Cruz da Esperança inicia sua peregrinação na Diocese de Petrópolis

A Cruz da Esperança, do Regional Leste 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), iniciou hoje, 3 de fevereiro, sua peregrinação na Diocese de Petrópolis, visitando a Fazenda da Esperança Feminina, em Guapimirim, no Decanato São José de Anchieta. A cruz seguirá em peregrinação pela Diocese até 4 de março, quando será entregue à Diocese de Nova Friburgo.

No sábado, 1º de fevereiro, a Cruz da Esperança foi recebida no Santuário Jubilar Poço Bento, em Magé. Durante a ocasião, Dom Joel Portella Amado refletiu: “Olhar essa cruz, tão diferente do que nós estamos acostumados, e ver nela a presença do Senhor da Esperança, Jesus Cristo, o Filho bendito da Virgem Maria, que vem ficar entre nós, é a certeza de que Ele é a razão da nossa esperança”.

Antes de chegar à Diocese de Petrópolis, a cruz peregrinou pela Arquidiocese de Niterói durante o mês de janeiro. Ao abençoá-la, Dom Joel destacou que ela não deve permanecer guardada dentro das igrejas, mas deve ser levada a locais que apresentam sinais de desesperança. Ao longo de 2025, a Cruz da Esperança visitará as arquidioceses, dioceses e a Administração Apostólica São João Maria Vianney do Estado do Rio de Janeiro, como símbolo concreto do Regional Leste 1 no Ano Jubilar.

Confeccionada em Petrópolis pela Marcenaria MD, a cruz foi idealizada a partir de sugestões apresentadas por Dom Joel e entregue ao Regional em dezembro de 2024, durante uma reunião dos bispos. Sua peregrinação teve início em janeiro, na Arquidiocese de Niterói.

Dom Joel explica que a Cruz da Esperança tem um formato inédito: ela não traz imagens tradicionais e é vazada, de forma que permite enxergar através dela. Segundo ele, essa característica simboliza que, ao nos aproximarmos de Jesus, somos chamados a olhar para o próximo ao nosso redor. Ele afirma que “em meio a tantas dores, sofrimentos e sinais de desesperança, há esperança, pois Jesus é nossa esperança”.

Além de ser vazada, a Cruz da Esperança traz 11 símbolos em sua estrutura, representando sinais de dor e sofrimento. De acordo com Dom Joel, esses símbolos são apenas alguns dos inúmeros momentos de dor presentes em nossa realidade. Os símbolos representados são:

  • Arquidiocese de Niterói: A logo da Pastoral da Aids, que chama a atenção para os desafios enfrentados pelas pessoas infectadas pelo HIV e por outras doenças preveníveis que ainda vitimam tantos jovens.
  • Diocese de Petrópolis: Terra do Morro da Oficina, local de um desastre ocorrido em fevereiro de 2022 que resultou na morte de dezenas de pessoas.
  • Diocese de Nova Friburgo: Pedaços de pano recolhidos nas atividades da Pastoral de Rua, representando a realidade das pessoas em situação de rua.
  • Diocese de Campos: Um pedaço de árvore incendiada, alerta para o desmatamento e a crise climática que afeta o planeta.
  • Administração Apostólica São João Maria Vianney: A imagem de um nascituro, simbolizando a defesa da vida em todas as suas fases, especialmente contra o aborto.
  • Diocese de Itaguaí: Materiais de lixo recolhidos na orla, representando a poluição dos oceanos.
  • Diocese de Barra do Piraí e Volta Redonda: O pó gerado pela Companhia Siderúrgica Nacional, reflexo da poluição industrial local.
  • Diocese de Novo Iguaçu: Panos manchados de sangue, destacando a violência e suas consequências.
  • Diocese de Duque de Caxias: Elementos que simbolizam a poluição dos rios e chamam a atenção para a crise ambiental.
  • Diocese de Valença: Uma foto do estado do Rio de Janeiro com uma mancha vermelha, simbolizando os homicídios de jovens.
  • Arquidiocese do Rio de Janeiro: Projéteis de fuzil, representando a violência que atinge a região.

Assista o vídeo para conhecer os símbolos:

Texto e fotos: Rogerio Tosta / Ascom Diocese de Petrópolis

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