Estamos falando do livro de M. Spitzer, “A epidemia do smartphone”. Segundo o autor nos apresenta, muitos estudos atuais demonstram que o uso das mídias informáticas causa sobrepeso e obesidade. Os motivos disso são vários, como o pequeno movimento corporal que exigem, até a publicidade de gêneros alimentares altamente calóricos. Também é um motivo disso a quase total ausência de outras atividades nos momentos de tempo livre dos seus usuários.
Sabe-se que os celulares reduzem o tempo das atividades esportivas, diminuem o ritmo dos nossos passos em 33%, causam vida sedentária, fazem diminuir o interesse pela natureza e o tempo dedicado às atividades ao ar livre, como a bicicleta e os passeios pela natureza. O sobrepeso na infância e na juventude tendem a permanecer na vida adulta. Além disso, está ligado ao aparecimento de doenças crônicas e a um estilo de vida insalubre, ao pouco acesso à cultura e a problemas comportamentais.
Em relação ao ano 2014, sabe-se que o sobrepeso, em nível mundial, custou 2 bilhões de dólares. Um estudo norueguês com quase 10.000 jovens evidenciou o uso elevado das mídias digitais na hora precedente ao momento de se deitar. Esse era o momento em que o telefone celular era mais utilizado. Alguns estudos conseguiram demonstrar que de três modos os telefones celulares provocam distúrbios do sono: a) quem os usa atrasa a sua hora de dormir; b) os seus conteúdos provocam excitação e agitação; c) a luz azul das telas inibe a produção da melatonina, que é o hormônio do sono. O uso diário das mídias digitais compromete o sono noturno, como também demonstra estudos feitos em alguns centros de medicina do sono.
Os distúrbios do sono são acompanhados por distúrbios do metabolismo, como sobrepeso e a diabetes de tipo 2. Também estão ligados à pressão alta. Há estudos sobre a relação entre o uso do smartphone e o aumento da pressão sanguínea. Uma pesquisa com 331 estudantes entre 14 e 17 anos mostrou que o aumento de tempo semanal passado na internet corresponde ao aumento da pressão. Foi demonstrado também, por via experimental, que o som do smartphone provoca aumento da pressão arterial e a aceleração da batida cardíaca.
São problemas muito sérios que não podem ser desconsiderados, especialmente por pais e educadores. Continuaremos com esse assunto em outros artigos.
