Petrópolis, 22 de março de 2025 – Com a presença do bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, a Paróquia São Sebastião, no Carangola, encerrou a festa de seu padroeiro com missa solene no dia 20 de janeiro, contando com grande participação da comunidade e dos devotos. O pároco do Carangola, Padre Alan Rodrigues Souza da Silva, manifestou sua alegria não apenas pela presença do bispo, mas também pelo trabalho realizado pela comunidade paroquial para organizar a festa do padroeiro.
Em seu agradecimento, Padre Alan destacou os esforços realizados por todos, afirmando que a festa gerou um grande lucro, deixando claro que esse lucro não era financeiro, “mas, sim, o grande número de conversões, pessoas que buscaram a confissão e pela presença de padres durante toda a novena.” Ele concluiu suas palavras fazendo referência ao Ano Jubilar, que tem como tema central a ‘Esperança’, lembrando que Jesus é “nossa esperança”.
Dom Joel agradeceu à comunidade pela acolhida, ressaltando a importância de celebrar um santo como uma oportunidade para olharmos para cada um de nós e avaliarmos como estamos manifestando nosso amor a Deus. A mensagem central de sua homilia girou em torno da devoção, da coragem e do exemplo inspirador de São Sebastião. A reflexão propôs uma análise profunda do significado de sua vida e martírio, traçando paralelos com os desafios enfrentados pelos fiéis nos dias atuais.
A devoção a um santo é descrita como um sentimento de carinho e conexão espiritual. “Quando celebramos um santo ou uma santa, duas coisas têm que ser consideradas. A primeira é o carinho pelo santo ou pela santa. Ter devoção é ter carinho, é gostar do santo. Não sei se alguém já perguntou para vocês: por que você gosta de São Sebastião? Às vezes a gente nem sabe dizer, às vezes faltam até palavras, mas, no fundo, a grande atitude que deve ter em nós, que deve acontecer no nosso coração, é essa. Eu tenho um carinho muito grande por São Sebastião, o santo de hoje. É como se, em outras palavras, você dissesse assim: está no meu coração. Devoção é uma questão de paixão.” E a segunda coisa: “Nós celebramos o santo para conhecê-lo melhor. E não é conhecer só na cabeça, na informação, mas conhecer como uma atitude de vida que marca a nossa existência, para que possamos nos aproximar cada vez mais daquele jeito do santo.”
No caso de São Sebastião, segundo o bispo, essa ligação vai além da admiração; é uma paixão que inspira os fiéis a viverem de acordo com seus ensinamentos. Mesmo em situações extremas, como o martírio sofrido pelo santo, a coragem e a lealdade a Deus foram inabaláveis. O santo, que sobreviveu a uma primeira tentativa de execução, retornou ao imperador que o condenara, reafirmando sua fé e rejeitando qualquer tentativa de idolatria humana.
Essa história de coragem ressoa com os desafios enfrentados pelos cristãos hoje. A sociedade moderna, marcada por pressões sociais, egoísmo e desunião, frequentemente oferece caminhos opostos aos valores do Evangelho. A mensagem de São Sebastião, no entanto, é clara: amar e obedecer a Deus acima de tudo, mesmo que isso signifique nadar contra a corrente.
Partindo de São Sebastião, o bispo diocesano convida os fiéis a examinarem suas próprias vidas, desafiando-os a resistir às tentações do egoísmo, das mentiras e da violência. Em vez disso, propõe a prática do perdão, do amor e da unidade, valores que refletem os ensinamentos de Jesus e o legado de São Sebastião.
