Com a participação de mais de duas mil pessoas, a Paróquia Santa Teresa, em Teresópolis, lembrou a Paixão e Morte de Jesus Cristo, com a celebração presidida por Dom Joel Portella Amado, bispo diocesano, chamando a atenção para a maldade daqueles que condenaram Jesus e, ao mesmo tempo, para o seu grande amor, capaz de pedir perdão por todos. Durante a celebração, aconteceu a adoração da Cruz, com os fiéis tendo a oportunidade de se aproximar e, ao final da celebração, a tradicional procissão do Senhor Morto pelas ruas do centro de Teresópolis.
A celebração na praça em frente à Igreja Santa Teresa, além do pároco, Padre Jorge Pacheco, contou com a presença dos vigários paroquiais Padre Gerardo Luiz Guarilha e Padre Flávio Wender Meireles Paladino. A celebração foi assistida pelo diácono permanente Flávio Wender Meireles Paladino, seminaristas, coroinhas e goretinhas, além dos ministros extraordinários da Comunhão.
Mantendo o convite feito em outras celebrações, Dom Joel enfatizou que a Semana Santa não deve ser tratada como apenas um “feriadão” ou encenação, mas sim como uma oportunidade de profunda contemplação. “A Semana Santa é, acima de tudo, um grande momento, um grande retiro, e é isso que devemos aproveitar”, destacou o religioso, apontando para a importância da introspecção e do conhecimento de Jesus Cristo.
Durante a homilia, Dom Joel refletiu sobre a leitura da Paixão segundo São João, um relato que, segundo ele, “é sempre novo” e repleto de ensinamentos. “Enquanto lia, eu pensava comigo: ‘Esse pessoal é realmente mau.’ Quanta maldade com Jesus”, disse Dom Joel, ao referir-se aos eventos ocorridos na Sexta-feira Santa.
O bispo também abordou a questão da traição e do sofrimento enfrentado por Jesus, destacando o amor incondicional como a principal resposta aos desafios. Citou as “Sete Palavras” de Jesus na cruz, especialmente a súplica: “Pai, perdoa… Eles não sabem o que fazem.” Esta frase, segundo Dom Joel, é fundamental para entender a profundidade do amor de Cristo. “Aqui está o coração de Jesus: amor, perdão”, um amor incondicional, compartilhou com os presentes.
Antes de finalizar com uma oração silenciosa, Dom Joel exortou a comunidade a viver o espírito do retiro, mesmo em meio às adversidades, como as condições climáticas naquela manhã. “Que isso possa trazer aos nossos corações uma atitude profunda de fé. Se Jesus ama tanto a humanidade, tenho apenas uma resposta: ‘Jesus, eu também te amo’.”
