A Catedral São Pedro de Alcântara, em Petrópolis, recebeu, no dia 14 de setembro, a ordenação para o Diaconato Permanente de Alexandre de Castro Silva, Jorge Luiz Coutinho da Costa, Luis Gustavo Arantes Nunes e Marcelo da Silva Guimarães. A missa foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, com a presença do Vigário Geral, Monsenhor José Maria Pereira, do diretor da Escola Diaconal Santo Estevão, Padre Aguinaldo, e do reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, Padre Luiz Henrique Veridiano.
A missa contou com a presença dos familiares dos diáconos permanentes, assim como amigos e fiéis das paróquias de origem deles, além dos padres diocesanos e dos diáconos permanentes, entre eles os três diáconos transitórios em preparação para ordenação sacerdotal. Com esta ordenação, a Diocese de Petrópolis passa a contar com 65 diáconos permanentes a serviço da Igreja nas paróquias da Diocese e pastorais.
Em sua homilia, o bispo diocesano falou sobre a importância da data escolhida para a ordenação diaconal, que coincidiu com a festa da Exaltação da Cruz, explicando que este é um momento importante para a Igreja, que nasce da cruz e vive contemplando o Senhor crucificado. Ainda segundo o bispo, a ordenação de quatro novos diáconos na Igreja de Petrópolis simboliza um ganho espiritual aos pés da cruz.
Dom Joel comentou que a cruz ilumina o sentido do diaconato, que se alimenta e vive do que contempla na cruz, frisando que a ordenação não deve ser vista como uma promoção ou honraria, mas como uma entrega de amor a Cristo crucificado, um serviço à Igreja e ao povo de Deus. Ele explicou que a cruz representa o maior sofrimento físico e psicológico, incluindo a traição e rejeição por aqueles que Jesus amou, mas lembrou que Jesus manifesta na cruz o amor misericordioso, pedindo perdão para aqueles que não compreendem a grandeza desse amor.
O diaconato, segundo o bispo, é um chamado ao serviço e à caridade, lembrando que a Igreja é serva de um rei cujo trono é a cruz. Os diáconos são homens da caridade, chamados a nunca esquecer dos pobres, como foi o conselho dado ao Papa Francisco. A ordenação diaconal permanente é uma vocação para toda a vida, afirma o bispo, trazendo para a Igreja a experiência da vida em família, profissional e comunitária. A Igreja é chamada a ser uma diaconisa permanente, vivendo o diaconato em sua essência.
O diácono permanente é um ministro ordenado na Igreja Católica que exerce um papel de serviço, configurando-se a Cristo, que é o “diácono” ou servo de todos. Este ministério foi restaurado pelo Concílio Vaticano II como um elemento permanente da hierarquia da Igreja Latina, com a finalidade de atender a necessidades pastorais específicas e proporcionar graça sacramental àqueles que já desempenham funções diaconais na comunidade cristã.
Os diáconos permanentes têm diversas responsabilidades, que incluem a assistência ao bispo e aos sacerdotes na celebração dos mistérios divinos, especialmente na Eucaristia, a administração do sacramento do Batismo, a bênção de casamentos, a proclamação do Evangelho, a presidência em funerais e a dedicação a várias obras de caridade. Eles são chamados a viver uma espiritualidade de serviço, sendo modelos de Cristo Servidor, e devem nutrir suas vidas pela leitura e estudo da Sagrada Escritura.
