Com seu estilo discreto, em total comunhão com o Santo Padre, por quem nutria um amor filial, Dom João viveu de perto o pontificado do Papa Francisco
Bianca Fraccalvieri – Vatican News
O cardeal brasileiro João Braz de Aviz viveu o pontificado do Papa Francisco de uma perspectiva singular. Quando o Pontífice foi eleito, em 2013, Dom João já era prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica desde 2011, nomeado por Bento XVI.
Francisco o confirmou e o deixou no cargo até janeiro deste ano de 2025, na sucessão talvez mais emblemática do pontificado, pois Dom João foi substituído por uma mulher, Ir. Simona Brambilla, a primeira prefeita de um Dicastério da Igreja.
“Temos que dobrar nossa cabeça diante do trabalho que ele fez. Papa Francisco tinha um olhar para a mulher de um modo muito profundo.”
Com seu estilo discreto, em total comunhão com o Santo Padre, por quem nutria um amor filial, Dom João foi o segundo prefeito que ficou mais tempo em seu cargo. O primeiro é o cardeal suíço Kurt Koch, à frente do Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos desde 2010.
Nesta longa entrevista, o cardeal brasileiro recorda sua trajetória ao lado de Francisco: “Sem a presença do Papa Francisco não sei se teria dado conta de uma missão como esta, porque é uma missão muito delicada”.
Fala também da revitalização da vida consagrada através do regresso ao essencial, impulsionando a experiência de sair de si mesmo e ir ao encontro do povo. O Papa “acabou morrendo no meio do povo e levou a vida consagrada a procurar isso”. E ressalta duas características: a misericórdia e o amor do Papa pelos pobres.