Diácono Binho: uma vocação surgida no convite e pela força da família

O Diácono Permanente Cláudio José do Amaral, 60 anos, conhecido como Diácono Binho, casado com a professora, Gicélia de Cássia Francisco da Silva do Amaral e pai de Leonardo Francisco do Amaral, compartilhou sua experiência sobre o diaconato e a importância da fé em sua trajetória. Lembrando o início de sua caminhada, o Diácono Binho comenta que “na verdade, não descobri o diaconato por conta própria. Meu pároco na época, Padre Willyam, foi quem despertou em mim esse chamado, apresentando-me a uma vocação que eu nem conhecia”.

Este despertar, segundo o diácono, fez com que ele se conectasse mais profundamente com a história da Igreja Católica e com a ação do Espírito Santo em momentos de crise. Sobre o processo de formação e discernimento, Binho afirma: “A beleza da história da nossa Igreja está intrinsicamente ligada ao mundo em que vivemos. O apoio e a direção espiritual de um sacerdote são fundamentais para a compreensão do chamado ao diaconato”.

Sua reflexão enfatiza que o discernimento é um processo profundo e espiritual, que requer abertura e disposição de coração. Ao abordar os desafios enfrentados no serviço pastoral, Diácono Binho reconhece: “Os desafios são os mesmos de toda evangelização. É preciso estar disposto e preparado para anunciar o Evangelho, cultivando o coração e as atitudes de Cristo”. Para ele, a verdadeira alegria está em servir à única e verdadeira Igreja de Cristo, a Igreja Católica.

“Encontramos um grande desafio que nos acompanha: o equilíbrio”, acrescenta, destacando que, ao longo dos anos de estudo e ordenação, percebeu que o apoio da família é “o combustível para o trabalho e a missão pastoral”. Para Binho, a oração e a humildade são pilares essenciais; “sem reconhecer em Cristo nosso Salvador, nada é possível”.

A mensagem de Diácono Binho ressoa fortemente na comunidade, lembrando a todos da importância do amor, da fé e do serviço: “Servir é a maior alegria de quem faz parte deste caminho e é fundamental para a construção de uma Igreja que realmente se coloca a serviço dos irmãos”.

Mas, a vida de um diácono traz desafios não apenas para ele, mas também para a sua família. A professora, Gicélia de Cássia Francisco da Silva do Amaral, 60 anos, esposa do diácono Binho, compartilhou que no início não foi fácil compreender a dimensão da missão de seu esposo como diácono.

– No início foi um pouco difícil devido à sua ausência, mas fui me adaptando a essa mudança”. Desde que Binho começou sua formação, ela percebeu que essa jornada era um chamado conjunto: “Desde o começo, sabia que esse chamado não era só dele, mas nosso. E ao longo do curso, isso foi se aprimorando”.

Para Gicélia, a mudança se tornou mais evidente quando Binho começou a receber os ministérios: “Ali percebi que minha vida também mudaria”. Essa nova etapa exigiu dela uma adaptação constante, especialmente na conciliação das responsabilidades familiares e comunitárias. “É um pouco difícil; temos que conciliar e conversarmos para podermos atender os dois lados. Mas sempre resolvemos com diálogo e oração”, afirma.

Ela também menciona a pressão que muitas vezes sentem por parte da comunidade: “Sim, e tem essa cobrança da comunidade”. Para Gicélia, essa dinâmica trouxe um novo sentido de envolvimento que ela não experimentava anteriormente. “Como catequista e alguém que trabalha com a juventude há muito tempo, depois do diaconato dele, me vejo com mais envolvimento na comunidade, ouvindo, ajudando e me aproximando de outras pastorais e pequenas comunidades da nossa paróquia”.

O processo de aprendizado e amadurecimento foi significativo. Gicélia revela: “Como catequista, sempre estive em constante estudo e aprofundamento na fé. No entanto, ao acompanhar o caminho de estudo do meu marido, minha compreensão sobre o que é ser Igreja se ampliou ainda mais”. Essa jornada conjunta trouxe à tona a rica história da Igreja, sua tradição e liturgia de uma maneira que ela nunca havia imaginado.

– Passei a perceber de forma mais profunda a grandeza do amor de Cristo por nós e a certeza reconfortante de que nunca estamos sozinhos”. As palavras de Gicélia manifestam a força de uma comunidade unida na fé, refletindo o amor incondicional que permeia a vida da Igreja Católica.

Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *