascatinha), Padre Nerel Quirino (Pároco do Caxambu), Padre Luiz Henrique Veridiano, reitor do Seminário Diocesano.
A missa contou ainda com a assistência do Diácono Marco Carvalho, coordenador do Projeto Presença Samaritana, que desde fevereiro e março do ano passado, vem atendendo as vítimas da tragédia. Os seminaristas, que durante a tragédia atuaram na Igreja Santo Antônio atendendo as vítimas e coordenando diversos trabalhos, também marcaram presença na missa, manifestando mais uma vez o acolhimento às pessoas que sofreram com a tragédia.
A celebração contou com a presença do prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo e do vice, Paulo Mustrangi, acompanhados de suas esposas. Dos secretários municipais e diversas autoridades civis e militares, entre elas o prefeito Salvador, na Bahia, Bruno Soares.
