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Biografia Monsenhor Luís Garcia Mello

Pe. Luís Garcia Mello nasceu aos 13 de março de 1955, em Magé-RJ, no distrito de Santo Aleixo. Décimo filho de uma família de 13 irmãos, teve uma infância normal e católica. Na sua adolescência afastou-se um pouco da vida cristã. Começou a cursar Engenharia Elétrica na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) por volta do ano de 1973. Durante o período de faculdade, começou a se questionar sobre a própria vida. Seguia uma vida de namoro, como outros jovens da época. Ingressou em um grupo de jovens e retornou à vida paroquial.

Aos 19 anos, participou de um encontro de jovens em Santo Aleixo, promovido por adultos que haviam feito o Cursilho, e ficou impressionado com a convicção, alegria e testemunho dos organizadores. Nesse encontro, teve uma experiência intensa, que mudou o rumo da sua vida. A partir de então, começou a organizar encontros de jovens, formando, em sua paróquia, um grupo chamado “Raízes”. Morando no Rio de Janeiro por conta da faculdade, o grupo se reunia apenas aos fins de semana, quando ele retornava para Santo Aleixo.

Terminando o curso de Engenharia Elétrica, continuou morando no RJ, trabalhando em Furnas (Santa Cruz). Nas folgas, continuava a ir para Santo Aleixo: jogava bola, realizava as reuniões e visitas com os jovens. Estava convicto de ter vocação ao matrimônio. Vivia uma vida tranquila, com emprego estável, bom salário e carro e casa próprios.

Ainda permanecia dentro de si um forte chamado a se dedicar a Deus. Chegou a dizer à sua namorada, que se tornou noiva, que na sua vida havia prioridades claras: em primeiro lugar, Deus; depois, a família; e, então, a namorada. Disse que se ela “passasse a família”, ele se casaria com ela.

A empresa dava benefícios aos funcionários casados, e, nesse período, houve uma transição de funcionários de Furnas para a Usina (em Angra). Luís deveria tomar uma decisão: ou ir para Angra (e se casar) ou seguir uma vida de dedicação a Deus.

Pe. Luís conta que sempre percebeu o sacerdócio como uma entrega ao serviço, uma forma de fazer a vontade de Deus, nunca como uma honra. Por esse motivo, conversou com o Mons. Jorge Facchin, reitor do Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino, em Petrópolis (diocese à qual pertencia), e colocou nas mãos do reitor a sua vocação. Pensava consigo que Deus manifestaria sua vontade através da vontade de Mons. Jorge. Este, no entanto, disse-lhe que a decisão era sua.

Tendo terminado o noivado, depois de um ou dois anos em conversas frequentes com Mons. Jorge, decidiu ingressar no Seminário Diocesano. Foi ao Rio de Janeiro para pedir demissão do trabalho, mas não teve coragem. Ao retornar a Petrópolis, para contar da sua frustração, encontrou-se com Pe. Vicente, que, ao vê-lo, felicitou-o pela sua futura entrada no seminário. Naquele momento, caiu em si, voltou ao Rio de Janeiro, pediu demissão e retornou a Petrópolis.

Ingressou no Seminário Diocesano no ano de 1982. Mons. Jorge o aconselhou que deixasse o seu emprego em aberto por 6 meses, para retornar caso percebesse que a vida sacerdotal não era sua vocação. Depois de 6 meses, juntou todas as coisas que tinha referente à engenharia e ao emprego e queimou numa grade fogueira, como sinal da decisão radical de servir a Deus através do ministério sacerdotal.

No 3º ano dos estudos de filosofia conheceu a Renovação Carismática Católica, que o ajudou muito na vida espiritual e o fortaleceu numa vida de entrega total.

Foi ordenado diácono em 06 de dezembro de 1987, e padre em 11 de dezembro de 1988.

Logo depois de ordenado, assumiu como vigário na paróquia Santa Teresa, em Teresópolis, sendo Pe. Nivaldo o pároco. Na prática, Pe. Luís assumia as funções e deveres de pároco, pela grande extensão da paróquia na época, onde colocou em prática suas capacidades administrativas. Destaca-se a conclusão da obra do Centro de Atividades Comunitárias (CEAC), que se prolongava vários fatores, que conseguiu resolver.

Exerceu seu ministério na paróquia Santa Teresa por 10 meses, até que Pe. Antônio do Carmo retornou. O povo não queria que ele se retirasse da paróquia. Pe. Luís, contudo, lidou com a situação de tal modo que o povo aceitou a ideia da sua saída com tranquilidade.

Ainda em Teresópolis, teve a oportunidade de participar de um curso sobre “Nova Evangelização”, ocorrido em Niterói, com sua irmã Nancy e outras pessoas. Também no ano de 1989, organizou o primeiro Congresso de Jovens, em Teresópolis, que hoje já se encontra na sua 33ª edição.

Em seguida, foi transferido como Administrador Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Amor Divino, no distrito de Corrêas, em Petrópolis. Lá começou a colocar em prática a Nova Evangelização. Quando realizou o primeiro encontro, foi uma “explosão”.

Em 1992, o Seminário Diocesano Nossa Senhora do Amor Divino entrou em uma crise e Dom José Veloso, Bispo Diocesano, visitou-o em Corrêas a fim de convidá-lo para assumir o ofício de Reitor. Ele assumiu que era jovem e pediu duas coisas como condição para aceitar o ofício: compreensão de sua inexperiência e autoridade.

Quando assumiu o Seminário, tomou ciência de que este tinha um sítio e estava muito abandonado. Pe. Luís teve a ideia de oferecer para os encontros da Nova Evangelização, cujos fundos fossem investidos para a reforma do sítio. A proposta era manter o sítio autônomo, independente financeiramente do Seminário, servindo para uso também dos seminaristas.

A equipe de formação era composta por Pe. Luís Mello – reitor, Pe. Gilson Silva – vice-reitor e Pe. José Maria Pereira – diretor espiritual. Nos encontros da Nova Evangelização, os três formadores eram convidados para auxiliar no atendimento de confissões e na celebração da Santa Missa. Dessa forma, além dos recursos financeiros para a reforma do sítio, também colaborava no incentivo para as vocações.

O movimento de jovens foi se fortalecendo pelos encontros no sítio. O Congresso de Jovens progredia. Estabeleceram que o nome “Congresso” ficaria para o evento em Teresópolis. “Adorai” em Petrópolis, e “Anuncia-me” em Magé.

Em 1997, já no governo diocesano de Dom José Carlos de Lima Vaz, Pe. Luís Mello afastou-se do Seminário Diocesano e foi para a Paróquia Santana e São Joaquim de Cascatinha, como vigário do Pe. Antônio Carlos Cardoso. Exerceu este ofício por 2 anos.

Em 1999, a paróquia de Santo Antônio e Santo Agostinho de Nogueira estava sem sacerdote. Pe. Luís assumiu lá o ofício de Administrador Paroquial. Nessa paróquia realizou outros vários trabalhos: realizou muitas obras e preparou a Igreja Nossa de Lourdes de Araras para ter autonomia e ser desmembrada de Nogueira. Aí permaneceu até 2010, deixando uma paróquia muito viva, com intensa atividade evangelizadora e pastoral.

Em 2010, foi nomeado por Dom Filippo Santoro, Bispo de Petrópolis entre 2004 e 2011, pároco da recém criada paróquia São Judas Tadeu da Mosela. Foi um novo desafio, pois sairia da administração de religiosos e pela primeira vez assumiria um sacerdote diocesano. O início foi muito desafiador, mas os anos de experiência o capacitaram para lidar muito bem com essa situação.

Ainda em 2010, foi membro da Comissão da Apoio da Universidade Católica de Petrópolis, que se encontrava em uma grave crise. Com sua experiência na área administrativa, colaborou de forma eficaz para identificar os problemas e propor soluções.

Com o início do ministério episcopal de Dom Gregório Paixão, OSB, na Diocese de Petrópolis, sem desligar-se das responsabilidades da Paróquia São Judas Tadeu da Mosela, foi designado também para assumir o cargo de Pró-Reitor Administrativo da UCP, a fim de aplicar as soluções necessárias para quitar as dívidas e impedir o fechamento da universidade. O rumo da UCP começou a se acertar.

Pouco tempo depois, solicitou ao Bispo a renúncia à Paróquia da Mosela, para que pudesse se dedicar à UCP em tempo integral. Dom Gregório prontamente aceitou o pedido, provisionando-o Vigário Paroquial da Paróquia São Judas Tadeu da Mosela.

No período em que esteve à frente da Pró-Reitoria Administrativa, empenhou-se muito com o trabalho.

Em outubro de 2015, foi transferido para a paróquia Nossa Senhora do Rosário, no centro da cidade de Petrópolis, onde permanece até a presente data. Está completamente imerso nos trabalhos pastorais locais em uma das regiões mais vulneráveis de Petrópolis. Promoveu a reforma e a revitalização da igreja-matriz, a construção de um centro pastoral e implantou diversos grupos e pastorais, além de preparar a igreja São Charbel do Caxambu para se tornar Quase-Paróquia em 2022.

Atualmente é o Decano do Decanato São Pedro de Alcântara, Vice-Ecônomo da Diocese de Petrópolis. Integra os Conselhos Econômico e Presbiteral da Diocese de Petrópolis.

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