Dentro das atividades e celebrações em comemoração ao centenário da Catedral São Pedro de Alcântara, uma missa solene foi realizada no domingo, 30 de novembro, em sufrágio da alma do Imperador Dom Pedro II, pelo bicentenário de seu nascimento. A celebração, presidida pelo pároco, Padre Thomas Andrade Gimenez Dias, contou com a presença de representantes da Família Imperial do Brasil, do Instituto Histórico de Petrópolis (IHP), além de personalidades civis e militares que atuam na preservação da cultura petropolitana.

Ao final da missa, foi realizada uma homenagem ao Imperador Dom Pedro II no Mausoléu da Família Imperial, promovida pelo Instituto Histórico de Petrópolis, com a presença de diversas autoridades e convidados. Toda a celebração e a visitação ao Mausoléu contaram com o apoio e a segurança do Exército Brasileiro, e o espaço permaneceu aberto ao público durante todo o dia 30 de novembro.
Antes de iniciar a homilia, Padre Thomas convidou todos a permanecerem em pé para acolher o histórico quadro de Dom Pedro II, que foi colocado ao lado do altar da Catedral. Em sua homilia, o sacerdote destacou a importância do imperador para a história da cidade e da Igreja local:

– Petrópolis deve a Dom Pedro II. Esta paróquia, esta igreja, é e sempre será devedora de Dom Pedro II”, afirmou, lembrando que foi o próprio imperador quem fundou a cidade e destinou o terreno onde hoje está erguida a Catedral, dedicada a São Pedro de Alcântara, seu onomástico.
A celebração também marcou o início do Tempo do Advento, período litúrgico de preparação para o Natal. Padre Thomas refletiu sobre o significado espiritual desse tempo para os cristãos:
– O Tempo do Advento nos prepara para o encontro com o Senhor, tanto no mistério do Seu Natal quanto na Sua vinda gloriosa no fim dos tempos. Nosso coração deve estar pronto hoje e agora, porque o Senhor pode voltar neste mesmo instante”, destacou.
A missa contou com a presença de Dom Pedro Carlos, Dom Francisco Teodoro e suas respectivas esposas, além da presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, Dra. Elisabeth Mahler. Também participaram representantes de outras academias culturais da cidade e autoridades locais. O Coral do Carmo, vindo de Juiz de Fora (MG), abrilhantou a celebração com cânticos litúrgicos.

Durante a homilia, Padre Thomas também fez memória da Imperatriz Dona Leopoldina, que entrou em trabalho de parto na véspera do nascimento de Dom Pedro II, enquanto a corte celebrava o terceiro aniversário da coroação de Dom Pedro I. O nascimento do futuro imperador, às 2h30 da manhã de 2 de dezembro de 1825, foi saudado com repiques de sinos e salvas de canhões no Rio de Janeiro.
– No dia em que nasceu Dom Pedro II, em germe também nascia Petrópolis, e esta igreja que hoje nos acolhe”, afirmou o padre.
Ao final da celebração, o sacerdote pediu orações pela alma de Dom Pedro II, destacando sua fé católica e o desejo de alcançar a coroa imarcescível no céu:
– Se Dom Pedro II foi coroado na terra como o segundo imperador do Brasil, é bem verdade que ele, como cristão católico que era, desejava um dia também receber a coroa da justiça que o Senhor reserva para os seus”, concluiu.






