“Ninguém será esquecido”. Esta afirmação de Dom Gregório Paixão, OSB, foi dita durante todo trabalho de atendimento às vítimas da tragédia de 15 de fevereiro e 20 de março deste ano em Petrópolis. É na verdade um marco de seu ministério episcopal na Diocese de Petrópolis, que hoje completa 10 anos. Para celebrar a data, uma missa de ação de graças acontece, às 19h30, na Capela do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino.
Por que a frase acima pode ser um marco de seu ministério episcopal na Diocese? Pois desde os primeiros dias que chegou, em 16 de dezembro de 2012, não mediu esforços para se fazer presente em todos os cantos da Diocese. Para ele, a distância entre uma paróquia e outra é apenas um espaço de tempo dedicado a um momento de oração, a ouvir uma música ou um áudio livro ou mesmo, e o mais normal, contemplar a beleza de cada região da Diocese.
Sair de um ponto da Diocese e ir para outro, nunca foi empecilho para Dom Gregório Paixão, pois se no caminho o cansaço surge, logo desaparece quando encontra o povo de Deus. “O contato com o povo é uma alegria. O povo é bom”, afirma o bispo. Por isso, para ele, o tempo que passa com cada pessoa que lhe procura, “é uma grande graça”, como sempre afirma e, seja uma foto, uma palavra de conforto ou apenas um cumprimento ou um sorriso não importa o tempo, pois para o bispo nada que substitua estes momentos com o povo.
Ao longo destes dez anos à frente da Diocese, Dom Gregório Paixão ordenou muitos padres, ordenou a primeira turma de diáconos permanentes, criou paróquias e sempre procurou estar presente em todos os eventos diocesanos. É importante lembrar que, no primeiro ano à frente da Diocese, teve que conduzir todo trabalho para realização da Jornada Mundial da Juventude em 2013, que aconteceu na cidade do Rio e foi inspiração para a criação da Jornada Diocesana da Juventude (JDJ), que em 2023 realiza a terceira edição.
Mas, ao longo destes dez anos, precisamente nos últimos três anos, Dom Gregório Paixão enfrentou o desafio de conduzir a Diocese na pandemia causada pela Covid-19, quando o mundo parou em 2020 e, a retomada das atividades em 2021, ainda com muitas restrições. O que parecia ser um ano de tranquilidade, 2022 foi marcado pela tragédia de 15 de fevereiro e 20 de março em Petrópolis, quando 240 pessoas perderam a vida e mais de mil famílias ficaram sem casa.
Dom Gregório Paixão, com apoio do clero e leigos, conduziu o trabalho de atendimento às vítimas e marcou a todos, quando numa reunião com autoridades disse que corria o risco da “síndrome do céu azul”. Ele afirmou isso, pois temia que, passados alguns meses, as vítimas da tragédia seriam esquecidas.