Dom Joel destaca importância do Ano Jubilar e da missão da Infância Missionária

A Infância e Adolescência Missionária (IAM) da Diocese de Petrópolis realizou, no dia 25 de outubro, o seu jubileu, com uma peregrinação à Igreja Jubilar São Pedro de Alcântara, com missa presidida pelo bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado. O jubileu aconteceu dentro da programação da Visita Pastoral ao Decanato São Pedro de Alcântara e, antes da celebração, o bispo se reuniu com as crianças, respondendo perguntas delas sobre seu ministério sacerdotal e episcopal.

No encontro com a Infância e Adolescência Missionária, o bispo estava acompanhado dos diáconos Anderson Sales dos Santos Pereira e Ronald Cankin Ma Lan, que serão ordenados sacerdotes no dia 6 de dezembro. Também participaram do encontro os diáconos permanentes Sérgio Aníbal Gonzalez Alonso e Alberto Antônio Pinto Rezende, que ajudam com o trabalho da IAM. A missa presidida pelo bispo diocesano foi concelebrada pelo Padre Thomas Andrade Gimenez Dias, pároco da Catedral, e pelo vigário paroquial, Padre Alexandre Sobral Arosa.

Em sua homilia, Dom Joel destacou que este ano a celebração tem um caráter especial: trata-se de um Ano Jubilar. “O jubileu é um costume que herdamos do povo judeu. No Antigo Testamento, nossos irmãos judeus já percebiam que, de tempos em tempos, era necessário dar uma ajeitada na vida”, explicou Dom Joel. Segundo ele, o jubileu é um tempo de renovação espiritual, de retomar a alegria da fé e do anúncio missionário.

Para ilustrar essa renovação, Dom Joel usou uma metáfora simples: “Imagine uma bola sendo lançada com força. Em algum momento, ela perde velocidade. Na física, isso é a lei da inércia. Na espiritualidade, é o momento de viver o jubileu, de recuperar a alegria de crer e de transmitir a fé.”

Esperança e missão: os pilares do jubileu

Dom Joel recordou que o Papa Francisco propôs algumas atitudes concretas para viver bem o jubileu. A primeira delas é manter viva a esperança. “Se a situação está difícil, nós sentimos. Somos humanos. Mas não podemos desanimar”, afirmou. A segunda proposta é a peregrinação: sair do lugar onde se está e caminhar até um espaço sagrado.

Cada diocese, segundo Dom Joel, designa igrejas jubilares, identificadas por um crucifixo especial. “Na catedral, temos o crucifixo oficial. Mas, nas igrejas jubilares, há um crucifixo menor, que também nos convida à oração”, explicou. Diante dele, os fiéis são convidados a rezar, apresentando seus pedidos, especialmente um: “Senhor, não me deixe desanimar, não me deixe desistir.”

A missão da IAM e o risco do desânimo

Durante a peregrinação da IAM, Dom Joel refletiu sobre o risco do desânimo, especialmente entre os pequenos missionários. “O perigo de desanimar é o perigo de deixar de ser missionário. E isso não é um risco apenas para a IAM, mas para todo batizado, a começar por mim”, afirmou.

Ele comparou essa atitude ao comportamento da tartaruga: “Quando se sente ameaçada, ela se recolhe no casco. O que está fora não importa mais. Assim também é o ser humano diante das dificuldades.” Para Dom Joel, é justamente nesses momentos que a missão precisa ser ainda mais atuante. “Se as dificuldades são grandes, a missão precisa ser maior”, reforçou, citando palavras do Papa Francisco.

Frei Galvão: modelo de esperança e ação

Em uma feliz coincidência de calendário, a Igreja celebrou, no mesmo dia do encontro, a memória de Santo Antônio de Santana Galvão, o primeiro santo brasileiro. Dom Joel destacou sua vida como exemplo de fé, esperança e serviço.

Nascido em Guaratinguetá (SP), Frei Galvão passou pela Bahia para se preparar como frade e, de volta a São Paulo, iniciou uma grande obra social. “Com coragem e esperança, ele enfrentou as dificuldades de seu tempo”, afirmou Dom Joel. Um dos símbolos mais conhecidos de sua devoção são as “pílulas de Frei Galvão”, pequenos pedaços de papel com versículos bíblicos, entregues aos doentes após oração.

“Ele percebia que muitas pessoas estavam doentes e não tinham acesso a médicos ou remédios. Então escrevia a Palavra de Deus e a entregava como um remédio espiritual. Muitos encontraram cura, e os milagres se tornaram conhecidos”, relatou o bispo.

A Palavra de Deus como alimento

Dom Joel convidou os fiéis a se alimentarem da Palavra de Deus, especialmente em tempos difíceis. “Mesmo quando olhamos para nós mesmos e vemos nossos pecados e limitações, deixemos que a Palavra tome conta do nosso ouvido, da nossa mente e do nosso coração. Ela tem o poder de nos transformar”, afirmou, citando São Paulo na liturgia do dia: “Meu Deus do Céu, quando é que eu vou ficar livre do pecado?”

O jubileu, segundo Dom Joel, é também um tempo para perguntar: “Quando é que vou me libertar das dificuldades? Quando é que vou alimentar a esperança para continuar caminhando?”

Esperança ativa e coração aberto

Ao final, Dom Joel retomou o refrão do Salmo cantado na celebração, incentivando os jovens a repetirem com força: “Tenha esperança, não desanime, e, diante das dificuldades, responda com a missão.”

Ele alertou ainda para o risco de um coração endurecido, como o mencionado no Evangelho do dia. “No final do Evangelho, o agricultor pede a Jesus uma chance para a árvore. Nós também, na nossa oração, pedimos: Senhor, dá uma chance a este mundo. Com a nossa missão, nós vamos cuidar dele.”

Jubileu da Infância e Adolescência Missionária

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