“Nós somos homens da esperança”, afirmou o bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, na missa de encerramento do Jubileu dos Sacerdotes da Diocese de Petrópolis, que ocorreu no dia 3 de junho, no Santuário Jubilar Bom Jesus de Matosinhos. Realizado durante a manhã e concluído com um momento de confraternização, o Jubileu dos Sacerdotes foi um testemunho de unidade, vivido plenamente na santa missa, quando todos unidos numa única voz durante a consagração do pão e do vinho, que se tornaram o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, “eram um só sacerdócio – in persona Christi”.
Rogerio Tosta / Ascom Diocese de Petrópolis
A peregrinação do clero diocesano teve início com um momento de oração conduzido pelo bispo diocesano e, em seguida, caminharam até o Santuário, onde tiveram a oportunidade de rezar diante da Cruz Jubilar. O Jubileu contou ainda com um momento de Adoração ao Santíssimo, sendo concluído com a Santa Missa presidida por Dom Joel.
Durante o momento de oração, Padre Renato Andrade realizou uma meditação com o tema “Como o padre é chamado a ser anunciador da Esperança hoje”. Durante sua reflexão, Padre Renato citou o Papa Leão XIV, lembrando uma de suas falas na Basílica de São Pedro, na ordenação sacerdotal, no último dia 31 de maio: “Juntos, então, reconstruiremos a credibilidade de uma Igreja ferida, enviada a uma humanidade ferida, dentro de uma criação ferida. Não somos ainda perfeitos, mas é necessário ser críveis. Jesus Ressuscitado mostra-nos as suas feridas e, mesmo sendo sinal de rejeição da humanidade, perdoa-nos e envia-nos. Não o esqueçamos! Ele sopra também hoje sobre nós e torna-nos ministros de esperança”.
Ao longo de sua meditação, Padre Renato lembrou dois textos da Carta aos Hebreus que ajudam a meditar sobre a virtude teologal da esperança. De acordo com ele, o primeiro diz que a esperança baseia-se na imutabilidade de Deus: “Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu” (Hebreus 10, 23). Para ele, isso significa que Deus não pode mentir. Sua Palavra é inquestionável, é sempre certa e verdadeira.
O segundo texto, segundo Padre Renato, diz que a esperança é como uma âncora da alma (Hb 6,19), afirmando que “para nós, no cristianismo, a âncora simboliza a esperança, porque justamente nos mantém atrelados, seguros a um ponto fixo. O mar, às vezes está agitado ou bravio, mas porque estamos ancorados num lugar seguro, temos esperança sempre”.
Durante a homilia, Dom Joel, ao afirmar que o sacerdote é um homem de esperança, disse que cada um precisa estar certo de que, “para nós, a esperança tem nome, é Jesus Cristo”, lembrando que todo cristão, principalmente o padre, é chamado a levar Cristo a todos. O bispo diocesano lembrou as dores e sofrimentos de cada sacerdote, mas ressaltou que precisam estar ligados a Cristo, para que, mesmo diante das dificuldades possam se manter firmes.