Os religiosos e as religiosas de vida consagrada participaram do Congresso e Peregrinação Jubilar, que ocorreu no dia 23 de agosto, na Diocese de Petrópolis, promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) Regional do Rio de Janeiro. O encontro teve como tema “Caminhos de Esperança na Vida Religiosa Consagrada”, com orientação da Irmã Silvânia Aparecida, da Congregação Servas da Santíssima Trindade (STS).
O encontro, realizado no Instituto Teológico Francisco (ITF), contou com a presença de cerca de 100 religiosos e religiosas. Animados pela Coordenadora da CRB – Regional Rio de Janeiro, a Irmã Maria das Graças Rodrigues, foram convidados a participar das atividades promovidas pelo CRB no Estado do Rio. Durante o encontro, foi apresentada uma mensagem do bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado, manifestando seu carinho pelos religiosos e religiosas e desejando que sejam sinais de esperança no mundo.
Na parte da tarde, os religiosos e as religiosas realizaram uma peregrinação da Praça da Liberdade até a Catedral Jubilar São Pedro de Alcântara de Petrópolis. Durante a caminhada, cantaram e rezaram. Eles entraram na Catedral de Petrópolis em peregrinação, venerando a Cruz Jubilar, cumprindo uma das etapas do Jubileu da Esperança convocado pelo saudoso Papa Francisco.
A missa de encerramento do congresso foi presidida pelo Frei Willian Gomes, OFMConv, que, em sua homilia, destacou a importância dos religiosos e das religiosas na sociedade. O pároco da Catedral de Petrópolis, Padre Thomas Andrade Gimenez Dias, acolheu os religiosos e as religiosas, ressaltando a importância da peregrinação deles na Catedral, que é uma igreja jubilar. O Padre Thomas também destacou a importância do ministério pastoral exercido pelos religiosos e pelas religiosas para a Igreja e para a sociedade.
Ao abordar o tema “Caminhos de Esperança na Vida Religiosa Consagrada” e utilizando como ponto de partida as parábolas contadas por Jesus Cristo, a Irmã Silvânia Aparecida apontou algumas dificuldades, mas também caminhos para superá-las. Uma das questões discutidas foi a redução no número de vocações, e um dos problemas apontados é o momento que vivemos, marcado por profundas transformações sociais.
A Irmã Silvânia destaca a importância da atuação dos religiosos no contexto familiar. Para ela, a família continua sendo o berço de todas as vocações. Segundo a irmã, despertar vocações começa dentro do seio familiar, e é fundamental que os religiosos se aproximem das famílias, colaborando na evangelização e catequese.
“Acreditamos que Deus continua chamando, mesmo diante das novas configurações familiares que observamos hoje”, afirma a Irmã Silvânia. Ela enfatiza que é essencial o envolvimento das famílias neste processo, pedindo que rezem pelas vocações e assumam um papel ativo como instrumentos de vida e esperança.
Neste ano jubilar, a Irmã ressalta que o papel dos religiosos transcende a mera contribuição à sociedade; é preciso vivenciar a esperança dentro das próprias congregações. “Nós, homens e mulheres consagrados, somos chamados a ser sinais de esperança nos tempos atuais”, ressaltou.
Ela refletiu também sobre questões que, embora simples, exigem um esforço contínuo. “Como ser uma pessoa alegre? Como estar disponível, ouvir e provocar encontros?” Para a irmã, essas atitudes são manifestações essenciais da esperança que devemos testemunhar. Ela conclui convidando todos a refletirem sobre como podem deixar transparecer essa esperança que não decepciona: “Essa esperança é Jesus Cristo, e é com Ele que devemos caminhar no mundo de hoje.”