Diáconos Permanentes: Uma força evangelizadora na Igreja

A retomada do diaconato permanente pelo Vaticano II trouxe consigo uma nova força evangelizadora para a Igreja. Segundo Dom Joel Portella Amado, bispo da Diocese de Petrópolis, essa decisão foi fundamental para enriquecer a Igreja e ampliar sua presença nas comunidades. “Durante séculos, o diaconato era apenas uma etapa para o sacerdócio. Com o Concílio e a concretização pelo Papa Paulo VI, a Igreja ganhou uma nova dimensão de serviço”, destacou.

Os diáconos permanentes se destacam por sua dedicação à ação evangelizadora, sendo mais do que meros assistentes. “O diácono, em virtude do sacramento da ordem, deve dedicar tempo e compromisso efetivo ao serviço indicado pela Igreja”, explicou Dom Joel. Além de suas funções nas celebrações litúrgicas, como batizados e matrimônios, sua missão é ampla e vai além do âmbito religioso.

Conforme o bispo, os diáconos são também homens da Palavra de Deus. Eles devem realizar celebrações da Palavra quando um padre não está disponível, animar grupos de oração e estudo bíblico, e oferecer apoio à comunidade através de atendimentos e escuta. “O diácono traz para a Igreja a riqueza de sua experiência de vida, equilibrando serviços à profissão e à família”, enfatizou.

Diante dos diversos desafios sociais que enfrentamos, como pobreza, fome e solidão, o diácono é chamado a agir. “A Igreja deve estar presente em cada uma dessas realidades, lembrando-se das palavras de Jesus: ‘O que fizestes a um desses pequeninos foi a mim que o fizestes’”, afirmou Dom Joel. Ele conclui que o diaconato não é uma honra, mas uma responsabilidade que traz consigo um chamamento divino.

Diáconos Permanentes: Um Pilar nas Pastorais Sociais

A atuação dos diáconos permanentes na Diocese de Petrópolis é reconhecida como essencial para a vida comunitária e as pastorais sociais. Dom Joel Portella Amado enfatiza que a presença dos diáconos é valiosa, destacando que eles estão próximos dos padres e gozam do reconhecimento das comunidades. “Esse não é um cargo honorário, mas um serviço fundamental, uma vocação conferida pelo sacramento da ordem”, afirmou.

O bispo ressalta a importância das pastorais sociais, onde a caridade se torna um de seus pilares. Segundo ele, os diáconos, ao assumirem essa função, não estão apenas praticando atos de caridade individualmente. “A caridade é uma responsabilidade que integra todos os batizados, mas o diácono, por sua formação, deve intensificar suas ações caridosas e ser um motivador de caridade dentro da comunidade”, explicou Dom Joel.

A origem do diaconato, segundo o bispo, é emblemática, pois surgiu em resposta a necessidades sociais, como o atendimento às viúvas, conforme narrado em Atos 6. “Na nossa diocese, os diáconos têm se destacado como animadores em várias pastorais sociais. Sua liderança é vital, pois promove a união, integração e fortalecimento das comunidades”, acrescentou.

A participação dos diáconos também foi notável no Jubileu das Pastorais Sociais, realizado em Matozinhos, onde demonstraram unidade e disponibilidade para atuar junto aos mais necessitados. “A presença deles nesse evento ressaltou seu comprometimento com a ação social e a solidariedade”, concluiu Dom Joel.

A Vocação do Diaconato: Serviço e Comunhão

Em um chamado à reflexão, Dom Joel Portella Amado expressou sua profunda gratidão aos diáconos da Diocese de Petrópolis e a todos os diáconos ao redor do mundo. “O diaconato é uma vocação que deve ser compreendida e vivida em sua essência”, afirmou, ressaltando a importância do compromisso diaconal.

O bispo também destacou a necessidade de união entre os diáconos. “É fundamental que eles se ajudem mutuamente, como já observei várias vezes na nossa diocese. Isso inclui aproximar as famílias e compartilhar experiências sobre a missão, tanto as dificuldades quanto os sucessos”, enfatizou.

Dom Joel reforçou que o diaconato não deve ser visto como uma honraria ou um prêmio. “Ninguém é ordenado para seu próprio benefício. Quem vê o diaconato dessa forma não compreendeu o verdadeiro sentido do serviço que lhe é inerente”, finalizou. Essa mensagem clara e direta convida todos os diáconos a um compromisso profundo e autêntico com sua missão.

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