Os celulares influenciam negativamente a instrução. A simples presença deles sobre a escrivaninha afeta à faculdade de pensar e faz diminuir a inteligência de uma pessoa. Nas escolas são fontes de notáveis problemas para o ensino. Se a escola disponibiliza smartphones aos alunos ou se consente de levá-lo à aula, o ritmo do ensino decai. Há muitos estudos que demonstram isso. Por outro lado, o ritmo de aprendizado é acelerado quando se proíbe o uso do telefone celular nas escolas, como foi demonstrado em um estudo que envolveu 130.000 estudantes de 90 escolas da área metropolitana de Londres.
Em alguns países da Escandinávia, como Suécia, Finlândia e Dinamarca, a digitalização das escolas foi promovida com muita força. Na última década, o resultado foi uma evidente queda dos resultados escolásticos dos estudantes, como demonstra a tabela comparativa dos dados relativos a mais de 60 países, recolhidos no âmbito dos estudos PISA. É possível encontrar esses dados facilmente.
A relação entre os recursos gastos para dotar as escolas de computadores e a prestação dos alunos em matemática é negativa. Isso significa que mais um país gasta por aluno para a compra de computadores, piores são os resultados dos alunos daquele país. É difícil encontrar uma demonstração melhor dos efeitos terríveis da digitalização das escolas.
Consideramos alguns exemplos. No início das pesquisas PISA, quase 20 anos atrás, a Finlândia se orgulhava dos ótimos resultados dos seus alunos. Agora ela ocupa uma posição mediana, na tabela dos resultados. Trata-se de um país que investiu muito na digitalização, e os resultados dos alunos pioraram. A mesma coisa aconteceu na Austrália, onde, no ano 2008, foram gastos 2 bilhões e 400 milhões de dólares australianos para ter computadores nas escolas. O resultado foi uma queda nos resultados escolares daqueles anos, tanto que o financiamento dado para a “digitalização das escolas” não foi confirmado no ano de 2016.
As mídias digitais causam distúrbios de atenção, fazem mal ao aprendizado e fazem diminuir a bagagem cultural dos seus usuários. Essas são as conclusões de estudos amplos, feitos na Alemanha e nos Estados Unidos. Eles demonstram, por exemplo, que se aprende mais escrevendo as próprios anotações durante as aulas do que digitando sobre o computador. Isso aparece num importante estudo norte-americano intitulado: “O lápis bate o teclado”.
De fato, quem busca fazer muitas coisas ao mesmo tempo, aprende menos e abre estrada ao distúrbio de atenção. O chamado “multitasking” não é uma opção praticável para ninguém, nem menos para as mulheres. Há muitas provas de que quanto mais uma pessoa usa as tecnologias de informação, menos culta se torna. Às vezes se escuta dizer que os jovens mais frágeis são os principais beneficiados com a “digitalização” da educação. Mas isso é uma ilusão, na qual se esconde motivos ideológicos. A digitalização rende enormes somas de dinheiro às grandes empresas de comunicação, sem benefícios reais ao aprendizado.