O Diácono Permanente Vagner Corrêa de Lima compartilha sua experiência e os desafios de seu ministério, que une vida familiar, trabalho e dedicação pastoral. Desde a infância, Vagner sente a presença de Deus em sua vida. “Participo da Igreja desde criança e sirvo desde a adolescência. Fui feito Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão aos 22 anos, e a transição para o diaconato aconteceu de forma natural”, revela.
O convite de arcebispo emérito de Taranto, na Itália, Dom Filippo Santoro, então bispo diocesano em 2008, para a criação do ministério diaconal na Diocese possibilitou a Vagner um novo caminho. “Durante a formação, enfrentei momentos de dúvida sobre meu chamado. Mas o que mais me tocou foi a convivência com outros candidatos, que compartilhavam suas experiências de vida e serviço.”
Ao perguntar sobre os desafios que enfrenta nas pastorais, especialmente nas áreas sociais, Vagner destaca a responsabilidade que carrega como diácono. “Há uma cobrança intensa para que o diácono seja disponível e atue como exemplo. Atender às expectativas da comunidade é desafiador, mas a maior alegria é ver o Reino de Deus crescendo entre nós”, afirma. Ele menciona especialmente sua atuação na Pastoral Familiar, onde se sente próximo às famílias e ao que elas vivenciam. “Nas áreas sociais, precisamos conscientizar que o trabalho da Igreja é uma missão evangelizadora, diferente da atuação de uma ONG. Somos uma comunidade que busca o Reino de Deus”, enfatiza.
A busca por equilíbrio entre a vida familiar, o trabalho e o ministério é um tema recorrente na fala do diácono. “É um equilíbrio delicado, mas facilitado pela participação ativa da minha família. Minha esposa e meus filhos estão sempre ao meu lado nas atividades pastorais”, diz. O diálogo aberto em casa é um pilar essencial para que Vagner se mantenha presente como pai e marido. “Quanto ao trabalho profissional, tento equilibrar o tempo rigidamente e ser uma presença da Igreja. Meus colegas sabem, em parte, sobre minha atividade ministerial, o que me motiva a trabalhar com honestidade e ser uma referência positiva”, conclui.
O diácono Vagner Corrêa de Lima nos inspira não apenas com sua dedicação ao ministério, mas também com seu compromisso em ser uma luz de esperança. “Ser diácono é um chamado a testemunhar Cristo em todas as dimensões da vida: na família, no trabalho e na comunidade. É um caminho de fé, amor e serviço que não tem fim”, finaliza.
A professora Vanessa Lopes Ramos de Lima, esposa do diácono Vagner Corrêa de Lima, fala sobre as transformações que ocorreram em sua vida e na família após o chamado de seu marido ao diaconato permanente. Desde o início do discernimento, Vanessa admite que sentiu apreensão. “Quando o Vagner recebeu o convite, fiquei preocupada, pois era algo totalmente novo em nossa diocese. Não tínhamos referências reais sobre como seria viver o diaconato permanente”, relata.
Contudo, conforme as formações progrediam, ela começou a perceber a profundidade do chamado. “As esposas dos candidatos participam dos encontros durante o primeiro ano de formação, e fui entendendo que estávamos recebendo uma graça muito grande. Nossa família havia sido escolhida por Deus para atuar de maneira mais intensa na construção do Reino de Deus. Com isso, fui amadurecendo e compreendendo nosso chamado”, acrescenta.
Para Vanessa, o chamado não era apenas de Vagner. “Desde o primeiro momento, entendi que o Senhor chamava a mim também através dele”, revela, destacando a conexão entre suas vocações.
A rotina familiar e a missão pastoral também são aspectos importantes que ela menciona. “Sempre procurei entender e preencher a ausência dele em alguns momentos, principalmente na vida dos nossos filhos. Mas isso nunca foi um problema para nós, pois sempre tivemos a consciência de que seria assim”, explica.
Com a chegada da escola diaconal, Vanessa estava grávida do primeiro filho e dois meses depois da ordenação, nasceu o segundo. “Para os meninos, sempre foi muito natural ter que compartilhar o pai com a comunidade. A rotina da nossa família já foi organizada tendo o diaconato como parte integrante e central”, conta.
Vanessa se considera chamada a servir ao lado de seu marido. “Tenho plena consciência de que preciso servir e dar testemunho junto do meu marido sempre. Precisamos ser luz em nossa comunidade, levando o amor de Deus a todos e zelando pela nossa Santa Igreja”, assegura.
Por fim, quando questionada sobre o que mudou em sua visão de Igreja após a ordenação de Vagner, ela enfatiza: “Na verdade, reforçou a fé e amor pelo meu Senhor e pela minha Igreja. O cuidado e o amparo que o Senhor nos tem dado durante este tempo de ministério mostram que vale a pena gastar as nossas vidas por Ele.”