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Dom Joel ressalta a importância da comunhão para a compreensão da sinodalidade a partir do Sínodo

Depois de dois dias de retiro, na tarde de 2 de outubro, o Papa Francisco abriu os trabalhos da Primeira Assembleia Geral da Segunda Sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos sobre a Sinodalidade, na Sala Paulo VI, no Vaticano. O bispo da Diocese de Petrópolis, Dom Joel Portella Amado, estava presente e, neste dia em que comemorou seu aniversário natalício, teve a oportunidade de cumprimentar o Sumo Pontífice e trocar brevemente algumas palavras.

A primeira semana do Sínodo, que começou com o retiro com a participação de todos os membros, foi marcada, entre outros momentos, pelo apelo do Papa Francisco pela paz no mundo, convocando todos para a oração do Rosário, rezado às 12h (horário do Brasil), e para o jejum e orações no dia 7 de outubro, dia de Nossa Senhora do Rosário.

Com relação à primeira semana de trabalho do Sínodo, Dom Joel mencionou que participam cerca de 350 membros. “Temos trabalhos em grupo e em plenário. O Santo Padre nos acompanha nos momentos de plenário. Nos dois primeiros dias, estivemos em retiro para que o discernimento das questões que nos forem apresentadas seja fruto da escuta em comum do que o Espírito Santo está indicando para a Igreja”, contou o bispo diocesano.

Dom Joel explica que os trabalhos têm como base o documento chamado Instrumento de Trabalho. “Este documento se divide em três partes, além de uma introdução, sendo aproximadamente uma semana dedicada a cada uma das partes. Na primeira semana, dedicamo-nos aos fundamentos da sinodalidade. Como se trata de um termo novo, pouco conhecido e usado, é preciso entendê-lo bem. Vimos que se trata de uma aplicação do grande princípio da comunhão. A Igreja é comunhão e tudo que ocorrer deverá ser concretizado a partir e em vista da comunhão”, comentou.

O bispo de Petrópolis ressaltou ainda que “a fonte de toda comunhão é a Santíssima Trindade, comunhão perfeita. A Igreja, povo de Deus, corpo de Cristo, deve continuamente estar atenta a se tornar cada vez mais comunhão. Pensar a sinodalidade fora do princípio da comunhão significa não compreender corretamente nosso assunto”.

Uma das graças do Sínodo é a participação de pessoas de todas as regiões do mundo, sendo que, durante as assembleias, os grupos de trabalho são organizados por idioma. “No sínodo, além do nosso português, há o italiano, o inglês, o espanhol e o francês. Estes são os idiomas oficiais do sínodo. Cada membro pode se expressar em qualquer um desses idiomas, ocorrendo tradução simultânea para os demais. O mesmo ocorre nas plenárias, em que cada pessoa tem 3 minutos para se manifestar sobre as questões apresentadas. É uma manifestação livre, de acordo com o que cada pessoa sente e pensa sobre o assunto apresentado. Não há debates ou manifestações públicas de discordâncias. Todas as falas são anotadas e, se a pessoa desejar, pode ainda enviar um texto diretamente à secretaria do sínodo para que seja considerado”, explica Dom Joel.

Como sinodalidade implica comunhão, a realização do sínodo é uma experiência de comunhão. “Estão presentes pessoas de todos os continentes, em um clima de amizade e respeito. São, algumas vezes, maneiras muito diferentes de compreender os desafios, mas a diferença não exclui a comunhão. Ao contrário, a fortalece. Ainda não entramos nos temas específicos, como, por exemplo, os conselhos de pastoral e administração nas dioceses e paróquias. Vamos tratar disso a partir do dia 7 de outubro, quando trabalharemos o tema das relações entre as diferentes formas de serviços, carismas e ministérios na Igreja”, comentou Dom Joel.

Por ser Padre Sinodal, eleito pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Joel Portella Amado, bispo de Petrópolis, participa de todas as sessões até o seu término, previsto para 27 de outubro. Durante este período, podemos acompanhar as notícias do Sínodo pelo site Vatican News.

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