Durante o sétimo dia da novena em preparação à festa de São Judas Tadeu, padroeiro da comunidade da Mosela, o bispo diocesano, Dom Joel Portella Amado presidiu a missa com um momento de reflexão e oração marcado por uma forte mensagem sobre o chamado de Deus e a vivência autêntica da fé. A celebração encerrou o segundo dia da Visita Pastoral ao Decanato São Pedro de Alcântara, reunindo dezenas de fiéis na paróquia dedicada ao santo das causas impossíveis.
A missa, além de ser concelebrada pelo pároco, Padre Lucas Thadeu da Silva, contou com a presença do decano, Padre Luis Mello, pároco de Nossa Senhora do Rosário e do Vigário Paroquial, Padre Antônio C. Soares Cardoso. A missa foi concelebrada ainda pelo Vigário Paroquial da Mosela, Padre Bruno Leonardo dos Santos Magalhães e foi assistida pelos diáconos Anderson Sales dos Santos Pereira e Ronald Cankin Ma Lam, por ministros Extraordinário da Sagrada Comunhão e coroinhas.
Fé que se expressa em alegria e conversão
Em tom acolhedor e próximo da comunidade, Dom Joel iniciou sua homilia destacando a beleza das festas religiosas e o valor das tradições populares. “As festas de igreja são bonitas, cheias de vida, de barraquinhas, de encontros. Mas o mais importante de tudo é o crescimento espiritual. É aprender aquilo que o Céu quer nos ensinar através daquele que nos foi dado como padroeiro.”
O bispo ressaltou que a novena não deve ser vista apenas como uma repetição de orações, mas como um verdadeiro processo de formação espiritual e escuta da vontade de Deus. “O período da novena é um tempo para aprendermos o que o Céu quer nos ensinar por meio do padroeiro, não apenas para repetir palavras, mas para transformar o coração.”
Os apóstolos e o chamado de Deus
Inspirando-se na liturgia do dia e na vida de São Judas Tadeu, Dom Joel conduziu os fiéis a refletir sobre o sentido da vocação e o modo como Jesus escolheu seus apóstolos. “Os apóstolos foram homens simples, pescadores, pessoas comuns. Jesus não escolheu os perfeitos. Ele não chama os puros, Ele purifica aqueles que chama”, recordou.
O bispo também mencionou a figura de São Paulo, que, mesmo não tendo convivido com Jesus em vida, foi transformado por uma profunda experiência de encontro com Cristo no caminho de Damasco. “São Paulo se reconhece pecador. Ele mesmo dizia: ‘Não faço o bem que quero, mas o mal que não quero’. É um grito de quem deseja a conversão. E ele nos lembra que todos nós pecamos até o último suspiro, mas o amor de Deus é maior do que o nosso pecado.”
Autenticidade na fé: não viver de aparências
Durante a homilia, Dom Joel advertiu sobre o risco de se viver uma religiosidade de aparências, chamando os fiéis à coerência e sinceridade na fé. “Não podemos viver de máscaras. Um dia, todos nós nos apresentaremos diante de Deus. A fé é justamente o caminho para que sejamos transformados por dentro, e não apenas reconhecidos por fora.”
Ele ressaltou ainda que cada festa paroquial deve ser um sinal de Deus para a comunidade. “Se sabemos interpretar os sinais do tempo, quando vai chover ou fazer calor, também devemos saber interpretar os sinais que Deus nos dá nas festas e celebrações. Estas são oportunidades que o Céu nos oferece para mudar de vida e reforçar nosso compromisso com o Evangelho.”
Chamado à santidade cotidiana
Encerrando sua homilia, Dom Joel convidou os fiéis a olharem para os santos como exemplos concretos de vida cristã e de esperança. “Olhar para um santo, para uma santa ou para a Virgem Maria é reconhecer que, mesmo em meio às dificuldades, eles chegaram à santidade. E se eles chegaram, por que nós não podemos chegar também?”
O bispo concluiu sua mensagem com um convite à alegria e à gratidão pelo amor de Deus. “A festa de São Judas é um momento para agradecer o amor de Deus que nos acorda a cada manhã. Festejemos com alegria, porque o santo é bom para isso — para nos lembrar do Deus que chama, que perdoa e que nos faz recomeçar.”
Visita Pastoral ao Decanato São Pedro de Alcântara
A homilia de Dom Joel integra a programação da Visita Pastoral ao Decanato São Pedro de Alcântara, que segue com encontros, celebrações e reuniões com pastorais, movimentos e lideranças ao longo da semana.
A visita tem como objetivo fortalecer a unidade entre as paróquias, incentivar a evangelização e apoiar o trabalho evangelizador nas comunidades locais.








