O Domingo de Páscoa foi celebrado pelo bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, na Catedral São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, presidindo a missa das 11h. Ele lembrou que nesta data, nesta festa, “há algo muito maior que o chocolate, é o Cristo ressuscitado, que venceu a morte”. O pároco da Catedral, Padre Adenilson Ferreira, concelebrou, agradecendo a presença do bispo. A celebração foi assistida pelos diáconos permanentes Marco Aurélio de Carvalho e Rafael Sutter de Oliveira, com coroinhas e ministros extraordinários da Comunhão.
Em sua homilia, Dom Joel enfatizou a centralidade da ressurreição de Cristo, que, segundo ele, constitui a maior celebração da fé cristã. “Por isso é que no salmo da missa de hoje, nós repetidamente cantamos, dizemos e proclamamos: ‘Este é o dia que o Senhor fez para nós, exultemos de alegria.’ É a grande proclamação”, explicou Dom Joel.
Ele ressaltou a necessidade de superar a dor associada à Sexta-feira Santa, recordando os momentos de silêncio e desolação durante a liturgia daquele dia. “Daí a importância de nunca parar na Sexta-feira Santa, mas ir adiante, e poder proclamar com todos os irmãos e irmãs: ‘Este é o dia que o Senhor fez para nós, exultemos de alegria.'”
Dom Joel também abordou as dúvidas que frequentemente acompanham a fé, comentando que muitas vezes as dificuldades nos fazem questionar a vitória da vida sobre a morte. “Tome cuidado, não existe um DNA da ressurreição… não existe uma equação matemática que comprove a ressurreição”, advertiu, afirmando que crer no Cristo vivo é uma questão de fé.
Para aqueles que enfrentam perdas, ele ofereceu consolo ao sublinhar que, mesmo sem provas tangíveis, o valor da ressurreição deve ser buscado na Palavra de Deus e nos ensinamentos da Igreja. Ele enfatizou a importância dos detalhes nas mensagens divinas: “A beleza, a grandeza da mensagem que o céu quer nos dar, vem em toda a Palavra de Deus, mas ela vem no detalhe.”
Dom Joel destacou a importância dos sinais da ressurreição de Jesus, abordando como a ausência de descrições visuais da ressurreição nos evangelhos ressalta a fé através dos sinais e testemunhos. “Ontem eu perguntava: ‘Quem foi que ressuscitou?’ E todos respondem: ‘Jesus’. Vocês ouviram o Evangelho… quem é que não aparece no Evangelho hoje? Quem é exatamente o grande não mencionado, o grande ausente? É Jesus,” afirmou Dom Joel, lembrando mais uma vez que crer na ressurreição é uma questão de fé.
Ao mencionar as leituras do Evangelho, Dom Joel ressaltou o papel de Maria Madalena, Pedro e João como testemunhas da ressurreição sem a presença física de Jesus. “Pedro corre ao túmulo e entra… isso é o detalhe que o céu nos quer mostrar. O que eles veem? Um túmulo vazio, os panos dobrados ao lado,” explicou, destacando que “Pedro viu e acreditou.”
Dom Joel enfatizou que a ressurreição vai além de evidências tangíveis: “Ressurreição não é uma questão de DNA, não é uma questão de matemática, não é uma questão de prova concreta. Ressurreição é a capacidade de olhar os sinais e entender, a partir deles, que o Senhor está vivo.”
O bispo concluiu com uma reflexão sobre a importância da fé comunitária, citando a releitura de São Tomé. “Tomé queria certeza e não viu o sinal. Qual era o sinal? ‘Onde dois ou mais estiverem reunidos, eu vou estar lá.’ E o texto bíblico é claro: Tomé não estava com eles,” frisou Dom Joel sobre a união entre os fiéis como expressão da presença de Cristo.
Nesse espírito, Dom Joel convidou os fiéis a refletirem sobre suas próprias vidas como testemunhos vivos da vitória da vida sobre a morte: “O anúncio de hoje é um anúncio de vida, um anúncio que expressa a vitória da vida sobre a morte.” Encorajou a comunidade a viver de acordo com os mandamentos de Cristo, amando a Deus e ao próximo, observando que “já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim.”
Terminando com votos de uma feliz Páscoa, ele sublinhou a mensagem de esperança e renovação, afirmando que “Jesus não está entre os mortos, Jesus está entre os vivos” e desejando que “a vida seja a razão de toda a nossa existência”.